Capítulo 11

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- Vamos Savannah. - Max diz, puxando a coberta de mim. Abro os olhos e sento na cama.

- O que foi?

- Um minuto para usar o banheiro. - Ele diz e bota a mão na cintura, continuo na mesma posição.

- Quarenta segundos. - Ele diz e bate no relógio. Me levanto da cama e vou pro banheiro, escovo os dentes com uma nova escova que está no balcão e faço xixi.

- Vamos já deu um minuto. - Reviro os olhos, lavo as mãos e saio do banheiro.

- Para onde vamos?

- Só me segue. - Ele bota a pistola no cós da calça e pega uma mochila. Sei muito bem pra onde estamos indo, mas eu não vou permitir isso, não vou voltar para onde eu saí.

Quando chegamos ao estacionamento e ele abre a mala, eu dou uma olhada em volta. Olho para porta da garagem que fecha lentamente e de volta pra ele que está mexendo na mala.

Sem mais pensamentos eu saio correndo em direção ao portão da garagem, passo por ele e corro pela rua movimentada.

Olho pra trás e o vejo saindo pelo portão, corro sem direção e esbarro em várias pessoas, nem me importo em pedir desculpas.

Sou parada por duas mulheres de idade, elas me olham preocupadas e eu começo a falar rapidamente, com meu espanhol de merda.

- Vocês precisam me ajudar.

- Fique calma, venha com a gente. - Uma delas diz.

- Não se preocupem, ela está comigo. - Max diz calmamente as senhoras, que o olham desconfiadas.

Eu peço socorro com os olhos.

- Podem ir, ela só está assim pois soube que a mãe dela morreu a poucos minutos..

- Isso é...

- Com licença. - Ele me puxa pela mão.

- Eu vou falar com a polícia que você me sequestrou. - Ele para na mesma hora e solta minha mão, me desafiando com o olhar.

- Vai até lá, diz isso. Que eu vou dizer que você é uma americana que entrou ilegalmente no país. Em quem eles vão acreditar? Em uma jovem vestida desse jeito, com um espanhol de merda ou em um cidadão local? - Ele diz e fica me olhando. Depois de uns segundo me pega pela mão novamente e voltamos pra garagem.

- Eu sei onde estamos indo, você está muito enganado se pensa que vou volta pra aquele lugar.

- É exatamente pra lá que estamos indo, seja uma boa menina Savannah. - Agora é minha vez de jogar, olho em seus olhos e respiro fundo.

- Ok, me leve mas você não vai sair de lá vivo pois eu digo que você é um infiltrado lá. - ele da uma gargalhada.  - Falo que você é filho de Manuel Levy. - Digo alto o suficiente fazendo com que ele pare de ri.

Me diz aí Max quem está dando as cartas agora.

- E aí Max, vai me levar de volta ou me libertar? - Pergunto o desafiando, ele sorri e me empurra dentro do carro.

Vendida pelo meu pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora