Exatamente como Grant falou eu estava. Minhas mãos estavam presas por algemas acima de minha cabeça e eu estava usando somente uma calcinha fio dental. Meu cabelo longo e escuro estava solto, eu estava como uma carne em um açougue, homens me olhavam com luxuria e desejo muitos deles passavam a mão pelo meu peito e botavam dólares em minha calcinha, eu me sentia humilhada, nojenta e um lixo. Naquele momento eu vi que não tinha mais jeito, isso pra mim era com certeza a pior coisa do mundo, não conseguia levantar o rosto e encarar ninguém.
O melhor dessa situação era que eu não estava chorando, se uma lágrima caísse dos meus olhos eu ia me sentir mais humilhada ainda, acho que elas secaram durante minha infância e juventude. Meu pai destruiu minha vida, ele acabou comigo e agora só o que eu queria ver era seu sangue.
- Como eu amo esse cabelo, não acha lindo Mr. Carter? - Sinto a mão do homem ser passada pelo meu cabelo, e eu fecho os olhos.
- Com certeza Wil, ela é linda. Lincoln finalmente acertou na escolha. - Ouço a voz do homem de ontem, só vejo seus sapatos sociais pretos e sua calça cinza. O outro homem segura meu queixo me obrigando a levantar a cabeça.
- Eu também amo os olhos dela, acho que vou negociar com o Lincoln. - O homem que fala é um gordo muito baixo e de cavanhaque, ele me da nojo. Olho pro Carter e ele está com os olhos fixos em mim, sinto raiva de mim mesma por não ter avançado nele como fiz com Grant.
- Paul. - Ele fala alto ainda me olhando, eu abaixo a cabeça assim que o gordo tira a mão do meu rosto e aperta meu mamilo dolorosamente, eu mordo meu lábio pra conter um grito de dor.
- Sim, Mr. Carter. - Puro osso diz e para ao nosso lado, só consigo avistar os sapatos deles. Vejo uma garrafa d'água na mão de puro osso e minha garganta grita por ela, estou seca por dentro e morrendo de fome, pelo que eu fiz ontem fiquei sem comer e beber.
- Paul eu quero essa menina, quero ela pra...
- Cale a boca Wil. - a voz de Carter soa grave e baixa, mas como sempre autoritária. - Tire ela daí, eu quero essa garota na minha suíte o quanto antes. - Odeio ele, mas quase agradeço por está sendo tirada desse lugar.
- Mas Mr. Carter, esse é o castigo dela pelo que fez ontem e...
- Faça o que eu estou mandando. - Carter diz e se afasta, puro osso tira as algemas e eu caio no chão de joelhos e totalmente humilhada, não consigo nem me mexer eu fiquei horas na mesma posição, meus braços já não faziam mais parte do meu corpo.
Sou pega no colo e levada como um saco de batatas até o quarto andar, mas ao invés de irmos pro quarto de ontem sou levada pro do lado, tenho certeza que aquele está interditado pelo que fiz.
- Me dê ela. - Carter me pega no colo e fecha a porta, ele me deita na cama e eu fecho os olhos. Queria ter forças pra bater nele e beber um copo de água, mas é difícil até falar.
- Espero que você esteja mais calma, pois hoje não vou tolerar suas malditas gracinhas. - ele diz com a boca em meu ouvido e passa as mãos pelo meu corpo. - Olha só você está arrepiada.
- Eu preciso de água. - Digo baixinho e ele da uma risada.
- Você não vai me distrair dessa vez.
-Por favor... Eu.. por favor.- Odeio implorar mas eu precisava caralho, custava esse desgraçado me da um pouco d'água? Que porra!
- Se você sair daí, eu acabo com a sua raça. - Ele diz contra meu ouvido e sai da cama. Ele está sem blusa e a calça cinza social pende em seus quadris mostrando a barra de sua cueca, me pergunto como pode ele ser tão bonito e está aqui forçando mulheres a transaram com ele, esse homem pode ter qualquer mulher que quiser ele é lindo mesmo sendo um desgraçado da mesma laia que Maicon e Lincoln. Ele tem algum poder dentro desse lugar pois todos o chamam de Mr. Carter, esse homem tem dinheiro e não é pouco.
- Tome. - me levanto e puxo o lençol para tapar meus seios, bebo a água em um só gole. - Vá até o banheiro e tome um banho, seus pulsos estão sangrando e você está suja. Mas não quebre nada.
Saio da cama e me arrasto até o banheiro. Tomo o banho mais demorado possível e só acabo pois a praga bate na porta me apressando.
Quando saio ele puxa a toalha do meu corpo e se aproxima, suas mãos vão até meus seios. E depois pro meu cabelo.
- Seus cabelos são maravilhosos. - Reviro em minha mente uma forma de me livrar desse homem, minha única saída é fingir um desmaio e é exatamente isso que faço, deixo que meu corpo caia no chão e fecho os olhos.
- Mais que porra. - Ouço a voz de Carter e fico torcendo para que ele não desconfie de nada. Sinto a toalha sendo jogada no meu corpo.
- Paul. Grant? Venham aqui. - Logo ouço passos no quarto e continuo sem me mexer.
- Vocês não dão comida nem água para essa garota? Se eu transasse com ela obviamente a menina ia ter um treco de tão fraca que está. - Carter diz ríspido, e sou pega no colo.
Quando estou de volta no quarto que divido com Allison continuo deitada sem me mover pois se eu fizer isso eles vão descobrir meu desmaio de mentira.
Fico uns bons minutos deitada até sentir um toque macio.
- Savannah? - Ouço a voz fraca de Allison e me viro pra ela.
- Você está bem?- Sim, eu fingi um desmaio. - Digo baixo para que não me ouçam e ela abre um sorriso e balança a cabeça.
- Eu queria ser como você. - Dou de ombros e pulo da cama, abro a gaveta da cômoda e vejo uma tesoura na primeira gaveta, pego ela na mão e logo lembro dos comentários dos desgraçados daqui.
"Como eu amo esse cabelo", "Seus cabelos são maravilhosos".
Aperto a tesoura entre os dedos e vou pro banheiro me olho no espelho pequeno e começo a cortar meu cabelo, meto a tesoura em meus fios grandes e brilhosos, eu sempre amei meu cabelo mas depois desses comentários eu passei a odiá-lo. Me sentia bem com os fios ficando pequenos, só larguei a tesoura quando meus cabelos estavam batendo no pescoço.
Entrei no pequeno box e tomei um banho rápido, botei a camisola que eles me deram e sai do quarto.
- O que você fez com seu cabelo? Meu Deus você é louca. - Botei a tesoura embaixo de umas roupas e fechei a gaveta.
- Estava com ódio daquele cabelo. - Subo na cama e viro pra parede, começo a descascar a tintura da parede e fico satisfeita quando começo a ver a tintura anterior.
Durmo por alguns minutos até a porta ser aberta e Grant começar a gritar.
- Vamos logo suas lesma, é hora da janta. - Levanto e passo a mão pelo olho.
- Você trate de por essa roupa. - ele me joga um saco. -Allison venha.- Eles saem e eu jogo a roupa em cima da cama, é uma lingerie vermelha e uma camisola preta transparente, vou até o banheiro e troco de roupa. Não estou afim de dormir com os ratos hoje e nem ficar sem água e comida.
- Venha Savannah. - puro osso diz e eu saio do quarto o seguindo. - Viu como é bom quando você nos respeita? Você não tem outra opção, a não ser a obediência.
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Vendida pelo meu pai.
RandomCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Vendida pelo pai a um mafioso, Savannah é levada a força até uma mansão onde vai ser usada como escrava sexual, Savannah vai passar...