A mansão estava uma loucura só, as garotas gritavam assustadas os guardas gritavam ordens e Lincoln se descabelava para achar um lugar onde enterrar o corpo da menina.
- Como isso pode acontecer? Vocês deviam ficar de olho naquela garota. - Lincoln gritou e socou a mesa, eu só observava o circo pegar fogo.
Com essa loucura toda eu consegui pegar alguns papéis importantes e sai como se nada estivesse acontecendo, o suicídio dessa menina não é culpa minha e não tem nada haver comigo.
Então agora estou me retirando pois estou sem saco para saber onde eles vão enterrar o corpo da menina.
Abro a porta do meu carro e o ligo, acelero deixando a mansão pra trás.
Ligo o rádio bem baixinho e boto pra tocar Demons do imagine dragons, essa é a música que mais gosto ela diz um pouco sobre mim.
Depois de uma hora e alguns minutos dirigindo, entro no estacionamento do meu condomínio.
A mansão fica em um lugar isolado por isso a demora no volante.
Assim que desligo o carro, sinto uma coisa gelada em meu pescoço.
- Eu juro que se você tentar alguma coisa eu enfio essa tesoura no seu pescoço. - A voz baixa de Savannah ecoa pelo carro, e eu fecho os olhos.
Levanto as mãos e ela pula pro banco da frente.
- Não se mexa.
- Eu preciso abrir a porta garota. - Ela continua com a tesoura contra o meu pescoço, enquanto com a outra mão vasculha meu carro.
Ela abre o porta luvas e pega uma pistola que estava ali.
- Ok agora podemos sair. - Saio do carro e o travo, ela chega perto de mim e bota o cano da arma contra minha barriga.
Entramos no elevador e aperto o número do meu andar. Eu poderia facilmente desarmar ela, mas eu quero deixar ela pensar que está no controle da situação.
- Como você conseguiu entrar no meu carro?
- Você é tão idiota que deixa o carro destrancado e sem contar que os desgraçados ficaram bem entretidos com a morte da Ray.. Vocês mataram ela, são uns monstros. - Respiro fundo e saio do elevador. Abro a porta do meu apartamento e entramos.
- Você vai me manter na mira dessa porcaria a noite toda?
- Sim, se é minha garantia não vejo problema nenhum. - Em um movimento rápido tiro a arma e a tesoura dela e as coloco sobre a mesa.
- Você só vai me matar se eu deixar. Pode ter certeza disso. - Digo e acendo um cigarro, ela fica me olhando enquanto agarra o corpo com os próprios braços.
Amanhã mesmo vou levar essa garota de volta pro Lincoln, ou ela vai me da uma grande dor de cabeça.
Tranco a porta e escondo a chave, guardo todos os objetos cortantes em uma gaveta com chave e vou tomar um banho.
Quando acabo e volto pro quarto, Savannah está dormindo sentada na cadeira. Vou até onde ela está e a pego no colo, a menina pesa o mesmo que uma pena e não se mexe nem reclama quando a pego no colo.
A coloco deitada em minha cama e cubro seu corpo magro. Me sento em uma cadeira de frente pra cama e acendo um cigarro.
Pela primeira vez em um ano tem uma mulher deitada em minha cama, uma mulher que não é Judith mãe da minha filha, mas sim uma vendida pelo pai a um mafioso safado. Uma menina afiada e corajosa.
Desde o dia em que ela me disse aquelas coisas de minha filha eu não consigo mais viver sem culpa, penso no que minha filha pensaria de mim, penso nela sendo tirada dos meus braços e sendo vendida.
Só aí percebo o quanto sou pobre de espírito e uma pessoa ruim.
Mato meu copo de whisky e desligo a luz do quarto, me deito ao lado da menina e fecho os olhos. Como estou muito cansado, acabo pegando no sono rapidamente.
Savannah narrando.
Quando acordo estou mais descansada do que todos os dias do último mês. Meu corpo está renovado e me estico no colchão macio.
Meu corpo agradece a noite bem dormida.
Quando olho pro lado percebo onde estou e vejo o rosto de Max com uma barba baixa e seu cabelo bagunçado.
Levanto rapidamente da cama e corro pelo apartamento na ponta dos pés, vou até a cozinha e procuro por uma faca, mas não acho nada nenhum objeto cortante ou algo que eu possa cometer um homicídio.
Volto pro quarto e dou de cara com a pistola em cima do criado mudo. Pego a arma entre as mãos e miro bem na cabeça de Max, e quando aperto o gatilho o barulho da arma me avisa que está descarregada e nesse momento os olhos de Max se abrem e ele me olha intensamente.
- Você acha mesmo que eu seria tão idiota para deixar a arma carregada com você aqui? - Ele diz enquanto se espreguiça.
- Mas quem disse que ela só serve carregada? - Pego a arma e avanço nele, consigo acerta a arma em sua testa mas ele logo me imobiliza.
- Não seja idiota garota, eu sou bem mais forte e ágil do que você. Não faça nenhuma burrada. - Ele diz em meu ouvido e pega a arma, sai de cima de mim e olha no espelho.
- Você me machucou porra. - Ele está tão calmo que chega a me incomodar.
- Por que você não me deixa ir embora? Pode me jogar na rua que eu sigo meu caminho e juro que você nunca mais vai me ver na sua vida. - Ele abre um meio sorriso e se vira pra mim.
- Não quero me livrar de você. Você vale mais estando comigo.
- Por favor não me entregue de novo pro Lincoln eu te imploro, por favor. - Digo em desespero.
- Durma um pouco, eu vou pegar algo pra gente comer. Trate de ser uma boa menina Savannah aí eu penso no seu caso. - Max diz e entra no banheiro, fico deitada na cama com as mãos atadas.
Não acho nada pra matar ele e nem a porcaria da chave, eu odeio esse homem!
Quando Max sai eu me deito na cama. Estou trancada nesse maldito lugar.
Mas logo levanto novamente e começo a revirar as gavetas, tenho que saber onde estou. Então procuro uma correspondência.
Reviro todas as gavetas, até achar uma conta. Meu coração bate acelerado e logo descubro que estou no México, ah meu Deus estou a milhares de quilômetros de casa.
Sem querer lágrimas caem dos meus olhos. Pulo na cama e começo a socar o colchão e travesseiro. Estou em um maldito país desconhecido eu não falo espanhol caralho.
Eu tinha que ter percebido, mas aqueles malditos guardas falam perfeitamente inglês. Ah meu Deus eu preciso sair desse lugar, consigo fugir de uma prisão e entro em outra, isso só pode ser um pesadelo.
Alguns minutos depois quando ouço a voz de Max, me jogo embaixo das cobertas e fecho os olhos.
Ele para de falar e depois de meter o rosto em frente ao meu para verificar se estou dormindo, volta a falar.
- Eu peguei uns documentos do Lincoln. No meio da confusão toda eu consegui pegar coisas importantes pai. A meu velho Manuel Levy, nós vamos acabar com esse verme rapidinho. Espera só pai. - Abro um meio sorriso e pulo de alegria por dentro, essa vai ser minha garantia para não voltar mais naquele lugar.
Max está nas minhas mãos.
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Vendida pelo meu pai.
RandomCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Vendida pelo pai a um mafioso, Savannah é levada a força até uma mansão onde vai ser usada como escrava sexual, Savannah vai passar...