Dias depois.
Max estava afastado, falava o básico comigo e dormia em outro quarto. E eu? Bom, não parava de pensar no que tinha acontecido entre nós dois.
- Savannah? - Max diz entrando na biblioteca, eu ficava bastante tempo aqui, aprendi a amar os livros. Mas ainda tinha uns livros que me davam uma canseira.
Me volto para Max esperando ele falar.
- Sabe atirar? - Aceno com a cabeça.
Pelo menos isso o inútil do meu pai me ensinou, ele queria que eu fosse um menino. Mas como a vida não é perfeita nasceu uma menina, no caso eu!
Aí ele me ensinava tudo que na maioria das vezes os homens fazem. A melhor coisa foi atirar.
- Pois se arrume, vamos treinar. Você não parece saber atirar. - Ele diz sarcástico e sai. Dou uma bufada, vou mostrar pra ele quem não sabe atirar.
Vou pro quarto, boto uma calça jeans, um moletom cinza pois estava frio e um tênis.
Quando desço, Max está me esperando. Com uma calça jeans, blusa de malha com manga longa e um tênis.
- Pronta?
- Sim. - Saio na frente dele e entro no carro. Max senta ao meu lado no banco de trás.
Ele começa a teclar no celular de forma rápida. E sem me conter eu revelo minha frustração.
- Por que você não me deixa ter um celular? - Pergunto e ele da uma risada.
- Porque você ligaria pra polícia, ou falaria com algum conhecido. Eu sei que você é esperta Savannah. - Ele diz e eu cruzo os braços.
- Eu posso pelo menos falar com minha amiga? Ela deve está pensando que eu morri.
- Pois deixe ela pensar, é melhor assim. - Nossa, e era assim que ele queria ficar comigo.
Um tempo depois e ele continua teclando na merda do celular, puxo o troço da mão dele e boto embaixo da minha perna.
- Se eu não posso mexer em um celular, você também não. - Digo e sento em cima do aparelho. Ele respira fundo e vira pra janela, e eu faço o mesmo.
Alguns minutos depois chegamos em um campo de tiros. Entramos primeiro na loja e tem um carinha baixinho atrás de um balcão.
No lugar tem milhares de armas, granadas, facas, coletes. Uma porrada de coisas.
- Max quanto tempo. - Max aperta a mão do homem com intimidade.
- Vim treinar, estou meio enferrujado. - Ele diz e abre um sorriso, o homem logo começa a por várias armas em cima do balcão.
Grandes, médias, pequenas...
Max pega uma submetralhadora.
- Me arruma uma pistola pra ela. - Eu resolvo me intrometer.
- Eu quero essa. - Digo e pego uma escopeta média.
Eu sempre quis atirar com essa arma mas meu pai nunca deixou, falava que era muito potente pra mim.
Mas quando eu fiz quinze anos ele finalmente me ensinou, e eu nunca mais quis largar a arma. Ela te dava um poder surreal. E eu queria explodir os miolos dele com a mesma arma que ele me ensinou a usar.
- Uau, estou surpreso. A maioria das mulheres pegam essa. - O homem que se identificou como Salomão, puxa uma pistola cor de rosa. E eu solto uma risada.
- Nunca gostei desse tipo de arma. - Digo e pego os fones e óculos.
- Podemos ou vocês vão ficar batendo papo? - Arqueiro uma sobrancelha pros dois.
- Escolheu bem Max. - Salomão diz e eu ouço a risada de Max.
Max narrando.
Mas surpreso que Salomão, ficou eu quando Savannah escolheu uma escopeta. Aquela arma era bem potente.
Quando ocupamos nossos lugares nas cabines e os bonecos começaram a descer, fiquei observando cada tiro de Savannah.
E ela era realmente boa, não errava um alvo. E tinha uma facilidade invejável com a arma.
Quando acabamos larguei o fone e fui até ela.
- Até que você não é tão ruim. - Digo sem da o braço a torcer.
- Como assim não sou tão ruim? Eu errei uns dois alvos no máximo. - Ela responde indignada.
- Não me surpreendeu tem muito o que aprender ainda, pra mim só será boa o suficiente se não errar nenhum alvo.
- Então vamos lá pra fora que eu vou te mostrar quem não sabe atirar. - Ela diz e sai na minha frente indo pro campo de treinamento ao ar livre.
Nesse tinha mais agilidades.
Peguei duas pistolas, uma pra ela e outra para mim. Ela tinha que treinar com a pistola também, pois seria uma segunda opção na hora da invasão.
- Vamos lá Max não seja medroso.
- Veste isso. - Dou um colete pra ela, óculos e fones.
Quando estamos devidamente equipados, a agilidade começa.
Atiro em todos os alvos e vejo ela se locomover de uma forma rápida e pensada. Não deixando passar um alvo.
Ela me olha aponta a arma pra mim e eu logo sinto uma queimação no braço.
Filha da puta.
- A minha mira ainda é perfeita. E agora vai dizer que não sei atirar? - Ela diz assim que chega perto de mim.
- Porra e pra provar isso você tinha que me da um tiro? Você é maluca?
- Pegou só de raspão. - Minha vontade é da o mesmo tiro de raspão nela, mas me controlo.
- Você é louca garota.
- Uma louca que sabe atirar. - Ela diz e da um sorriso. Tento esconder meu sorriso mas não consigo.
- Ok, devo dizer que você sabe atirar muito bem. - Ela pula de empolgação e se lança em meus braços.
- Porra.
- Nossa desculpa, está doendo muito?
- Sim. - Ela passa a mão e aperta.
- Porra Savannah. Você está de brincadeira né?
- Foi mal, eu não resisti. - Reviro os olhos e saímos do local.
Depois que fomos embora, passei no meu médico pra ele fazer um curativo no ferimento. Ele falou que não foi nada grave.
Agora preciso arrumar uma boa mentira pra contar pro meu pai.
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Vendida pelo meu pai.
RandomCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Vendida pelo pai a um mafioso, Savannah é levada a força até uma mansão onde vai ser usada como escrava sexual, Savannah vai passar...