Capítulo 14

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Já estávamos escondidos na casa do pai do Max a uma semana, e como naquela mansão repugnante do Lincoln. Eu me sentia sufocada aqui também.

Eu queria minha casa, meus amigos, minha vida de volta não aguentava mais ficar trancafiada nesses lugares horríveis e sufocantes.

- Olá querida. - Elisa mãe de Max entra no quarto onde durmo com ele enquanto estou nesse lugar.

Elisa é uma mulher linda e desde sempre me trata super bem, ela nem parece a mulher de um mafioso sem coração igual Manuel, pai de Max.

- Olá Elisa.

- Como você está? Me parece pra baixo. - Passo a língua pelos lábios.

- Me sinto sufocada aqui dentro.

- Pois vá andar pela casa, temos uma biblioteca, gosta de livros? - Eu sinceramente não tinha paciência para ler, mas qualquer coisa que me tirasse desse quarto estaria de bom tamanho.

- Poderia me mostrar? - Ela sorriu e assentiu.

- Claro querida. - Levantei e segui ela pra fora do quarto.

Seguimos pelo corredor e descemos a escada. Quando passamos pela sala Manuel estava sentado com dois homens. Um mais jovem que o outro.

Elisa os cumprimentou com a cabeça e eu não fiz questão de os cumprimentar.

Quando chegamos na biblioteca, me senti menos sufocada pois tinha uma enorme janela que dava para um jardim maravilhoso.

- O que achou? - Elisa pergunta empolgada.

- Muito bonito. - Digo e passo a mãos pelos inúmeros livros.

Vejo uma pequena estante cheia de livros infantis.

- Oh essa estante era da Sophie filha de Max, ela era maravilhosa  amava quando o pai lia pra ela. Sophie nos faz tanta falta nunca tivemos coragem de nos desfazer dos livros. - Elisa diz com os olhos cheios de lágrimas.

- Com licença. - A mulher diz e sai da biblioteca enxugando os olhos.

Me sento em frente a estante e puxo uma pasta amarela, quando abro vejo inúmeros desenhos todos bem coloridos.

Em um era o desenho de uma menina e um homem, estava escrito. "Feliz dia dos pais, papai."

Fecho a pasta e a coloco no lugar. Pego um livro da Barbie e me sento no sofá marrom de couro. De frente pra janela.

Começo a ler o livro e imagino Max lendo pra uma menininha com cabelos escuros.

Parece que em algum momento da vida dele, ele foi amável. Atualmente ele era tão frio e detestável.

Estava perdida em um livro da bela e a fera que nem notei quando o homem careca que estava na sala se sentou ao meu lado.

Ele era forte e tinha cara de mau.

- Estava te procurando. Namorada do Max certo? - Estava com medo do jeito como ele me olhava então resolvi não da brecha, e levanto minha mão.

- Noiva. - Disse mostrando o anel. Ele pegou minha mão e levou aos lábios.

- Ele é um idiota de sorte. Pena que Manuel não me deixou provar do mel de seu filho. - Ele diz e abre um sorrisinho.

Tento me levantar mas sua mão agarra meu pulso.

- Mas eu não preciso de permissão. - O brutamontes careca tapa minha boca e sobe em cima de mim, instantaneamente um pânico toma conta do meu corpo.

Ah meu Deus de novo não. Me debato e tento o ferir de algum jeito mas são inúteis as minhas tentativas.

Max narrando.

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