Capítulo 23

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- Você está me deixando ir embora? - Savannah perguntou sem acreditar, foi difícil abrir mão dela. Mas agora não fazia sentido manter ela aqui.

- Sim... Mas se você quiser, não precisa ir embora. - Digo com um pouco de esperança, eu adoraria que ela ficasse comigo, que me desse uma chance.

- Você quer que eu fique? - Ela pergunta me olhando com atenção. Eu me aproximo dela e seguro suas mãos.

- Savannah eu já lhe disse o que sinto por você. Eu quero você, quero que fique comigo. - Digo com convicção e ela prende o lábio entre os dentes.

Seus olhos me analisam com curiosidade e ela começa a balançar a cabeça.

- Você quer me usar. Quer uma mulher para estar ao seu lado, para lhe fazer um homem mais poderoso. Eu não vou ser uma modelo como sua mãe é na vida do seu pai. - Pego seu rosto em minhas mãos e olho dentro dos seus olhos.

- O que você quer que eu faça para lhe provar o contrário?

Savannah narrando.

Ele estava mesmo querendo me provar o contrário? Ele estava mesmo disposto a ficar comigo?

- Estaria disposto a abrir mão do império do seu pai? - Pergunto esperançosa, se ele abrisse mão disso com certeza estaria disposto a ficar comigo. E eu a ficar com ele.

Max me fitou por um momento e depois balançou a cabeça.

- Isso é demais, eu não posso simplesmente abrir mão de tudo que vou herdar. - Ele diz incrédulo, estava muito bom para ser verdade.

- Não são coisas boas Max, o que o seu pai tem é algo pequeno e nojento. Eu pensei que você estaria disposto a tudo.

- Estou, mas isso é muito Savannah.-  Balanço a cabeça e vou até o guarda-roupa pego umas duas peças de roupa e boto dentro de um saco.

- Eu quero ir embora. Quero voltar pro meu país, você pode me ajudar? Essa é a última coisa que lhe peço. - Eu queria viver algo com ele. Mas não iria ficar com um homem que só me queria como modelo.

O pai dele trata de coisas ilegais e eu não quero ficar com uma pessoa desse tipo, Max está disposto a ocupar o cargo do pai então que ele faça isso longe de mim.

- Savannah...

- Por favor Max. - Ele respira fundo e assente.

- Eu vou ver se consigo uma passagem pra você. - Diz e sai do quarto.

Eu me sento na cama e mordo meu lábio fortemente. Respiro fundo e com as mãos trêmulas eu disco o número da Nikki que sei de cabeça.

Levo o aparelho ao meu ouvido e espero... alguns toques depois eu ouço a voz da minha amiga e não aguento segurar as lágrimas.

- Alô? Quem é? Olha só se for algum tipo de trote é melhor....

- Nikki?

- Ah meu Deus.. Savannah? Amiga é você? Savannah o que aconteceu? - Ouço sua voz super alterada, ela grita do outro lado da linha.

- Calma Nikki, eu estou bem. Vou voltar pra casa, eu te explico aí. - Eu não podia falar tudo o que aconteceu pelo telefone, e nem sei se iria contar.

- Como assim? Você me liga de outro país e não vai me contar nada? - Ela grita histericamente.

- Isso não é coisa para falar pelo celular Nikki. Eu estou voltando amiga... Estou voltando pra casa. - Digo entre soluços e nós duas ficamos chorando. Ela de um lado e eu do outro.

Depois de um tempo eu me despeço, daqui a algumas horas ou dia estarei de volta na minha casa.

Max não voltou pro quarto, e eu não desci para comer. Preferi tomar um banho e me deitar.

Fiquei vários minutos olhando pro teto cinza do quarto. Iria voltar pra casa, mas não me sinto 100% feliz, o traste que um dia chamei de pai ainda vive lá.

Ele continua com a vida perfeita enquanto eu quase morri em várias ocasiões, ele continua ostentando a fortuna que conseguiu graças a minha desgraça. Eu pretendo tirar o sorriso e a felicidade do rosto dele.

E preciso também ver minha mãe, ela deve está preocupada. Eu costumava visitar ela naquela hospital de maluco onde o crápula do meu pai jogou ela, ia sempre três vezes por semana. Agora fazem muitos meses que não vou até lá. Faz muitos meses que minha vida parou.

Respiro fundo e me viro de lado, fecho os olhos e em minutos estou dormindo...

- Savannah? - Acordo sendo balançada levemente, a voz de Max está bem próxima.

- O quê? - Pergunto de forma sonolenta.

- Eu vou abrir mão de tudo por você. - Ele diz me fazendo despertar imediatamente. Esfrego meus olhos e peço pra ele esperar.

Corro pro banheiro pra poder escovar os dentes, eu não podia falar com ele com mal hálito. Escovo os dentes rapidamente e saio do banheiro.

- Você disse que vai abrir mão de tudo? - Pergunto só para ter certeza.

- Sim. Eu pensei muito sobre isso, agora mais que nunca eu abro mão de tudo Savannah, eu só preciso de você perto de mim. - Ele diz e sem pensar duas vezes eu corro e me jogo em cima dele, Max cai na cama comigo por cima.

- Eu não acredito que você fez isso por mim. - Digo e ele abre um sorriso.

- Eu falei qualquer coisa, mesmo sendo resistente no começo. - Max troca nossas posições e fica por cima de mim.

Ele logo me beija de uma forma intensa, enfio as mãos pelo seu cabelo e o puxo mais pra mim. Eu preciso tanto desse contato.

Ele tira minha blusa e beija meus seios e barriga. Logo depois estamos nus e nos beijando e acariciando.

Fico por cima dele e boto as mãos em seus ombros, boto o preservativo nele e desço sobre sua ereção e solto um gemido baixinho em seu ouvido.

- Você é maravilhosa Savannah. - Ele sussurra contra meu ouvido e aperta minha bunda.

Pego em seus ombros e começo a me movimentar de forma decidida. Aumento o ritmo e logo estamos os dois gemendo e buscando o nosso próprio prazer.

Me agarro ao seu pescoço e caio saciada em seu peito, nossas respirações estão descompassadas.

- Eu trouxe comida. - Ele diz contra meu ouvido enquanto passava as mãos pelas minhas costas.

Me joguei pro outro lado da cama e enrolei meu corpo no lençol, peguei um pedaço de pão que estava em cima de uma bandeja e enfiei na boca.

- Você conseguiu a passagem? - Pergunto enquanto mastigo.

- Você ainda vai embora? - Ele pergunta e bebe um gole do meu suco. Ele não pensava que eu iria ficar aqui né?

- Claro...

- Eu pensei que..

- Eu quero que você venha comigo Max. - falo e passo a mão no rosto dele. - Você vem né?

- É claro, já viu um marido ficar longe de sua mulher? - Ele pergunta brincalhão me fazendo sorri.

- Só lembrando que somos noivos.

- Em breve casados.

Vendida pelo meu pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora