❄ Capítulo 9 - Parte I ❄

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No Goosebumps, o clima era aconchegante e a banda fazia jus a cada aplauso que recebia pelo estilo de música pop rock que ambientava o lugar

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No Goosebumps, o clima era aconchegante e a banda fazia jus a cada aplauso que recebia pelo estilo de música pop rock que ambientava o lugar.

Anna assistia a performance dos integrantes da banda maravilhada com a forma como cada um transmitia sua paixão por aquela arte. A sintonia que tinham com seus instrumentos era emocionante; como se eles fossem um membro do próprio corpo. Assim como a voz potente e grave do vocalista que encaixava com perfeição letra à melodia, era quase palpável.

Por estar tão distraída, Anna nem percebeu quando passou a estudar os traços que emolduravam o rosto do músico que dedilhava as notas em sua guitarra. Intensa e impetuosa era a ousadia que ele tinha em não hesitar deixar que as notas invadissem cada milímetro de espaço daquele pub. Admirou como o sorriso de satisfação desenhava os lábios fartos dele, a pele dourada brilhava, e como os momentos de concentração marcava o espaço entre suas sobrancelhas espessas.

Anna desejou, profundamente, que a paixão pela medicina fosse capaz de abrilhantar suas feições da mesma maneira que a música fazia com aqueles rapazes. Com aquele rapaz em específico. O mais novo colega de profissão da maioria dos presentes ali.

Pega no flagra, Anna virou o rosto, da forma mais discreta que conseguiu, quando a troca de olhares com Evan foi inevitável. Sua justificativa para não sustentar o olhar dele era a de não querer que se sentisse incomodado por ela ter invadido um momento tão íntimo.

Mas, lá no fundo, ela sabia que não existia qualquer desculpa para seu atrevimento.

— Está me ouvindo, Anna?

— Ahn... — murmurou a médica, e tentou recordar o assunto que tratava com a amiga antes que ela se perdesse no embalo da canção, porém, não conseguiu. — O que disse?

— Tem algo de errado comigo? — repetiu Melissa, a boca quase colada no ouvido da ruiva.

— É claro que não. Por que a pergunta? — questionou ao perceber o desconforto da morena, a forma como se remexia no banco e como batucava os dedos ritmadamente sobre a mesa.

— Não sei. Aquele cara ali — Melissa apontou com o queixo na direção de um jovem fora do campo de visão de Anna —, não para de me encarar.

— Deve estar admirando toda essa sua beleza, Lissa! — falou após torcer o pescoço para ver o rapaz. — Quem manda ter essa cor do pecado — zombou.

— Mas isso é um descaramento total! Será que não viu o tamanho disso aqui? — ela levantou a mão direita e indicou o anel de noivado, aproveitando para alertar o sujeito, que ainda a encarava, de que era comprometida.

— Calma, Melissa! Não é como se...— Anna pausou e avaliou a amiga com malícia.

— Se, o quê?

— Não é como se ele fosse devorá-la, entende. — Abriu aspas com os dedos. — Ele pode até querer, mas sabe que este não é um local apropriado.

Nunca Foi Sobre Nós [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora