❄ Capítulo 07 - Parte I ❄

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A sala de reuniões particulares não era muito extensa

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A sala de reuniões particulares não era muito extensa. A grande mesa capaz de acomodar cerca de dez pessoas ficava bem ao centro e assentos confortáveis a rodeavam, enquanto na lateral direita, suspensa na parede toda ornamentada em madeira clara, uma tevê que reproduziria a chamada dos programas do hospital escola.

— Já vou avisando — alertou Shace —, se tiver uma boazuda, ela vem para o meu time.

Collin revidou.

— E o que o faz pensar que não tenho esse direito também? Vamos tirar na sorte.

Anthony e Colin esfregaram as mãos, sorridentes e ansiosos. Pareciam dois colegiais disputando algo diante do computador.

— Vocês são ridículos! — comentou Anna.

— Está com ciúmes? — zombou Collin, e prendeu o queixo da moça entre o indicador e o polegar, e com uma pressão que a deixou irritada. A médica resmungou um xingamento e afastou a mão do amigo com um tapa, sendo flagrada por Ernest Huang.

Com um limpar exagerado de garganta, o tutor encerrou o momento de descontração e o três se colocaram em pé num salto ao ver a sala sendo invadida pela horda de médicos estudantes.

Doutor Huang fez a apresentação dos residentes mais experientes enquanto os demais ouviam atentamente seu discurso. Anna foi tomada por um certo desconforto quando seus olhos se detiveram no rapaz que a encarava com um sorriso maroto e que, embora discreto, era completamente inconveniente.

— Não fui com a cara dele — sussurrou Collin próximo aos ouvidos da garota, a tirando do transe. — Ele é meu.

A médica anuiu, porém não perdeu a oportunidade de alfinetar o colega.

— Se eu estivesse muito a fim de competir por essa vaga, sabe que eu estaria amando ser desafiada.

Todos se acomodaram ao redor da mesa, exceto os três futuros monitores que se mantiveram em pé e a uma distância segura de serem ouvidos enquanto chegavam a um consenso sobre a divisão do pessoal. Juntos, os estudantes aguardavam, concentrados na tv, a exibição sobre a política do hospital e às normas relacionadas ao programa.

Collin durante quase toda a apresentação estudava a forma como o rapaz de cabelos desalinhados e olhos cor de âmbar sondava Anna, às vezes de soslaio, às vezes por entre os dedos da mão que escondia um lado da face. O semblante da moça era inexpressivo, mas ele sabia que ela estava evitando contato visual, era costume dela fugir dos flertes e investidas de quem quer que fosse. Inclusive dos seus.

Ele tentou encontrar meios de ultrapassar as barreiras que impedia alguém de ganhar seu coração, e era ciente dos motivos que a levaram a decisão de não se aventurar em um novo relacionamento. Mas no dia em que, sem pretensão, eles se beijaram, Collin descobriu a intensidade dos próprios sentimentos. Não eram superficiais, mas profundos e genuínos. Um sentimento que o conduzia aos mais densos e tortuosos volumes da paixão.

Nunca Foi Sobre Nós [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora