CAPITULO 15

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Coma outra mão em sua cintura, Guilherme puxou-a para si e curvou-se.

Não foi um beijo cortês de despedida, mas profundo e quase rude. A boca de Guilherme era, úmida e quente, sugava os lábios de Julia com volúpia, fazendo-a apoiar-se em seu peito para não perder o equilíbrio. Sem delicadeza ele obrigou-a entreabri-los para que pudesse prová-la com sua língua.

Guilherme a apertava, esmagando lhe os seios contra o peito, acomodando-lhe os quadris entre os seus, querendo que ela soubesse, de fato, o quanto o excitava.

Como num sonho, Julia ouvia as vozes das outras pessoas a seu redor, mas não se importava. Aquele beijo a satisfazia, a consumia, a excitava.Guilherme curvou-se ainda mais, aninhando-lhe a cabeça em seu ombro enquanto a beijava com mais paixão, ainda ofegante, quase frenético.

Passando o choque inicial, o coração de Julia disparou e todo o seu corpo se aqueceu, tão excitada quanto ele, provou-o com a mesma desenvoltura,tocando-lhe a língua com a sua, provocando-o deliberadamente.Guilherme resfolegou e apertou-a com tanta força que Julia gemeu baixinho. No mesmo instante, ele afrouxou o braço e ergueu o rosto.Mas, só alguns centímetros, o suficiente para que seu hálito lhe tocasse a pele da face.

Ofegantes,ambos se entreolharam. Ele tinha uma expressão rude e sensual, as pupilas dilatadas de paixão, os lábios ainda molhados pelo beijo.Guilherme já ia se curvando de novo quando o segundo chamado pelo alto-falante o fez deter-se e soltá-la. Julia tremia e torcia para que Guilherme lhe pedisse para ficar. Entretanto, ele disse apenas:

-É melhor você ir ou vai acabar perdendo o voo. – sem voz, ela apenas assentiu e afastou-se sem olhar para trás, temendo não resistir ao desejo de voltar e atirar-se nos braços dele.

Há vinte e quatro horas descera ali mesmo, naquele aeroporto, confiante e ansiosa. Agora, embarcara absolutamente desolada.

Anne foi esperá-la no aeroporto de Nova York, deixando claro o quanto ela estava preocupada. Julia ensaiou um sorriso frouxo, mas ela a olhou e percebeu que ela não estava bem.

Julia,então, desfez o sorriso e atirou-se nos braços de sua amiga. Mesmo não se permitindo chorar, fechou os olhos com bastante força e suspirou várias vezes.

-Eu mato esse sujeito! – Anne murmurou entre dentes.

Julia balançou a cabeça e respirou fundo para poder falar.

-Ele foi um cavalheiro, Anne. Guilherme é um homem honesto,trabalhador, mas acha que eu não sirvo para ser sua esposa. – ela a ninava em seus braços para lá e para cá.

-E isso machucou seu ego?

Julia ergueu o rosto e fitou a amiga com o mesmo sorriso amarelo.

-Não. Partiu meu coração.

Anne segurou-a pelos braços e fitou-a com perspicácia, tentado decifrara expressão de seus olhos.

-Ninguém se apaixona em um dia. – disse Anne.

-Alguns não, outros sim. – ele não sentiu o mesmo que eu e não há nada que eu possa fazer.

-Talvez tenha sido melhor assim. – abraçando-a pelos ombros, Anne a guiou até a saída do terminal. – Andei investigando e descobrimos quem ele é. – disse Anne, ao ver o olhar triste que ela lhe dirigia, acrescentou:

-Descobri que seu pai o deixou falido e que para ter tudo de volta será preciso se casar e ter filhos. Ele ficou muito amargo depois disso e....

-Ele me contou o que aconteceu. – Julia disse com tristeza no olhar.

PROCURA-SE UMA ESPOSA - COMPLETA SEM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora