In love

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- Então agora seu pai vai te escoltar na ida e na volta? - John olhava para Alexandra um pouco frustrado, enquanto ela apenas assentia com a cabeça. - Acho que isso é coisa daquele Zenon.
Ele fechou a cara de uma forma tão engraçada que Alexandra não foi capaz de não sorrir, e beija-lo.
A paisagem diante deles era perfeita, os vales a frente, as nuvens parecendo tufos de algodão, o céu límpido, no mais perfeito azul, o lago abaixo, cintilando, e o sol suave do meio da tarde tocando a pele o cabelo de Alexandra, que de tão negro, atingia tons azulados com a luz.
- Você me deixa sem fôlego Encantadora. - ele olhava fascinado para os olhos dourados dela, acariciando seu rosto. - Não canso de olhar para você, quero tocar em você o tempo todo, quero estar com você a cada segundo.
Alexandra suspirou, e baixou os olhos, com suas bochechas ficando cor de rosa. John tocou de leve em seu queixo, trazendo o olhar dela de volta para o seu.
Ela estava com o cabelo solto, ela sempre o soltava quando estavam sozinhos, uma cascata negra, indo até a cintura, com cachos grosso nas pontas, sua pele suave brilhava no sol, uma cor de causar inveja, morena, lisa e uniforme. John desceu o toque para o pescoço dela, fazendo seus olhos fecharem, enquanto os dele permaneciam bem abertos, gravando cada reação dela ao seu toque. A pele macia se arrepiou quando as mãos dele, com delicadeza desceu pela lateral de seu corpo, arrancando um suspiro intenso, e fazendo os olhos de Alexandra abrir. Ele parou, olhos dourados nos azuis, aquela sensação quente tomando conta dos dois novamente. Ele estava prestes a recuar, quando sem o menor aviso, ela o puxou, enterrando os dedos nos cabelos dele, e o beijando pela primeira vez de forma intensa e profunda. Ela, sua doce e tímida Encantadora, o desejava, ela o queria, tão profundamente quanto ele a queria, e naquele momento ele mandou pro inferno toda a sua cautela. Colou seu corpo ao dela, com uma mão segurava a cintura dela, com a outra acariciava o pescoço de Alexandra, arrancando suspiros de puro prazer dela, ele aprofundou o beijo, ela se entregou com total abandono. John a deitou na grama e cobriu o corpo dela com o seu, sem deixar os lábios dela por um minuto. Então ele passou a explorar o corpo dela com seus lábios, primeiro a orelha, o pescoço, a clavícula, cada beijo flamejante, fazendo Alexandra sentir todo seu corpo arder.
- John - ele reconheceu aquele gemido, era um pedido, um pedido incoerente que ele não parasse. E ele não queria, apesar de sua mente o acusar, o julgar, ele simplesmente não conseguia impedir seu corpo.
Ele continuou sua exploração, passando a língua no alto dos seios dela, então os segurou com as mãos, com fome, com desejo, esquecendo totalmente que estava diante de uma virgem, de uma menina que provavelmente, pelo que ele pôde notar no começo, pouca experiência tinha com beijos.
Alexandra arquejou, primeiro de prazer, mas em seguida surpresa. Ela travou, congelou, assustada.
Amaldiçoando a si mesmo, John se obrigou a afastar-se dela. Alexandra estava claramente sem jeito, ela se levantou olhando para a grama, claramente confusa com a brusquidão dele.
- Sinto muito meu amor. - John tocou a bochecha dela com carinho. - Eu não quis... bem, eu quis, mas não assim.
Ao perceber o quão frustrado ele se sentia por não saber se explicar, Alexandra engoliu sua timidez, e segurando o rosto dele com as duas mãos, olhou bem nos olhos dele antes de falar.
- Eu te amo John, e posso ser ignorante para certas coisas, mas não sou burra. Eu gosto do seu toque. - a última frase, foi quase um sussurro. - Você me faz sentir coisas que não entendo e não sei como controlar.
John respirou um pouco mais aliviado, se preocupava com o que ela iria pensar, sabia que ela ainda era muito inocente. Por Deus! ela tinha só 16 anos, tudo bem que isso não significava nada, uma vez que, se não tivessem se conhecido, ela estaria casada agora, mas ainda sim, ela era tão pura e transparente quanto um cristal, onde ele estava com a cabeça?
Suavizou suas feições para não preocupa-la e a abraçou. Começou a passar as mãos no cabelo dela, e o perfume que desprendia era maravilhoso, como um campo de lavandas banhadas pelo sol.
- Você tem um cheiro incrível Encantadora. - ele a afastou um pouco, mas sem tirar os olhos dos dela resolveu explicar. - O que sentimos é normal, ou quase. A verdade é que não sou nenhum menino inocente, já conheci algumas mulheres sim, mas sempre foi algo impessoal, apenas contato físico. Mas com você Encantadora, é tudo muito mais intenso, então é meio que novidade para mim. Porém, eu te amo, e te respeito, e não quero me aproveitar da sua inocência.
Alexandra deu um risinho, e logo sua bochechas ganharam a cor de tomates maduros.
- No que está pensando? - John ficou curioso.
- Não é nada! - ela riu novamente, não conseguia controlar.
- Nada é? - ele olhou com ceticismo para ela - Vai contar por bem, ou terei de usar métodos nada honestos? - um sorriso enorme e lindo se formou nos lábios travessos dele.
- Você não ousaria.
Foi a última frase antes dele pular em cima dela e começar a fazer cócegas. Alexandra gritava e esperneava, enquanto lágrimas desciam por seu rosto.
- Pare! Pare! - ela gargalhava. - Eu falo!
John interrompeu seu ataque, mas por precaução, manteve ela presa. Seu rosto doida das risadas, fazendo ele se perguntar, quando foi que ele riu tanto assim.
- Estou esperando sua confissão. - deu um beijo rápido na ponta do nariz dela.
- Só acho que você se preocupa demais, com a minha inocência. - ela riu, mas não o convenceu.
- Só isso? Acha que sou bobo é? 
E recomeçou o ataque de cócegas, mas parou em meio aos pedido risonhos dela
- Ora essa John, isso é muito infantil de sua parte! - Nina tentou mostra-se séria, mas não colou - Você se preocupa com uma inocência, que não faço questão de manter.
Agora sim, isso o chocou. John  levantou e ficou de costas, respirando pesadamente, absorvendo o significado daquelas palavras. Ela o queria, ela queria se entregar por completo a ele, ela o amava com tanta intensidade, que estava disposta a jogar para o alto tudo que ela foi criada para ser e fazer. Ele precisou de toda a sua força para não agir como um idiota feliz naquele momento.
- O que foi John? - ela tocou o ombro dele, receosa que ele pensasse o pior dela. Já tinha ouvido isso milhares de vezes, que homens não gostam de mulheres oferecidas e tudo mais, porém pensou que ele fosse diferente. Agora uma sensação de vazio começou a domina-la. Tirou a mão do ombro dele e se afastou.
John virou, e percebeu o confusão nos olhos dela. Deus se ela soubesse! Melhor, ela saberia, ele faria questão de dizer a ela todos os dias enquanto vivesse.
- Encantadora. - ele a puxou para seus braços - Minha Encantadora. - ele beijou a ponta de seu nariz, e seus olhos, suas bochechas. - Como eu te amo.
Os olhos de Alexandra começaram a brilhar, e ele viu, ele sentiu, que sua vida nunca mais seria a mesma, que precisava dela, tanto quando do ar para respirar, que ela seria a única em sua vida, e todos os clichês de romance que se possa imaginar. Sem esperar um segundo sequer, ajoelhou-se diante dela, e segurando sua mão. Alexandra o olhava confusa com a atitude dele.
- Faça de mim o homem mais feliz do universo e seja minha Encantadora para todo o sempre. Casa comigo?
Primeiro o choque, depois a alegria que parecia tomar conta de tudo nela. Ela se ajoelhou, enchendo ele de beijos respondeu.
- Sim! Eu aceito. Eu te amo.

Encantadora - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora