3: Seu anjo... Seu demônio...

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Giovanna






-Não... por favor... não. Sussurava ela já sem forças, enquanto ele estava em cima dela penetrando a cada vez mais com força... ela não conseguia mais gritar, ele segurava seus pulsos como algemas de aço, presa por ele não sentia mais o sangue pulsar, seus braços haviam adormecido de tanto tentar se libertar e sair dali... sair de perto dele... daquele monstro... mas ela não conseguia sair, ela chorava... chorava muito mesmo sem forças para continuar lutando ela ainda assim chorava lamentando ter existido... lamentando profundamente estar ali naquele momento... lamentando tê-lo amado...
        Seus olhos abriam e fechavam lentamente a cada instante e quando se abriam ela o via...via aqueles lindos olhos verdes cintilantes de um homem que deveria ser um anjo... e ela se culpou por tê-lo amado por ter sentido amor por ele... seu anjo, seu demônio.
        Seus pais lhe disseram que ele era um bom homem o homem perfeito para se casar afinal ele era do tipo de cara que conseguia deixar qualquer uma suspirando só com um simples olhar, novo na cidade, rico, bonito, misterioso   simplesmente encantador... então porque não? Pensara ela.
       Os dois haviam se conhecido a tão pouco tempo, ele era tão gentil com ela sempre lhe trazia flores e presentes caros quando a visitava, mas mesmo assim Giovanna era tão nova para aquilo tudo, só tinha 18 anos nem sabia o que era amar até ele aparecer... e tudo ficar de cabeça para baixo quando ele sorria para ela era... era como se o mundo inteiro parasse como se mais nada existisse e mesmo sendo nova algo tão bonito e tão terno dentro dela floresceu... o amor... um amor que ardia dentro dela só de olhar naqueles olhos ela o desejava mas esperaria pela hora certa para tê-lo, com três meses de namoro ele a pediu em casamento ela aceitou de imediato impulsivamente pois era o que ela mais desejava no mundo se casar ter filhos com ele e ama-lo a cada dia mais... seus pais mesmo achando que ela ainda era nova demais para se casar concordaram e os dois ficaram noivos, ele a visitava sempre, todas as noites, era atencioso com sua família, principalmente com Helena sua irmã mais nova, embora irmã não gostasse dele... dizia que havia algo de errado nele, mas ela não se importou, estava eufórica com tudo que tinha relação com ele, o mundo refinado que ele vivia, sua beleza, a inveja das amigas por ela tê-lo só para ela.
         Ele nunca gostou de sair principalmente durante o dia e sempre andava com roupas fechadas de mais até com o capuz mesmo em um dia de calor escaldante, ela nunca perguntou o porque... e sempre insistia muito para ficarem na casa de seus pais, os pais de Giovanna confiavam cegamente nele até que uma bela noite de céu estrelado e lua cheia ele a levou para a casa dele... ele começou a toca-la de outra maneira... ela percebeu o que ele queria mas ela não estava pronta para dar aquele passo e então o afastou delicadamente.... ela não queria que fosse daquela forma, ela sonhava com algo especial... romântico.
      Ele a jogou em cima do sofá e ela se perguntou se tinha feito algo de errado... porque a estava tratando daquela maneira... ele gritou.
-Que droga! Giovanna pensei que me amasse....
-Mas eu te amo.. .eu te amo e o amarei sempre, porque está me tratando assim? Se lhe fiz algo de errado me perdoe por favor... não tive a intenção. Disse ela com seus lindos olhos negros avermelhados de lágrimas, ela estava disposta a ceder e se entregar a ele naquele momento, mesmo não se sentindo preparada... mas...
-Então me prove. Sugeriu ele a puxando do sofá bruscamente pelo cotovelo, arrastando-a com ele.
-O que está fazendo? Por que esta me tratando assim...? Eu não estou entendendo....
-Não se preocupe minha doce noivinha querida, entenderá agora.
         Havia algo em seus olhos que a fez sentir medo dele pela primeira vez... e então ele a jogou contra a parede apertando-a com força e a beijando, ela começou a se debater contra ele até conseguir se soltar e dar um tapa no rosto, ele riu virando o rosto para ela devagar.
-Vai se arrepender amargamente por isso meu amor...

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