Prólogo

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O despertador toca às cinco da manhã. Quando Louis sai de casa, o sol ainda não nasceu, mas ele está pronto para o resto do dia. Ele tem uma lista de coisas que deve fazer até a hora de se deitar novamente — e ele não pode se dar o luxo de descansar. Sua cabeça dá voltas e voltas quando ele precisa pensar em todas as coisas que ainda precisa fazer, mas não tem tempo. No meio disso tudo, ele acaba esquecendo as coisas que realmente queria fazer.

Treinos exaustivos, trabalhos atrás de trabalhos, provas dificílimas e vida social: manter tudo em ordem com certeza era desgastante, mas Louis mantinha um sorriso no rosto, pois não podia deixar transparecer seu lado negativo.

Ele é o garoto perfeito, ele tem que ficar bem o tempo todo, não pode reclamar de nada. Veja, Louis tem tudo que se deseja: uma família unida e bem favorecida, amigos leais, boas notas, uma paquera em vista, sem falar que ele é o melhor jogador de futebol da escola, o que mais ele poderia querer?

Mesmo quando não quer sorrir, Louis faz isso de forma quase autêntica, pois já dominou a arte de engolir seus sentimentos e manter a boa aparência.

Agora mesmo, ele está fazendo prova de francês e, se você olhar com atenção, perceberá que ele é o único aluno na sala que não aparenta estar nervoso, mesmo essa sendo uma das avaliações mais difíceis já elaborada pelo professor.

Longe dali, um jovem de cabelo cacheado e olhos verdes dá voltas na sala clara e rusticamente organizada. Diferente de Louis, Harry não liga para aparências. Ele sabe melhor do que ninguém que a vida é curta e o quanto se deve aproveita-la.

"...e foi quando escovei meus dentes depois do almoço que pensei no que você falou sobre 'cumprir metas'," Harry diz para o rapaz mais velho sentado em uma poltrona.

"E...?"

"Acho que tenho uma meta!" Ele anuncia como se fosse uma vitória. "Uma meta, uma pessoa em vista".

"Qual o nome dela?"

"É um cara", ele pressiona os olhos e sorri de canto ao tentar imaginar o que o outro está pensando.

"Como ele é?"

"Esperto, bonito, popular, de boa família. Bom demais pra qualquer um naquela escola."

"Mas não pra você?"

"Lógico. Porque ele sempre esbarra em mim no intervalo e, mesmo assim, nunca me vê."

O mais velho respira fundo enquanto Harry passeia pela sala e brinca no ar com as mãos. "Então, você vai chamar ele pra sair?"

"Chamar pra sair?" Harry se vira dramaticamente e dá um daquelas sorrisos enigmáticos que é odiável, pois se torna impossível ler seus sentimentos. "Não. Péssima ideia. Você disse que eu deveria fazer alguns amigos, certo? Bom, esse sou eu, fazendo um amigo. Se eu chamar ele pra 'sair'," Harry faz aspas com os dedos, "seria muito estranho, não acha?"

"Então qual é o seu plano?"

"Simples. Eu vou me divertir com ele."

"Divertir?" O rapaz expressa um tom de preocupação. "O que você quer dizer com 'divertir'?"

"Como assim o que eu quero dizer com 'divertir'?" Harry faz uma cara de pateta. "Divertir significa se divertir, ora essa." Ele ri em desdém. "Não vai criar nenhuma teoria conspiradora nessa sua cabeçona. E, ah... já tá na hora de vazar, né? Foi bom te conhecer!" Ele dá um tapa no ombro do rapaz e vai até a porta.

"Por que ele?" Harry se detém ao ouvir isso. "De todas as pessoas da escola, por que ele? Não vai ser mais difícil?"

"Exato! Ele é um desafio." Um sorriso sínico toma conta de seu rosto. "E eu adoro desafios."

Sky is the Limit (Larry AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora