"Me leve até ele", peço. "Por favor, eu preciso ver com meus próprios olhos."
Estou tremendo. Meu rosto avermelhado e meus olhos rosados de tanto chorar. Parece que não há ar suficiente para me dar fôlego, pois estou sempre ofegante; e meu coração bate tão forte quanto mil martelos de fogo, queimando meu peito e me causando um mal estar não natural.
"Ele ainda está no hospital. Eu te levo até lá", diz Desmond. "Mas tome mais um pouco de água antes."
Ele me serve dois copos de água e eu bebo rapidamente, o líquido trazendo um pouco de conforto e acalmando minhas batidas cardíacas e minha respiração. Fecho os olhos para poder me tranquilizar um pouco, mas toda vez que eu faço isso, vejo Harry em minha mente. Não consigo parar de tremer.
Des dirige a caminhonete e eu dirijo o carro de minha mãe, seguindo-o até o hospital. A visão do veículo de Harry em movimento a minha frente traz de volta algumas memórias que compartilhamos nele... e foram tantas! Nossos passeios, nossas missões, nossos beijos escondidos e a nossa primeira vez. Não quero que isso acabe.
Chegamos no hospital. Meu coração continua apertado, dificultando minha respiração. Des e eu passamos pela recepção, ele me guia por todo o trajeto até chegarmos no andar e no corredor certo. As portas do elevador se abrem e eu saio apressadamente em direção ao quarto de Harry, deixando Desmond para trás.
Não posso mais esperar. Abro a porta do quarto e vejo Harry deitado de lado, de costa para a entrada. Ele está mais magro do que me lembro e está encharcado de suor. Ao ouvir o barulho da porta, ele se vira na minha direção enquanto diz:
"Pai, eu não consigo parar de vomit—", ele se impede de finalizar a frase assim que põe os olhos em mim. Sua voz trêmula e rosto choroso se transformam em algo duro. "O que está fazendo aqui?"
"Meu Deus", sinto o ar ser expulso do meu pulmão. "Por que você não me contou?"
"Mais cedo ou mais tarde, todos vão saber", Harry responde em tom brincalhão. "Eu só queria que fosse mais tarde."
"Mais tarde quando?" Aproximo-me dele. "Quando você já estivesse...?" Sinto minhas mãos tremerem e meu coração ficar mais apertado ainda.
"Ei, não precisa ficar assim! Eu só estou mais avançado do que vocês no jogo da vida... e todo mundo sabe como o jogo termina."
"Sempre uma piada", retorço o rosto.
"Dizem que é só uma fase, vai passar logo. Mas olhe pelo lado bom da coisa, Louis. Pelo menos você não chegou aqui só por simpatia pelo doente, não é?"
"Isso não é justo!"
"Não?" Ele levanta o tronco rispidamente e tenta se sentar, mesmo com dificuldade. "E a faculdade, é justo? Essa doença, é justo?" Sua cabeça se retorce para o lado e ele vomita no chão. Levo a mão até a boca imediatamente e fico estático, os olhos esbugalhados. Harry olha para mim e me confronta com os olhos. "Isso é justo?" Ele aponta para o vômito. "A essa altura do campeonato, eu não vou conseguir nem me formar no ensino médio. Isso é justo?"
Balanço a cabeça rapidamente e aperto os olhos, expulsando as lágrimas existentes que se acumularam ali. Não consigo dizer nada, não consigo fazer nada.
"Vomitar, Louis... é só o que me resta. Agora, dê o fora daqui!"
"O que isso quer dizer? O que você quer dizer?" Pergunto agitadamente em meio aos prantos.
"Você é um cara inteligente! Isso é um adeus, é claro."
"Não!"
"Esqueça-se de mim!"
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Sky is the Limit (Larry AU)
FanfictionLouis é o garoto que tem a vida perfeita, mas ele vê todos os seus planos serem distorcidos quando conhece Harry, o esquisitão da escola. Alguns capítulos contém linguagem imprópria, nudez, masturbação e sexo.