Foi Por Acaso

Capítulo 23 - João

Dois dias depois...

Finalmente chegou o dia em que chegaríamos ao Caribe! Acordo bem cedo junto com Jack e uma funcionária passou de quarto em quarto avisando que, em cinco minutos, chegariam no porto do Caribe.

Trocamos de roupa rápido e fomos para a terra firme. Era um lugar lindo! Tinha uma brisa fresca, água azul... O verdadeiro paraíso!

Fomos andando sozinhos de mãos dadas pelo local. Tirei várias fotos de tudo. De repente, quando estou para tirar mais uma foto, a câmera é arrancada da minha mão.

Jack:- Posso ter um pouco de atenção agora?- pergunta fazendo carinha de abandonado.

Jeana:- Eu dei a você toda a atenção do mundo a noite. Para que mais?

Jack:- Porque eu gosto! Eu gosto de ter toda a sua atenção, de que você só tenha tempo para mim.

Jeana:- Senhor, que homem carente!- falo e lhe dou um selinho demorado.

Ele me segura firme pela cintura e roça seu nariz no meu. Depois me encara fundo nos olhos e eu sorrio para ele.

Jeana:- Quer saber? Tem algo que merece ser fotografado e guardado para a história.

Pego minha câmera, vou até uma moça que estava cuidando de todos e peço para que tire uma foto.

Jeana:- Assim que eu fizer o que te disse, você bate a foto.

Moça:- Ok.

Entrego a câmera e vou até o Jack. Puxo-o pela gola da camisa e o beijo. Foi algo meio rápido, pois foi para a foto. Logo me separo dele e vou até a moça que tirou a foto.

Jeana:- Tirou?

Moça:- Sim. Você e seu marido formam um casal lindo.

Jeana:- Ah, ele não é meu marido não. É...- penso um pouco se devo mesmo dizer o que penso.-, meu namorado.- falo sorrindo.

Moça:- Ah sim. Um belo casal!

Jeana:- Obrigada.

Pego minha câmera e volto até o Jack.

Jeana:- Acredita que ela achou que fossemos casados?

Jack:- E o que você disse?

Jeana:- Que somos namorados. Mas você nem fez o pedido.

Ele olha em volta, da um belo sorriso e me fala.

Jack:- Ainda não fiz.- fala dando ênfase no "ainda".

Jeana:- Como assim?

Jack:- Um dia você verá.

Sorrimos um para o outro e continuamos a andar. Paramos em baixo de uma árvore sob a sombra. Ficamos só em silêncio, aproveitando o momento.

Jack:- Namora comigo?- fala de repente.

Jeana:- O que?

Jack:- É só o pedido superficial. Eu vou te fazer o pedido oficial ainda.

Sorri para ele. Achei que nunca fosse ouvi-lo pedir, mesmo que "superficialmente".

Jeana:- Sim!

Ele sorri para mim, entrelaça nossos dedos e me beija. Ficamos ali somente curtindo o som que as pequenas ondas faziam. Até que um homem que trabalhava numa barraquinha próxima de onde estávamos, veio falar conosco.

Homem:- Com licença, o casal gostaria de algo?

Olho bem para ele achando já te-lo visto. Espera!

Jeana:- João?- pergunto confusa.

João:- Sim... Jeana?

Jeana:- Sim, eu mesma!- falo sorrindo.

Nos abraçamos sorrindo e ele me girou no ar. Logo me pos novamente no chão.

João:- Nossa, quanto tempo! Você mudou, pequena Je!

Jeana:- Você também mudou bastante! Está mais forte, mais bonito!

João:- Obrigado! Você também está muito linda!

Jeana:- Obrigada.- respondo envergonhada.

Jack se levanta e me envolve a cintura com um braço.

Jeana:- Ah, João, esse é o Jack! Jack, esse é João.

João:- Muito prazer, Jack.

Jack:- O prazer é meu!

Eles apertam as mãos e eu sinto um clima meio tenso.

João:- E vocês são o que? Amigos?

Jeana:- Nós...

Jack:- Nós somos namorados!

Olho para ele. Ele estava nitidamente com ciúmes. Desde o momento em que eu mencionei o nome "João", ele está meio diferente. Meio possessivo!

Vi que algumas pessoas estavam voltando para o navio. Não tínhamos muitas coisas para fazer, então resolvi voltar com Jack.

Jeana:- Jack, vamos voltar?

Jack:- Também acho melhor.

Jeana:- Bom, João, foi bom te ver novamente.

João:- Eu que o diga! Poxa, me liga sempre que quiser!

Jeana:- Eu pensei em ligar esses dias. Mas qualquer dia desses eu te ligo.

Dou um beijinho em seu rosto, pego na mão de Jack e vamos andando. Ele não me olhou durante toda a caminhada e nem se manifestou. Parecia que ele estava há meses fora do navio e só queria chegar lá.

Entramos e ele foi me puxando para o quarto. Quando entramos, ele fechou a porta e se deitou ao meu lado.

Jeana:- Ciúmes?

Jack:- Não.

Jeana:- Então posso voltar lá para fora para conversar com o João.

Me levanto fingindo ir mas ele logo me puxa pelo braço me fazendo cair próxima a ele. Ele me prendeu com um de seus braços.

Jack:- Você não vai voltar lá!

Jeana:- Quem vai me impedir?

Jack:- Eu!

Jeana:- E por que eu obedeceria?

Jack:- Porque se você for para lá, quem vai ganhar meus beijos?

Jeana:- Quem sabe a sua ex queira?

Jack:- Se ela quiser, vai ficar querendo. Agora eu sou só seu e não quero dividir os beijos que dou a você com ela.

Jeana:- Então eu não vou. Só se você admitir que está com ciúmes!

Jack:- Está bem! Eu estou sim com ciúmes! Louco de ciúmes! Imagina você me ver com uma garota que eu disse ter sido apaixonado. Você ficaria com ciúmes.

Jeana:- Lógico! Sou eu egoísta e não gosto de dividir você com ninguém!

Jack:- Digo o mesmo! Estamos entendidos?

Jeana:- Sim, senhor Jack!

Ele ri de mim e me beija. Ele me puxa fazendo ficar por cima dele sem parar o beijo em momento nenhum. Ele me puxa mais pelo pescoço intensificando mais o beijo. Mordo seu lábio inferior e puxo um pouquinho. Ele para o beijo de repente.

Jack:- Por que você é assim?

Jeana:- Assim como?

Jack:- Desse seu jeito que me enlouquece! Eu não sei o que, mas algo em você... Quando eu te olho algo me deixa louco! Quando eu te vejo dormindo, eu percebo na sorte que tenho de ter esse anjo perfeito ao meu lado, só para mim!

Dou o maior sorriso que posso. Puxo seu rosto e volto o beijo. Cada beijo parecia ser mais perfeito que o outro.