Foi Por Acaso

Capítulo 10 - Festa (p. 2)

Vou para qualquer canto e fico lá, tentando organizar meus pensamentos. Volto para dentro do salão, pego mais uma bebida e volto para o mesmo lugar.

Fico olhando a luz da lua e as estrelas enquanto pensava, involuntáriamente, no Jack. Que raiva tenho dele!

Logo ouço passos de alguém se aproximando.

J:- Oi.

Jeana:- O que quer?

J:- Eu vim te pedir desculpas. Eu fui um incrível idiota lá.

Jeana:- Só agora caiu a ficha?

J:- É que eu fiquei louco quando vi vocês se beijando. Me desculpa, de verdade.

Jeana:- Escuta aqui, rapaz, que fique bem claro que eu tomo conta da minha própria vida.

J:- Poxa, eu vim pedir desculpas e recebo isso em resposta. Quer saber, não precisa aceitar desculpa nenhuma.

Ele me dá as costas e vai andando. Me senti meio mal por ter feito isso.

Jeana:- J! Vem aqui, por favor.

Ele para onde estava, da meia volta e vem até mim.

Jeana:- Eu é que peço desculpas. Eu te tratei tão mal... E você só queria me proteger. Desculpe-me.

Baixo a cabeça para que ele não veja que há lágrimas escorrendo em meu rosto. Ele segura em meu queixo e levanta meu rosto me fazendo encará-lo.

J:- Está tudo bem. Entendo que você tenha ficado chateada com tudo. Mas está tudo bem. Você me desculpa?

Jeana:- Sim.

Dou um sorriso a ele tentando mandar embora a vontade de chorar. Ele enxuga minhas lágrimas e me dá um belo sorriso. Ele segura meu rosto com delicadeza e me olha no fundo dos olhos.

Eu sustento o olhar até que ele começa a se aproximar como se para olhar mais fundo nos meus olhos. Logo começo a sentir seu perfume impregnando o ar que há entre nós.

Jeana:- J, está muito próximo...- digo quase sem fôlego.

J:- Eu quero estar bem próximo.- responde dando ênfase no "quero".

Ele começa a chegar muito perto. Quando abro minha boca para protestar ele aproveita e me beija. Eu em alguns momentos tentei parar, mas ele segurava firme em meu pescoço e cintura.

Logo cedo e sigo o ritmo dele. Ele invade minha boca com sua língua e explora cada canto. Logo nossas línguas se encontram e dançam no mais perfeito ritmo.

Até esse momento eu não havia percebido que minhas mãos estavam voando. Envolvo o pescoço do J com meus braços e ele me puxa para mais perto.

Logo começamos a perder o fôlego e vamos parando o beijo com selinhos. Nos olhamos novamente.

Jeana:- Quem é você que tem um beijo perfeito?

J:- Como não posso me revelar por estar num baile de máscaras, eu sou o J, seu príncipe da noite.

Ele beija minha mão e oferece o braço. Aceito e vamos andando até o local da festa. Vamos direto pro bar.

J:- Pode pedir o que quiser.

Logo um garoto vem nos atender.

Jeana:- Eu quero uma vodka.

J:- Eu quero um refrigerante.

Ele assente e sai.

Jeana:- Não vai beber nada?

J:- Estou dirigindo. Não posso beber.