Capitulo 11.

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- Ah...Vamos?

- Vamos sim meu amor, deixa eu só pagar a conta. - Ele disse sorridente. Meu deus do céu, não to acreditando na merda que eu fiz.

Ele chamou Zeca, que trouxe a conta e nos parabenizou. Eu podia sentir minha cara de taxo. Lucas mesmo sentado na mesa me encarava com raiva no olhar, um olhar assassino que me deixava com as pernas bambas, mas assim que eu olhava pra menina segurando a mão dele, retribuia o olhar e me sentia menos culpada. Eu podia perceber Nog tentando mediar a situação, já que as meninas não entendiam nada. Eu só conseguia esconder meu rosto com a mão e rezar pra ir embora logo.

Zézinho pagou a conta e me puxou pela mão. Enquanto saiamos, ele percebeu a presença de Lucas, eu implorava pra situação não piorar, já que eles se encaravam violentamente.

- I ó ala! Aquele comédia, não acredito que nóis trombo ele aqui. Vai ser agora que eu vou te vingar.

- Zézinho... pelo amor de Deus, deixa isso queto.

- Não! Eu sei que ele fez alguma parada pra tu! E tu ta achando que eu vou deixar alguem te magoar, tu ta bem enganada! - Um sorriso me escapou, apesar do reboliço todo.

- Deixa isso pra lá amor, vamo pra sua casa pra gente se curtir um pouquinho. - Foi a unica maneira que encontrei pra fazer ele querer ir embora logo.

- Ah, se for assim...- Ele respondeu num tom lascivo, glória Deus funcionou.

Eu peguei ele pelo braço e fui arrastando o mais rapido possivel pra fora do restaurante.

- Meu senhor jesus...- Pensei alto enquanto respirava fundo.

- Hãn? - Zézinho voltou sua atenção a mim e eu me reprimi por ter dito aquilo alto.

- Nada não. - Sorri sem os dentes e agradeci a deus quando vi o frentista com o Camaro.

Ele caminhou até o carro e abriu a porta pra mim, eu sorri pra ele e entrei. Ele deu uma gorjeta ao frentista e entrou no carro. Apesar de estar fingindo bem, um misto de sentimentos tomava conta de mim.

- Coloca o sinto. - Ele olhou pra mim com uma expressão sapeca.

- Ah não zé...- Eu sabia que o Formula 1 iria começar.

- De koé, eu quero transar logo.

Pov- Predella

- Vocês viram que fofo o cara que pediu a guria em namoro? - A menina que estava sentada ao lado de Nog comentou. Eu senti meu rosto fervendo de odio. Nog me observava com cautela enquanto bebericava o seu vinho, eu podia entender o recado que seus olhos me passavam, "não faz merda", diziam eles.

- Sim, mas ninguém se importa com isso. - Respondi grosso.

- Ei, o que você tem? - Encarei o rosto angelical da menina sentada ao meu lado, me observando com curiosidade. Ela encaracolava os cabelos loiros com os dedos sem parar, aquilo me deixava ainda mais nervoso.

- Não te interessa. - Ela arregalou os olhos e encarou a outra menina, e depois Nog, como se buscasse uma explicação. - Ae, eu vou dar no pé. - Eu disse me levantando.

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