Capitulo 20.

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Pov - Melissa.

Sonhava que cai ao mar aberto, no meio do oceano. Não sabia ao certo como fui parar ali, mas estava tranquila. A água estava a metros a cima da minha cabeça, eu estava totalmente submersa porém não me afogava. Eu sabia que a cima daquela água, haviam imensas ondas é uma tempestade terrível acontecendo, e eu estava protegida pela serenidade do fundo do mar. Derrepente aquela imensidão solitária, foi tomada por uma quantidade estupenda de baleias orcas, te todos os tamanhos e idades, elas me faziam companhia. E apesar de parecer apavorante, era um sonho bom.

Acordei num pulo com o barulho da porta sendo arrombada. Procurei os braços de PH na cama, não encontrei. Encontrei-o olhando de relance pela porta do quarto segurando uma AK a procura de quem nos faria mal. Ele olhava pra mim com cautela e fazia sinal com o dedo até a boca, para que eu ficasse em silêncio.

Barulhos de vários passos pela casa são ouvidos, me causando arrepio na espinha. Eu já orava pra que Deus tivesse piedade da minha alma.

A porta do quarto se abre, PH me empurra pro chão eu rolo para de baixo da cama. Ele diz algo que não posso entender por causa do pânico, e uma rajada de tiros começa. Lágrimas e mais lágrimas escorrem do meu rosto. Acho que nunca senti tanto medo na minha vida.

Derrepente a rajada cessa. E eu escuto a voz de JV gritando estridente meu nome.

Saio de baixo da cama mesmo tremendo. Quando meus olhos bateram no corpo de PH agonizante no chão, não me conti, a intensidade do meu choro aumentou. E me joguei de seu lado.

- POR QUE FEZ ISSO JOSÉ VINICIUS?! POR QUE? - Eu barrada transmitindo todo ódio que podia.

- VOCÊ NÃO OUVIU ? ELE MATOU MEU PAI!

Olhei pra Pedro sem acreditar, ele lutava instintivamente pra se manter vivo, e o sangue espirrava pelos varios furos na barriga e vazava pela boca. Mesmo com um tremendo esforço, ele sorriu.

- Por que fez isso Pedro?

- Ele matou Gabriela. Eu ainda me lembro da risada cinica que ele deu quando seu corpo falecido caiu em meus braços. Eu jurei vingança naquele momento. - Ele dizia com a pouca força que lhe restava.

Todos no quarto pareciam não crer. Todos estavam calados e o único som que se ouvia no quarto ela os gemidos de Pedro.

- Depois dela, você é uma das melhores pessoas que conheci. Obrigado, sempre vou olhar por você Melissa.

- Pedro, por favor... Aguenta mais um pouco! Vou dar um jeito nisso! - peguei a mão dele e coloquei sobre um dos buracos em sua barriga. - Aperta com força aqui pra estocar o sangramento! - Eu dizia desesperada, pois sabia que de nada adiantaria.

Ele abriu um sorriso enorme, e lágrimas começaram a cair de seus olhos.

- Não, ela está aqui, veio me buscar. E trouxe meus filhos... - Seu sorriso aumentava conforme o brilho de seus olhos iam sumindo. Até que aquele lindo verde cintilante, foi tomado pela escuridão.

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