Capitulo 18.

317 18 7
                                    


- Bem vinda. - Pedro disse assim que entramos. Ele me colocou no sofá e tirou meus sapatos. - Vou fazer alguma coisa pra tu comer.

- Obrigada.

Olhei em volta e percebi a casinha bem arrumada. Com poucos móveis, mostrando que só ele vivia ali. Havia fotos de uma menina grávida por todos os lados, era Gabriela, e realmente éramos muito parecidas. Haviam fotos dos dois juntos, sorrindo, formavam um casal bonito, ele parecia outra pessoa agora, muito diferente das fotos. Tinha feições mais maduras e um olhar magoado, eu imaginei como devia ter sido difícil pra ele, e a solidão da casa veio à tona nesse momento.

Eu comecei a pensar se seria feliz assim com alguém. Cheguei à conclusão que dificilmente seria com algum dos dois.

Pedro voltou com um prato e um copo na mão, me tirando os pensamentos ruins. Ele me entregou o prato com um misto quente e o copo com coca cola.

- Obrigada. - E eu comecei a comer desesperadamente. Ele sorriu ao me ver comer daquela maneira, e que sorriso maravilhoso. Esses meninos provavelmente querem me matar, por que desse jeito tava difícil. - Eu tô com muita fome.

- Eu tô vendo. Quer outro ?

- Não precisa, brigada.

Ele me olhou por alguns segundos e sorriu, pegou meu prato e copo e saiu do cômodo, só voltou com um baseado aceso. Ele tragou algumas vezes e segurou, seus olhos iam ficando vermelhos gradativamente, deixando o verde claro cada vez mais bonito.

- Onde conheceu o jv?
- Conheci na escola, ele é da minha sala.
- Ah sim. Vocês namoram?
- Não...
- Mas ele gosta de você.
- Por que fala isso ?
- Ele fala de você o tempo todo. Pelo menos antes falava. Falava que já tinha encontrado a primeira dama dele.

Ouvir isso fez com que meu coração doesse, já que Pedrella não me amava o suficiente nem pra dizer que era sua namorada.

- Você gosta dele? - Pedro me passou o baseado, eu admirava o fato de ele dizer tudo olhando em meus olhos, sendo quase impossível mentir.

- Eu nao sei.

Ele me olhou, de forma quase que assustadora e acenou com a cabeça. Me encarou, e de certa forma me senti intimidada.

- Não fica com medo. Eu não vou te fazer nenhum mal, gabi.

Comecei a cogitar o fato de ele ser um pouco maluco, e decidi que para o meu bem, era melhor entrar em seu jogo.

- Eu não estou com medo.

Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e colocou atras da minha orelha, e estremeci com seu toque.

- A minha intenção não era essa, me desculpa, mas sinto muito a falta dela.

- Não tem problema Pedro.

Assim que pronunciei seu nome, seus olhos se encheram e ele me abraçou.

- Como fui te encontrar aqui ?

- Não sei. - Eu estava hipnotizada pela beleza.

- Ainda bem que encontrei.

Ao som do Rap Onde histórias criam vida. Descubra agora