Capitulo 12.

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Pov- Predella

Fui correndo até lá e empurrei o homem com o dobro da minha altura sem que ele esperasse, por isso a menina em prantos acabou por cair no chão e eu Ajudei-a a se levantar.

- Covarde! Filho da puta! - Eu gritei. Nesse momento já haviam pessoas observando a situação de longe. Dentre cochichos, eu pude ouvir alguns "é o Predella do Costa Gold?", algumas pessoas até filmavam. Pronto, era o que faltava.

- Então é esse vagabundo que anda te comendo Melissa? - O homem gritou. - Olha só pra esse bosta! Você é uma puta mesmo! - Ele avançou e acertou um soco no rosto da menina, que caiu no chão novamente.

Nesse momento eu era só raiva. Tirei coragem de onde eu achei que não tinha, puxei o homem pelo colarinho e acertei um soco bem no canto de sua cabeça, com a forte pancada ele caiu desacordado no chão.

- Nossa! Parabéns Predella! - Disse pra mim mesmo ainda incredulo pelo meu feito.

Olhei pra baixo e vi a pior cena do mundo. A menina sentada no chão, abraçada nos joelhos e chorando sem parar. Sua bolsa e sua jaqueta estava jogadas e o cabelo bagunçado. Ela me olhou com os olhos marejados e o rosto sujo com o borrado da maquiagem. Seus olhos eram tristes, expressavam uma fragilidade que fez meu coração doer.

- Oh meu amor...- Peguei-a pelo braço e a levantei, peguei suas coisas e fui a guiando até o carro. Ela não parava de chorar. - Vou te levar pra casa, você nunca mais vai passar por isso, vou cuidar de você, eu prometo. - Fiz aquela promessa mais para mim mesmo do que pra ela. Talvez ela fosse minha dádiva.

Coloquei-a no banco de passageiro e entrei no carro. Olhei pelo retrovisor, e vi um menino alto, esquio correndo no fim da rua em direção ao carro, ele me parecia familiar. Cerrei os olhos para ver. Era o tal do José. Dei partida e acelerei, e ele gradualmente foi ficando pra trás.

- Babaca. - Sussurrei.

...

Chegamos no meu apartamento. O choro de Melissa cessou um pouco. Ela se sentou no sofá, encarava a parede sem vida no olhar. Fui até a cozinha e preparei um drink a base de vodka pra ela.

Estiquei o braço entregando-lhe a bebida, ela cheirou e fez cara feia, mas depois bebeu tudo em um gole só.

- Obrigada. - Ela esboçou um sorriso triste.

- Quer mais ?

- Quero. - Ela respondeu depois de alguns segundos pensativa.

Voltei pra cozinha sem tirar os olhos da menina, e uma idéia maluca insistia em invadir meus pensamentos. Peguei a garrafa de vodka e deu um longo gole direto da garrafa, a bebida queimava enquanto descia. Deveria mesmo fazer isso ? A vida dela dependia de mim naquele momento. Peguei a garrafa de vodka e latinhas de Del Valle. Voltei pra sala e ela já parecia um pouco melhor. Coloquei as bebidas na mesa de centro, me sentei na poltrona ao lado do sofá e a observei enquanto se servia.

- Melissa.

Ela me olhou enquanto bebia aquilo como se fosse apenas suco.

- Eu tava pensando...Vem morar aqui comigo...

- Hãn? - Ela quase se engasgou com a bebida e eu segurei o riso. - Mas a gente nem se conhece direito.

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