Pov - Zézinho.
Eu tinha acabado de cumprir meu turno. Hoje o dia foi mais movimentado que o normal. Eu tava cansadao voltando pra casa, a pé mesmo porque minha ninja estava no concerto.
- Oi JV. - Tatiana veio até mim com um sorriso aberto.
- De koé Tati. - Dei um beijo em seu rosto. - Ta voltando pra casa agora? - Deduzi por causa da mochila e o uniforme.
- Sim, eu tava no campinho vendo o jogo dos meninos. E você?
- Cabei meu turno agora, vou te levar até em casa, essa hora ta cheio de drogados por ai. E sua casa é caminho da minha mesmo.
- Vou adorar sua companhia. - Ela sorriu e ficou vermelha. Eu sabia que ela era a fim de mim des de criança, mas eu não sentia nada por ela, não a achava tão bonita, não sentia atração, ali era apenas respeito, o que ao meu ver já era muita coisa.
Depois de uma curta caminhada e muita conversa jogada fora, chegamos a casa de tati. Sua vó estava sentada numa cadeira de praia na calçada, e abriu um sorriso enorme ao me ver:
- Vinicius! Como cresceu meu menino!
- Oi dona Geralda.- Fui até ela e beijei sua bochecha. - Benção.
- Deus te abençoe meu filho. Como esta sua mãe ? Melhor ? - Quando ela perguntou de minha mãe, uma tristeza esmagadora, mais forte que o normal tomou conta de mim, e eu senti que deveria ir pra casa.
- Tá sim dona Geralda, falando nela, eu preciso ir pra goma ver se ela tomou os remédios direitinho.
- Ta certo, vai lá meu filho, foi bom te ver.
- Bom, vou vazar, ta entregue Tati, precisando é só chamar.
- Pera ai JV! - A menina me puxou pelo braço de um jeito doce. - Eu fiz um bolo, de chocolate...Não quer levar um pedaço? - Eu pude perceber o esforço da menina por causa de sua timidez, então resolvi aceitar.
- Ah, se foi tu quem fez eu quero sim.
A menina sorriu e abaixou sua cabeça para que eu não pudesse ver seu rosto envermelhar, o que foi em vão. Disse que voltava logo e sumiu dentro da casa. Eu soltei um riso breve ao ver a animação da menina. Ela logo voltou com um tapuér (meu n sei escrever isso) cor de rosa e me entregou, eu a agradeci com um beijo no rosto, o que a fez ficar quase tao rosa quanto o tapuér. Peguei uma bike emprestada de um parça meu, e fui veloz pra casa, aquele sentimento não saia de dentro de mim.
Deixei a bike no pé do morro e fui subindo. Derrepente meu celular toca, e o visor anuncia a ligação de Melissa. Um sorriso se forma em meu rosto, e eu fico em paz.
Ligação on:
- Alô?
- José Vinicius, eu to muito puta com você! - Sua voz era embreagada e raivosa.
- A Maria Emilia abriu o bico? - Já era de se esperar.
- Sim...Quer dizer, não. Meu, e se ele tivesse morrido? Eu nunca ia te perdoar!
- Mel, eu não atirei pra matar, eu não ia nem atirar, mas eu senti tanta raiva! Só de pensar que ele te machucou...
- Melissa! Amor! Vem logo! - Escuto uma voz masculina pela linha. - Perai caralho! - Ela responde. - Zézinho...Me desculpa.
- Mel, sai da casa dele por favor. Você pode ficar em casa por um tempo, ou se não quiser eu te empresto uma casa aqui no morro, te banco e tudo só sai dai.
- Zézinho...não dá...
- Por que ?
- Porque eu não quero sair daqui.

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Ao som do Rap
Novela Juvenil" Coisas inesperadas acontecem. Acredite. Caos nasce da perfeição e perfeiçao nasce do caos. Isso se aprende da pior maneira possível, porem a esperança deve permanecer eterna. Essa é uma história real, por incrível que pareça, o incrivel é real. "...