One Man Guy | Larry Stylinson |

Capítulo 9

Boa leitura .. (:

— E sobre o que você quer conversar? — perguntou Becky.

— Bem, e se você conhecesse alguém que...

— Chega de coisas hipotéticas, Harry. Foi isso que gerou confusão da última vez, lembra?

Pela primeira vez, desde que Harry conseguia se lembrar, Becky não estava reclamando por ter de patinar devagar ao lado dele. Ela seguia preguiçosamente enquanto eles faziam o caminho de casa. E então, abruptamente, ela parou na frente de Harry. Mesmo de patins, nem chegava ao queixo dele. Ela colocou as mãos nos ombros de Harry olhou diretamente em seus olhos.

— Me diga o que realmente quer saber.

— Tem um cara.

— Quem?

— Louis Tomlinson.

— Louis Tomlinson, famoso pela guerra de comida? — perguntou Becky. Harry fez que sim. Ele contou tudo, desde o dia que Louis o salvou atrás do túnel até a aventura-surpresa em Nova York no dia anterior.

— Então você só queria se gabar do novo amigo que fez?

— Não, Becky, tem mais.

Ele começou a contar o que aconteceu mais cedo com Louis na frente da máquina de sorvete.

— Eu me aproximei dele e...

— E o quê? — perguntou ela, com urgência.

— Quer saber? Deixa pra lá.

— Você me entedia com o pano de fundo idiota e não vai me contar o final?

Harry parou de andar.

— Me desculpe se você acha que minha história é idiota.

— Ei, eu estou brincando. — Becky esticou a mão e se equilibrou nele. — Me conte o que aconteceu. Você sabe que quero ouvir. Sou sua melhor amiga.

Becky nunca tinha usado esse termo. Não pegou Harry de surpresa, mas usar o título era um compromisso. Um amigo era uma pessoa com quem você conversa na escola, entra junto em um clube ou vai à igreja. Uma briga idiota em um porão podia encerrar uma amizade normal. Mas um melhor amigo era uma pessoa a quem você podia confiar sua vida, uma pessoa que você sabia que estaria sempre ao seu lado. Ser melhores amigos era uma promessa de resolver as coisas a qualquer custo. E por que um melhor amigo não podia ser uma garota?

Harry e Becky chegaram no cruzamento da Etra com a Orchard.

— Eu posso seguir sozinha pelo resto do caminho.

— Mas eu não terminei de contar o que aconteceu com Louis!

— Seu imbecil! — gritou Becky. — "Eu posso seguir sozinha pelo resto do caminho" é o que eu sempre digo quando chegamos nesta parte da caminhada. Ficamos uns sete dias sem falar e você já esqueceu.

— Diga de novo.

— O quê?

— Diga de novo.

— Isso é idiotice.

— Diga logo — insistiu Harry.

Ele não sabia por quê, mas sabia que, se conseguisse que Becky fizesse o que ele pedia, tudo ia ficar bem.

— Eu posso seguir sozinha pelo resto do caminho — repetiu Becky, secamente.

— Por que eu não acompanho você até a porta de casa? Você sabe como South Windsor pode ser perigosa em uma tarde de dia de semana — recitou Harry.