Capítulo 18

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Oiiie, mais um capítulo espero que gostem....



Às 7h55 da manhã seguinte, Harry entrou na sala de jantar e se sentou à mesa. Ele reprimiu um bocejo. Arrumar a casa o obrigou a ficar acordado até bem mais tarde do que estava acostumado, e ele sabia que não era hora de não caprichar. Além de jogar todo o lixo fora, ele tirou o lixo reciclável e esfregou a cozinha toda, usando uma escova de dentes velha para limpar os cantinhos difíceis. Depois, esvaziou a geladeira e a limpou, pois sabia que era a tarefa da qual a mãe menos gostava porque tinha medo de a comida estragar na temperatura ambiente.

Quando foi para a cama, ele estava ansioso demais para conseguir dormir. Deitado, ficou acordado, olhando para o teto, com a mente em disparada e o coração batendo rápido, até finalmente cair em um sono agitado. Quando acordou de manhã, não conseguia se lembrar dos pesadelos que teve, só das impressões bizarras que deixaram.

Os sons dos pais descendo a escada fizeram Harry se sentar ereto. Eles entraram na sala de jantar e se sentaram à frente dele, do lado onde ficava o armário com toda a louça e prataria boa da família. A mãe estava especialmente linda, vestida com um terninho, o que significava que ia trabalhar no domingo. O pai estava com uma camisa enfiada dentro da calça marrom bem passada, uma despedida formal do moletom que sempre usava desde que havia sido demitido. 

Harry conseguiu imaginar como seria se reunir com eles em um ambiente de trabalho: não os pais calorosos que cuidavam da família, mas profissionais sérios, bem preparados e motivados.

— Harry Edward Styles, quando deixamos você sozinho na segunda-feira, foi um ato de confiança e respeito. Ao violar tão escancaradamente as orientações que deixamos, você nos desrespeitou e destruiu essa confiança — começou a mãe.

— Mas eu não... — disse Harry.

— Basta! — ela interrompeu na mesma hora. — Vamos deixar claro quando quisermos uma resposta de você e quando não quisermos. Agora, não queremos.

— Sim, mãe.

Ele olhou para o pai, que olhou para Harry com olhar vazio, com o rosto parecendo uma máscara de pedra.

— Vamos começar com o que mais nos incomodou — prosseguiu a mãe.

— Sei o que você vai dizer e acho uma porcaria — disse Harry. — Vocês são muito homofóbicos. Se tivessem pego Gemma e Luke de amassos, não reagiriam assim de jeito nenhum.

— Não estamos falando sobre Gemma e muito menos sobre Luke — explodiu o pai. — Além do mais, Gemma tem quase 18 anos, e a questão aqui é você. Agora. Aos 15 anos. E se acha que aquele garoto é o que mais nos incomoda você não nos dá crédito nenhum.

Harry hesitou.

— O que você quer dizer?

— Você sabe que sua mãe e eu nos conhecemos quando morávamos em Nova York. Você acha que nós não tínhamos amigos gay ? — perguntou o pai, incrédulo.

— Acho que não...

— É isso que estou querendo dizer — murmurou o pai.

A mãe de Harry colocou o braço no ombro do marido.

— Harry, você se lembra de Tim?

— Tio Timmy, colega de quarto de papai?

— Sim, bem, tio Timmy foi meu primeiro namorado na faculdade. Ele saiu do armário logo depois que terminamos.

— Tio Timmy é gay? Por que você nunca nos contou?

— Acho que foi mais fácil não contar. Mas eu queria que você confiasse em nós como costumamos confiar em você. Criamos você e Gemma para terem a mente aberta, e acho que é o mínimo que você pode esperar de nós.

One Man Guy | Larry Stylinson |Onde histórias criam vida. Descubra agora