Penumbra - Livro 1 - Trilogia do Assassino

Capítulo 15 - A Morte à Espera

ZOEY BACKER acordou no domingo disposta a tudo. Sentia-se cheia de uma energia que não tinha até pegar no sono assim que tinha chegado em casa da festa de aniversário de Sean. Foi apenas quando olhou para o celular e ouviu a mensagem de voz de Natalie que seu bom humor foi por água abaixo.

- Como você está? - perguntou Zoey, jogou os cabelos para trás afastando a franja dos olhos, tremeu um pouco quando passou o esmalte no dedão da unha do pé direito. Murmurou um
palavrão e limpou o borrado com um algodão e acetona.

- Estou bem, mas ainda não consegui pegar no sono. Não sei como ele conseguiu entrar na minha casa! Meu pai comprou um alarme e acabou de instalar - disse Natalie, sua voz soando muito cansada ao telefone. - Meu pai me mandou ligar para os amigos e pedir que comprem alarmes...

- Ok. Vou falar com meu pai - disse Zoey. - Acredita que minha mãe foi para um spa e... - lembrando-se que a amiga não estava bem. - Enfim, é melhor você tentar dormir um pouco, com toda a certeza seus pais vão ficar em casa hoje.

- Tem razão, acho que vou tentar. Encontro você aí depois para a gente estudar um pouco de química - disse Natalie. Zoey conseguiu ouvir quando ela reprimiu um bocejo.

- Tudo bem. Durma bem, amiga - disse Zoey.

As duas desligaram. Zoey terminou de pintar as unhas dos pés e das mãos, levantou-se da cama o mais rápido que pode e seguiu para o escritório do pai no fim do corredor. Bateu na porta.

- Entre! - disse Carter Backer. Zoey entrou.

O escritório do pai era o local mais organizado que Zoey já vira, as estantes de livros era completamente imaculadas, sem nenhum tipo de sujeira, o tapete persa era igualmente limpo. O pai estava sentado atrás de sua mesa, analisando alguns papeis. Carter Backer era um homem bastante atrapalhado, mas muito organizado em se tratando de seu espaço de trabalho. Ele era advogado.

Carter levantou os olhos para a filha. - O quê foi, querida? - perguntou ele, indicando a cadeira a sua frente. Zoey se sentou, a coluna ereta. A cadeira era um tanto desconfortável.

- Natalie ligou e o pai dela disse para avisar que o senhor deve comprar um alarme. O assassino foi até a casa dela, papai - disse Zoey, inclinando-se e apoiando os cotovelos na mesa de
madeira.

- Ela está bem? - perguntou Carter olhando para Zoey de modo assustado. Os cabelos loiros iguais aos de Zoey bem rentes à cabeça. - Se machucou?

- Não, ela está bem. Natty vem aqui mais tarde me ajudar a estudar química - disse Zoey levantando-se da cadeira.

- Tudo bem - disse Carter. - Olhe, vou até Tulsa visitar sua tia Anabel e vou levar seu irmão comigo. Pode ficar cuidando da casa? Nós voltamos amanhã bem cedo.

- Claro, posso sim.

- Então, amanhã quando chegar da escola já vou ter instalado o alarme. Não se preocupe. Mantenha todas as portas e janelas trancadas - disse o pai, guardando os papeis em uma
gaveta a esquerda e se levantando. Da porta do escritório a cabeça loura de Arthur apareceu.

- Vamos logo, pai - disse o irmãozinho, já de mochila nas costas e um sorrisinho banguela no rosto.

Carter e Zoey se levantaram. Zoey se despediu dos dois e trancou a porta da frente e saiu para o quintal nos fundos da casa levando o celular. Mandou mensagem para Siennah dizendo que deviam treinar algumas sequências para mostrar no treino de amanhã.

Estava fazendo um salto quando Siennah finalmente chegou, entrando pelo portão da cerca dos fundos que ligava o quintal da casa de ambas. Os cabelos negros dela estavam presos em um rabo de cavalo liso e brilhante. Estava vestida com uma camiseta vermelha e um short curto que chegava ao meio de suas coxas branquelas.