- DESGRAÇADO! - GRITOU ela, guardando o celular de novo, ligaria para os pais depois que conversasse com a polícia de Tulsa.
- Estaríamos mortas se tivesse demorado mais um pouco... -sussurrou Sarah para si mesma.
- Mas, não estamos, Sarah. Contente-se com isso e vamos colaborar para que possamos ir embora daqui o quanto antes. O dia foi legal, mas morrer não estava em meus planos - disse Zoey, cobrindo um corte na cabeça com a mão, no qual o rapaz que estava ao seu lado lhe ofereceu um lenço para estancar o sangramento.
- Seu ombro está horrível - disse o rapaz próximo à Natalie.
- Sei disso, muito obrigada. A propósito, qual é seu nome? -perguntou ela, finalmente, tinha se dado conta de que não sabia o nome dele, do rapaz que viera ao seu socorro mesmo ela tendo sido uma vadia quando o conhecera.
- Derek McKay, e não sei se foi um prazer conhecê-la nessas circunstâncias, mas muito prazer em conhecê-la - disse ele sorrindo um pouco.
Natalie se encolheu quando mais uma dor aguda lhe trespassou o ombro. Os outros rapazes se apresentaram para as garotas. Chamavam-se: Robbie Cormack; Finn Raynalds e Christopher - ou Chris para os amigos mais chegados - Peterson.
Quando os policiais e os paramédicos finalmente chegaram, fizeram milhares de perguntas para os oito que ali estavam, uma multidão havia se juntado em torno deles e precisou que os policiais agissem para dispersar a multidão para trás de uma fita amarela de isolamento. Em minutos, a imprensa já estava tirando foto de todos. Natalie e as garotas foram levadas para dentro de uma ambulância, foi lá onde ela sentiu a pior dor que já sentira em sua vida. O paramédico concertou o ombro dela bem rápido, mas para ela foi como se tivesse durado horas, colocou uma tala e imobilizou o ombro dela com gaze.
Olívia não precisou de muita coisa. O inchaço em seu tornozelo já tinha diminuído bastante e não doía tanto quanto o ombro de Natalie, tomou apenas alguns analgésicos. Sarah precisou levar alguns pontos na coxa por causa de um estilhaço de metal que a havia cortado profundamente. Zoey só levou três pontos na testa, onde o corte ainda sangrava.
- Vocês deram sorte, garotas - disse um dos dois paramédicos. - Uma bomba daquelas teria matados vocês quatro em instantes...
- Sabemos disso, obrigada por dizer o óbvio - disse Zoey, levantando-se e saindo da ambulância.
Natalie se sentiu mal pelos homens, Zoey estava sendo injusta. Levantou-se com as outras garotas e seguiram para fora também. Natalie se virou para eles. - Peço desculpas por ela, estamos passando por muita coisa ultimamente. Obrigada por nos concertar - disse ela e fechou as portas, deixando os dois médicos para trás.
Derek a estava esperando do lado de fora.
- Vocês tem como voltar para casa? - perguntou ele de imediato.
- Meu carro acabou de explodir... Então, não - respondeu ela, passando por ele e juntando-se às suas amigas do outro lado do estacionamento. Derek a seguiu, Natalie não conseguia ver os amigos dele em lugar nenhum.
- Vocês tem certeza de que não viram ninguém suspeito sair do estacionamento? - perguntou o policial com a prancheta, anotando tudo o quê elas diziam. E para constar tinham respondido aquela pergunta zilhões de vezes. Sarah se irritou.
- Acha que se tivéssemos visto alguém suspeito teríamos sido burras o suficiente a ponto de entrar no maldito carro?
- Acalme-se, senhorita, só estou tentando entender o quê aconteceu - disse o policial, olhando para a garota com o rosto rijo de repreensão.
O celular de Natalie começou a tocar, usou apenas uma mão para tirá-lo da bolsa, o quê demandou mais energia do que a que ela dispunha naquele momento. O nome e a foto de seu pai apareciam na tela.
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Penumbra - Livro 1 - Trilogia do Assassino
Misteri / ThrillerHá cerca de 23 anos atrás, ocorreu o Massacre de Broken Arrow - Uma onda de assassinatos que deixou muitas pessoas sem parentes próximos e muitos pais sem filhos adolescentes para dar broncas. O episódio ocorreu durante uma noite conhecida como A N...