Capítulo 31- Toda a Certeza Do Mundo

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A FESTA durou uma hora além do combinado com a polícia. Tanto que tiveram de expulsar os adolescentes da casa e escoltá-los para a casa. Drew não tinha bebido nada, pois sabia que teria de dirigir e levar Liv para casa. O rapaz se despediu de James e dos amigos.

Estacionou o carro em frente a casa das McKenzie, acompanhou Liv até a porta, mas relutou em se afastar lembrando-se da última vez em que tinha levado uma garota para casa.

- O quê foi? - perguntou Liv, percebendo a hesitação dele, o sorriso em seus lábios desapareceu.

- Eu posso dar uma olhada aí dentro? - perguntou Drew tentando ao máximo não parecer nervoso com a situação. - Só para ter certeza de que estará segura.

Liv não fez nenhum tipo de protesto, girou a chave na fechadura e abriu a porta. Drew entrou primeiro, a luz do vestíbulo estava acesa iluminando um corredor escuro a frente e duas portas dos lados opostos do hall.

- Sala de estar à esquerda, escritório à direita, cozinha e sala de jantar em frente - disse Liv quase colada à Drew agora, o medo preenchendo seu peito, fazendo-a tremer dos pés à cabeça.

- Fique aqui - disse Drew, tirou de dentro do bolso traseiro da calça jeans um canivete. Ele vinha carregando aquilo desde que sofrera aquele ataque no vestiário.

Vasculhou todos os cantos do andar de baixo, vendo se todas as janelas e portas estavam bem fechadas e trancadas. Subiu para o andar de cima, repetindo o mesmo processo, olhou em baixo das camas, em todos os armários e quartos. Não encontrou nada e por isso guardou o canivete de novo, desceu as escadas e encontrou uma Liv nervosa roendo as unhas.

- Nada... Desculpe por te deixar nervosa - disse ele, baixando os olhos para encará-la.

- Você não me deixou nervosa - disse Liv. - Me deixou apavorada - jogou os braços em volta do pescoço de Drew, chegando mais perto dele, colando seu corpo ao dele. A respiração de Liv tocava a pele do rapaz como uma carícia.

- Você não parece apavorada - respondeu Drew, roçando os lábios na orelha de Liv, fazendo um arrepio percorrer o corpo da garota. - Quer que eu fique um pouco? - perguntou ele em um sussurro.

- Seria ótimo - sussurrou ela de volta, afastando os cabelos e deixando o pescoço a mostra. Drew sabia o quê aquilo significava e não parou para pensar, com medo de se arrepender. Beijou o pescoço de Liv, refazendo o caminho até o rosto e a boca dela, suas mãos desenhavam círculos em seus quadris e se enterravam em seus cabelos negros, brilhantes e macios.

- Você tem certeza disso? - perguntou Drew entre beijos, suspiros e carícias.

- Toda a certeza do mundo - disse Liv, pulando em cima dele e enlaçando as pernas na cintura dele. - Vamos para o meu quarto - disse ela, beijando-o.

- Tudo bem - Drew respondeu, encaminhando-se para as escadas, levando Liv nos braços.

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Drew não podia ficar muito mais tempo ali.

Estava deitado na cama de Olívia, com a cabeça recostada em seu peito, a unha de seu dedo indicador fazendo círculos em sua pele.

- Você precisa mesmo ir? - perguntou Liv apoiando o queixo no peito de Drew, olhando para ele com o rosto em uma expressão de tristeza comedida.

- Preciso, ou sua mãe me mata quando chegar - respondeu Drew arrancando uma risada de Liv. Ela se levantou, seguida de perto por Drew. Se vestiram e juntos seguiram para o andar de baixo. Liv abriu a porta para ele.

- Ainda estou convidada para assistir àquele filme amanhã? - perguntou ela um sorriso insinuante nos lábios.

- Claro que está - sorriu Drew, inclinando-se para beijá-la novamente. Já tinha perdido a conta de quantas vezes sua boca tocara a dela. - Te vejo amanhã - disse ele ao se afastar. - Boa noite, Liv - e desceu da varanda da casa, seguindo até o carro estacionado no meio-fio. Entrou e
dirigiu de volta para casa, sentindo-se a pessoa mais feliz da face da Terra.

Penumbra - Livro 1 - Trilogia do AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora