Penumbra - Livro 1 - Trilogia do Assassino

Capítulo 18 - Término Sem Começo, Término Definitivo

DREW CAMPBELL olhou para Liv no banco do carona assim que parou em frente à casa dela. Tinham saído em encontros durante as últimas duas semanas e ele vinha pensando muito em se levaria mesmo tudo aquilo adiante. Sentia que seus amigos talvez o estivessem julgando por sair com outra garota tão cedo, talvez todos o estivessem julgando pelas costas.

- O quê foi? - perguntou Liv sorrindo, sem graça. Colocou um cacho dos cabelos negros atrás da orelha e ajeitou a alça da bolsa no ombro.

- Não sei se devemos continuar com isso, Liv - ele disse, sem rodeios. Não precisava prolongar aquilo.

- O quê? - perguntou ela, o sorriso morrendo nos lábios. - Olhe - disse ela virando-se para encará-lo -, sei que você está assustado com a morte de Siennah, mas eu posso me cuidar não tem porquê se preocupar comigo.

- Mas, é claro que me preocupo! - respondeu Drew. - Por algum motivo que ninguém sabe esse cara está atrás de mim e dos meus amigos... Tenho um alvo em minhas costas e não vou levar você comigo, Olívia - o rapaz disse desviando os olhos dos de Liv, em seguida falou em um tom definitivo. - Por isso acho melhor que cada um leve sua vida sozinho daqui para frente, eu não te procuro e você não me procura, tudo bem?

Liv ficou perplexa. Drew a viu passar a mão pelos olhos e engolir em seco. Odiava ver qualquer pessoa triste, porém aquilo era necessário e não iria voltar atrás.

- Tudo bem - disse ela abrindo a porta do carro e saindo. - Até mais, Drew - e com isso fechou a porta do carro com força, para enfatizar sua saída. Drew fechou os olhos e esperou que ela
entrasse em casa, socou o volante e xingou o assassino de tudo quanto é nome ruim e girou a chave na ignição, fazendo o SUV ganhar vida. Dirigiu para casa odiando a si mesmo.

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1 MÊS DEPOIS

NATALIE MORGAN abriu a tampa de mais um sorvete, enfiou a colher lá dentro, levou-o à boca e se deleitou. Um mês e meio haviam se passado, mas ela ainda sentia a morte de Siennah como se tivesse ocorrido ontem e para piorar, Kyle tinha terminado tudo com ela. Pegou o celular em cima da cama e mandou uma mensagem à Zoey: Posso passar aí? Ou você pode vir aqui?

A resposta veio rapidamente: Estava em Tulsa fazendo compras, passo aí direto.

- Natalie? - perguntou a mãe, parada na porta do quarto da filha. Natty levantou os olhos da resposta de Zoey, a colher de sorvete na boca. - Posso entrar?

Natalie deu de ombros. Mandou uma mensagem rápida para Sarah dizendo para ela aparecer também. Levou mais uma colher de sorvete de chocolate à boca e fechou os olhos por um momento. Katherine sentou-se ao lado da filha, pegou a colher da mão dela e comeu um pouco de sorvete também.

- Sei como você está se sentindo, querida e garanto que vai encontrar alguém melhor. Kyle perdeu se te dispensou - disse a mãe sorrindo para Natty.

- Não estávamos mais nos dando tão bem quanto nas férias... Antes disso tudo começar a acontecer minha vida era perfeita, mamãe. Agora, não tenho mais namorado, perdi duas de minhas melhores amigas e tudo por quê? Um desgraçado qualquer querendo vingança por uma coisa da qual eu não tenho conhecimento nenhum! - Natty gritou, as lágrimas irrompendo de seus olhos.

No começo daquele semana Kyle tinha terminado tudo com ela. Tudo o quê tinham vivido juntos jogado pelo ralo por culpa de um desgraçado qualquer.

- Ele disse que não queria mais nada comigo. Que tudo não tinha passado de uma brincadeira e que fui feita de idiota. Me sinto tão burra - disse Natalie inclinando-se para o ombro da mãe, que a aceitou sem dizer nada.