Capítulo 15

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Eu estava sentado na cadeira do restaurante esperando uma mesa, por que quando não se tem uma reserva, você não pode simplesmente chegar e comer... Eu devia ter pensado nisso e levado o bastardo que eu nem conheço para algum fast food.

— Então Rafael... Não acha melhor sairmos daqui — ela com certeza é insuportável... Odeio ela.

— Não gata, vamos ficar. A comida é a melhor da região.

Rafael disse me olhando como se suas palavras de alguma forma fossem me atingir, ele é só mais um ser humano iludido na face da terra que acha que eu tenho sentimentos... Pobre criatura.

— Então Victor... De onde você é? — ele perguntou para o garoto que arregalou os olhos.

— Rafael, você que está dormindo com ele? — Rafael negou com a cabeça mais que rápido. — Foi você que marcou um encontro com ele? É você quem ele está satisfazendo sexualmente? Não, então não faça perguntas.

Rafael fez cara feia e ficou quieto.

Aquela situação estava me irritando um pouco. Kendra estava se fazendo de puta e dando em cima do meu suposto ficante, na frente do Samuel e quando ele olhou para a garçonete, foi motivo para a ela fazer escândalo, então eu tive que me meter e dizer algumas coisas.

— KENDRA — eu gritei e ela me olhou assutada. — Você está me irritando, sua voz me irrita, sua cara me irrita, a sua presença é irritante, então se não quiser que eu repita aquele maldito dia e arranque mais um dos seus apliques, por favor ou cala a boca, ou vai embora. Prefiro que vá embora e leve esse traste com você. Olha Samuel, eu não vou com a sua cara, eu ainda vou lhe rogar uma praga tão grande que todos vão se voltar contra você... E Rafael! — ele me olhou apreensivo. — Eu estou indo embora, perdi a fome.

Eu disse pegando na mão do Victor e indo para a entrada do restaurante, mas antes que pudêssemos sair, um homem entrou na minha frente.

— Está tudo bem?

— Por que não estaria?

— Eu vi você gritando e agora está indo embora?

— Escuta, quem é você?

— Eu sou o chefe daqui, me chamo Christopher...

— Então escuta personagem secundário, não mete o louco que você nem me conhece. Pode ser o presidente dos Estados Unidos, mas não se mete nas coisas do Diego... Entendeu?

Ele apenas um sorrisinho e concordou com a cabeça. Mais uma vez eu peguei na mão do Victor e sai do restaurante. Quando estávamos na rua eu tive a ideia de ir comer alguma coisa, até por que estávamos em um restaurante e meu bucho ainda estava vazio.

— Vamos comer Victor.

— Meu nome é Liam...

— Irrelevante, pra mim chama Victor.

— Você não vai querer ficar comigo né?

— Por acaso acha que minha boca é lixeira para entrar qualquer tipo de língua. Você nem é tão bonito assim. Se enxerga imunda.

Eu disse apontando para o taxi e entrei no carro, fiquei esperando para ver se ele ia entrar e o mesmo deu de ombro e se sentou ao meu lado.

— Vamos para o shopping.

***

Victor estava me olhando com os olhos arregalados.

— Por que está me olhando com essa cara de criança especial?

Diego no País das Maravilhas!Onde histórias criam vida. Descubra agora