Capítulo 25

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Depois do banho Rafael resolveu me fazer uma surpresa, eu mesmo pensei que eu ia almoçar já que tinha transado muito e estava morrendo de fome. Mas eu acho que não era isso.

Enquanto ele estava tomando outro banho, eu estava na cozinha mexendo na geladeira e o telefone tocou. Pensei que fosse alguém interessante até ver o nome Kendra piscando na tela.

— Late!

— Ouve um tempo que você era mais educado e amoroso.

— Quando foi isso? Na outra vida?

— Sei lá, enfim — eu estava ouvindo o barulho da lixa do outro lado da linha, essa vaca gorda ainda vai ficar sem unha e eu vou rir da cara dela quando a mesma não tiver a capacidade de me arranhar. — Estava pensando em ir fazer compras... Discuti com o Samuel e eu revoltada.

— Desculpa, mas eu tenho uma vida e agora um noivo.

— ...  

— ...  

— ...  

— ...  

Olhei para o relógio na parede esperando falar alguma coisa, então coloquei o telefone no viva voz e fui fazer um lanche.

— O que disse?

— Em qual parte?

— Na parte de ter um noivo.

— Você claramente entendeu o que eu disse, caso ao contrario não teria repetido.  

— Rafael te pediu em casamento?

— Claro... Posso dizer que eu também fiquei chocado, até por que quem vai querer se casar comigo? Sei que sou lindo, tenho um corpo gostosinho, uma voz perfeita, cabelos sedoso e brilhantes... A pergunta certa é: Quem não quer se casar comigo?

— Parabéns... Eu acho.

— Sei que está morrendo de inveja.

— Quem tem inveja de pobre é sem teto meu bem. Eu estou chocada, mas por incrível que pareça feliz por você, mesmo que eu te odeie e só ande com você para me sentir mais bonita, você merece ser feliz.

— Meu bem... Nem que você andasse com a Donatella Versace você seria mais bonita. Agora se me der licença eu vou sair com o meu NOIVO. Ouviu isso? Noivo. NOIVO. NOIVO. NOIVO. Você nunca escutara essa palavra saindo da sua boca.

Quando dei por mim Kendra tinha desligado o telefone, fiquei com uma pequena vontade de gritar, mas eu não o fiz, apenas respirei fundo e continuei comendo o meu lanche. Alguns minutos depois Rafael desceu.

— Vamos?  

— Vamos sim.

***

Quando chegamos na minha surpresa eu fiquei um pouco puto.

— Shopping? Serio isso? Sabe que eu odeio isso aqui. Mas adoro a praça de alimentação.  

— Calma... Nós não vamos para lá. Não agora.

— Então viemos aqui para quê?  

— O shopping tem varias lojas sabe?

— Claro que eu sei Rafael, sou nenhum tapado não!

— Calma meu bravinho. Então vem comigo.  

Ele pegou na minha mãe e me levou para o segundo andar do shopping. Quando chegamos na frente de uma joalheria meu coração deu uma pequena falhada. Rafael apertou minha mão e nós entramos.

Diego no País das Maravilhas!Onde histórias criam vida. Descubra agora