Capítulo 5

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VICTOR

Acordei com uma dor de cabeça violenta, levantei do colchão da casa do Felipe e fui até a cozinha tomar um remédio que pudesse amenizar essa dor.

Saí da cozinha após tomar o remédio e encontrei com Felipe na sala vendo algo na televisão

- Bom dia mano

- Bom dia, to com uma dor de cabeça lascada

- Lembra de alguma coisa de ontem a noite? – Ele me perguntou

- Não, só acordei com uma sensação estranha, e como sempre acho que sonhei com a Sophia

- Como assim mano?

- Já acordei pensando nela, acontece sempre isso comigo. Sonho com ela, e depois passo o dia inteiro tentando lembrar o maldito sonho, ou já logo mato isso com alguma droga

- Sinto em te informar que você não sonhou com a Sophia

- E como você tem tanta certeza assim? Virou o que? Pai Diná ? – Dei uma risada com a minha tentativa de fazer uma piada

- Não mano, você encontrou com ela ontem a noite. Ela estava no baile

A Sophia estava na festa e eu simplesmente estava drogado demais para lembrar disso, mas não, o Felipe pode estar zoando com a minha cara logo cedo

- Cê ta zuando

- Não, nunca falei tão sério – Ele estava sério

- E como foi? O que eu fiz?

- Chegou perto dela, falou que você tava muito loco porque estava vendo ela, e então ela virou as costas e foi embora com pressa

- Sério? Você não ta tirando comigo não? – Passei a mão no rosto, frustrado

- Sou seu irmão, você acha que eu ia zoar com algo que ainda te perturba?

- É, tem razão

Levantei do sofá, peguei minha carteira e fui caminhando para casa dos meus pais, até porque estou sem carro, pois está no concerto. Cheguei na casa dos meus pais, entrei e minha mãe e meu pai estavam tomando café da manhã, rindo e fazendo piada um com o outro logo pela manhã, eu sinceramente queria ter um relacionamento assim. Mas a única que roubou meu coração e não devolveu nunca mais, foi a maldita da Sophia.

- Bom dia família

- Oi filho, senta tem bolo de cenoura que você adora

- Já está sabendo quem está na cidade? – Sentei e peguei a faca para cortar um pedaço do bolo

- Sophia? – Meu pai respondeu

- Sim, fiquei sabendo agora cedo – levei um pedaço do bolo na boca

- Vai falar com ela? – É a vez da minha mãe falar

- Eu não, ela que fugiu, sumiu sem dar satisfação

- Filho, você a traiu – Minha mãe respondeu, o que me irritou muito

- Eu não trai mãe, foi tudo uma armação, e quer saber de mais? Chega desse assunto, to caindo fora.

Levantei nervoso, e fui para meu apartamento. Peguei um cigarro, e fui para a sacada tentar acalmar todos os ânimos. Que mania, meus pais tem de defender ela, eu não traí ela. Pelo que eu sei, foi tudo uma armação para o nosso lado. Estou com a sensação de frustração, de uma raiva muito grande dentro de mim, ela está na cidade e a oportunidade que estava bem a minha frente de pelo menos vê-la eu estava drogado demais para lembrar.

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