Sophia [..]
Abri um sorriso, e fui com ele para dentro do salão, e assim que entramos começou tocar The Ugly Truth, a música que eu e ele dançávamos de vez em quando
- Você ta de brincadeira né? - Brinquei com ele
- Não, vem logo
Ele puxou minhas mãos colando meu corpo com o dele, e começamos a dançar no ritmo daquela música, suas mãos pousaram em minha cintura e minhas mãos estavam em seus ombros, nossos passos eram idênticos, assim como nos velhos tempos, descolamos nossos corpos e eu fui um pouco pra frente e ele segurou minha mão direita e me rodou, após rodar ele me segurou novamente pela cintura, não desgrudei meu olhar do seu. Novamente desgrudamos nossos corpos fui novamente pra frente e ao voltar, fiquei de costas pra ele. Ainda no ritmo da música, senti seu hálito quente em meu ombro, e sua barba roçou no mesmo causando um arrepio em meu corpo inteiro, ele me virou de frente e ainda continuamos no ritmo da música. Erguemos nossos braços e ele desceu as mãos pelos meus braços, foi passando por toda lateral do meu corpo até pousar em minha cintura e voltamos a nos movimentar conforme o ritmo. Seu sorriso me tirava do eixo, seu olhar mexeu com toda extremidade do meu corpo. E aquela vontade de beijar aquela boca, Sophia, foco! Levei minhas mãos até sua nuca, e a música foi parando. Nossas respirações estavam ofegantes, nossas bocas a um centímetro perto uma da outra. Voltei a minha consciência, e me afastei dele, e fui para o bar.
- Me vê um suco bem gelado por favor
- É pra já – o Barman respondeu
Peguei meu suco e caminhei até o lado de fora do clube, vi um banco afastado e fui até lá me sentar.
- Amigaaaa – Fernanda veio gritando
- Fala fia
- Que dança foi aquela hein safadinha? – Ela se sentou e deu um tapa em meu ombro
- Uma dança normal, como todas as outras
- Querida, aquela dança está bem longe de ser normal
- Você ta vendo coisa aonde não tem – dei um gole no suco
- Se você diz, então tá bom, só te digo uma coisa, aceita que dói menos
Ela deu risada e saiu rápido de lá, porque sabia que eu ia socar ela. Joguei meu copo fora, e fui andar um pouco pelo clube, meu coração ainda estava disparado. Parecia que eu ainda estava sentindo toda aquela sensação do seu toque em mim, fui até próximo da piscina e me apoiei na mureta e fiquei observando a água e lembrando daquela dança.
- Oi – Levei um susto quando ouvi sua voz e ele se aproximou e se apoiou na mureta ao meu lado
- Que susto que você me deu
- Foi mal
Um minuto de silêncio, só se ouvia o barulho da música bem lá no fundo.
- Parabéns, você dançou muito bem – Ele finalmente falou alguma coisa
- Você também, não perdeu o jeito – Dei uma risada
- Nem você, não errou nenhum passo
- Andei treinando com meus ursos esses tempos que fiquei fora
- Ah agora tá explicado – Ele riu
Mais um silêncio, mas não me incomodava.
- E como está o processo de libertação das drogas? – Quebrei o silêncio
- Agora um pouco melhor, é bem difícil, mas sempre que penso em recair olho a foto do Henri, e me fortaleço
- Fico feliz por saber que está tentando por ele, e que ele se deu tão bem com você
- Eu não estou tentando só por ele
- Sim, eu sei, é por você mesmo, pelos seus pais e..
- Por você – Ele completou sem deixar eu terminar de falar
Meu coração foi a mil, parecia que eu ia cair daquele salto a qualquer minuto, pois minhas pernas viraram uma gelatina.
- Preciso ir
Respirei fundo e me afastei dele indo de volta para a festa, mas senti sua mão segurar meu braço
- Espera
Ele puxou meu braço, fazendo meu corpo ir de encontro com o dele, suas mãos foram direto uma para minha cintura, e a outra ele acariciou meu rosto, o toque de suas mãos causavam arrepios por onde elas passavam
- Victor
Ele não esperou eu terminar de falar, e selou nossos lábios. De imediato eu não consegui fazer nada, mas quando ele pediu passagem com sua língua, eu não consegui recusar, pois eu estava desejando aquilo também. Minha língua foi de encontro a sua, o beijo que começou controlado e calmo. Passou para um beijo urgente, cheio de saudade e necessidade. Nossas respirações estavam totalmente fora de ritmo, até começarmos perder o folego, e fomos parando o beijo, e ele mordiscou meu lábio inferior e abriu um sorriso.
- Victor, até que enfim te achei – Gritou o Felipe vindo em nossa direção.
- Vou procurar a Fernanda, gostei da dança – Sorri para os dois e saí dali antes de enfrentar uma enxurrada de perguntas do melhor amigo do Victor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Grande Amor
RomanceEssa é a história de duas pessoas que uma circunstância os separou. Vitor Hugo é DJ e desde que Ana Sophia sumiu se entregou as festas, bebidas e até mesmo as drogas. Ana Sophia é uma fotógrafa que com seus quinze anos foi morar com o tio na França...