Capítulo 16

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SOPHIA

Assim que o Victor saiu, senti uma vontade imensa de ligar pra ele, uma vontade imensa de estar com ele. Entrei na casa da minha mãe, e ela estava na cozinha, comendo pão

- Essa hora acordada mãe? – Falei baixo para não acordar ninguém

- Estava com fome, e você filha, como foi a festa?

- Mãe, eu e o Victor nos beijamos

- Eu sabia que vocês dois perto demais ia dar nisso – Ela riu

Fui até o quarto do meu irmão e dei um beijo no Henri que estava dormindo feito um anjinho, fui em casa, entrei no chuveiro e tomei um banho para refrescar. Coloquei meu pijama e deitei na minha cama, e quem disse que o sono vinha? Nunca né, porque meu pensamento estava em um certo alguém, um certo beijo e uma vontade violenta de sair de pijama e encontrar com ele em qualquer lugar. Virei de lado, e após brigar muito com o bendito sono, acabei dormindo.

Passado dois meses!

Victor tem se mostrado que está totalmente livre das drogas, o relacionamento dele com o Henri é lindo de ver, os dois saem juntos e eu passei a confiar e deixar os dois saírem sozinhos, antes eu ia junto ou até mesmo pedia para meu irmão, ou irmã dele ir. Mas agora confio nele, ele tem sido um bom pai e isso me alegra. Aquele beijo, por mais que eu tente, não sai da minha cabeça. E pra ser bem sincera, eu não faço questão de esquecer até porque é uma lembrança boa.

Matriculei o Henri em uma escolinha, para ele se socializar com algumas crianças, para brincar e aprender coisas novas. Eu comecei a conseguir alguns clientes, e as coisas estavam caminhando. O coração eu tentava enganar, mas enfim, não posso ter tudo o que quero. Já faz um mês mais ou menos que não tenho contato com o Victor, pelo que fiquei sabendo ele viajou a trabalho. E ele tem tido contato com o Henri através da minha mãe, porque eu tenho saído muito para resolver umas coisas da minha vida.

Depois da reunião que tive com um casal, decidindo os últimos detalhes do casamento que eu iria fotografar, guardei minhas coisas na bolsa e fui até a praça de alimentação, almocei e ao olhar a hora decidi ir embora, andei até a escada rolante e subi na mesma, na metade dela eu o vi, Victor estava lindo, ele estava na outra escada descendo, e tinha uma mulher com ele, segurando em seu braço. O que me incomodou muito, aquele velho ciúmes dando sinal de vida. As escadas eram uma do lado da outra, ele me olhou, conforme a escada foi subindo e a dele descendo, ele não tirou seu olhar de mim. Cheguei no topo da escada, e saí fui andando rapidamente pelo shopping.

- Sophia, espera ! – Ouvi ele me gritar e ele me alcançou e segurou meu braço

Nossos olhares diziam tanta coisa, mas a voz não saia absolutamente nada. Olhei para o seu pescoço, e lá estava a corrente que eu havia dado pra ele, a corrente que tinha metade de um coração. Segurei aquela corrente e olhei nos olhos dele mais uma vez, e ele me puxou para perto. Encostou sua testa na minha, e por fim nos abraçamos

- Senti sua falta, você não faz ideia do quanto

Senti seu cheiro, aquele perfume único, e aquele abraço parece que colou todos os pedaços do meu coração. Ele segurou meu rosto e selou nossos lábios, e ao abrir meus olhos eu vi a mulher que estava com ele, um pouco mais distante com seus braços cruzados, me afastei dele

- Preciso ir, estou atrasada.

Antes mesmo de ele responder, sai em passos rápidos do shopping. Paguei o estacionamento, e entrei no meu carro e fui para casa. Fiz algumas coisas em casa, limpei e fiz a comida e no final da tarde fui buscar o Henri na escola

Um Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora