Capítulo 23

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DUAS SEMANAS SE PASSARAM

Duas semanas, duas semanas que não vejo o Vitor, eu tento me aproximar mas ele não me responde, não me atende e pelo que eu sei pediu para o porteiro não autorizar minha entrada, ele realmente estava fugindo de mim, fugindo dos pais dele, fugindo do Felipe. Não havia mais como ajudar ele, tentamos de diversas maneiras, mas ele simplesmente sumiu, acionamos a polícia, e estamos esperando uma notícia boa, ou até mesmo uma ruim. Cheguei em casa e meu celular estava gritando em cima da cama, olhei o número da agência da França

- Alô?

- Oi Sophi, é a Lily

- Oi gata, tudo bem?

- Mais ou menos, estamos com um problemão aqui, precisamos que você venha pra cá o mais rápido que conseguir

- Ta bom, vou ver se consigo alguma passagem entre hoje e amanhã

- Ok, te esperamos, beijinhos

- Beijos

Ótimo, estou numa guerra aqui e vou ter que ir pra lá resolver, a agência da França, é uma agência que antes do meu tio ir embora de lá, ele deixou no meu nome, é uma agencia de fotografia, e eu deixei nas mãos da minha amiga Lily e do Gustavo para cuidarem, e me deixarem por dentro de tudo. Se a Lily, ligou é porque a coisa tá realmente séria. Entrei no site e comprei a minha passagem para amanhã, e fiz uma mala pequena pra mim e pro Henri. Avisei minha mãe, e também liguei pro Beto que eu iria precisar ir viajar. Assim que o Henri chegou, eu avisei ele que iríamos viajar. Após o jantar Henri dormiu, terminei de arrumar nossas coisas, e ouvi a campainha tocar. Cheguei no portão, lá estava o Vitor, o que me assustou bastante pra quem estava sumido

- Oi

- Oi Vitor – abri o portão e saí na calçada

- Estava com saudade

- Saudade? Você não deu sinal de vida, já faz duas semanas.

- Me desculpa, eu estava na casa de um amigo

- Não precisa inventar mentiras pra mim Vitor – senti um nó na garganta

- Eu não tenho mais jeito Sophia – Ele segurou minha mão mas eu soltei

- Você tem, basta você querer. Enfim Vitor, eu preciso entrar, amanhã viajo bem cedo

- Você o que?

- Vou viajar, eu e o Henri

- Não, você prometeu que não iria embora

- Prometi, e você prometeu nunca mais voltar para esse mundo das drogas, engraçado promessas se quebram

- Não, você não pode ir embora – as lágrimas desciam pelo rosto dele

- Fica bem Vitor, eu não vou pra sempre, eu vou fazer uma viajem de negócios, eu volto

- Quem me garante?

- Eu garanto, só confia e sai dessa vida porque eu realmente não tenho mais forças pra esperar você querer sua cura, você vai me perder só que dessa vez não vai ser por um tempo, vai ser pra sempre.

Dei um beijo em seu rosto e entrei, dizer aquelas palavras pra ele doíam demais, entrei em casa e fui pra cama, minha cabeça latejava de dor de tanto chorar, por fim eu consegui pegar no sono.

Levantei cedo, peguei minhas coisas e o Henri, pedi um táxi e fui pro aeroporto. Fizemos tudo o que tínhamos que fazer, e entramos no avião. É o momento de eu pensar se eu realmente não vou desistir de tudo, o momento de respirar um pouco. Vou usar essa viajem, pra pensar no que eu realmente vou fazer da minha vida. 

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