Minha casa também foi destruída no incêndio, não sabia pra onde ir, mamãe queria ir pra casa do tio Carl, mas eu não queria o por em perigo também.
Pensei sobre o sonho que eu havia tido com a Abie, estava preocupada com ela. O meu celular que estava comigo, então toca, o pego em meu bolso, coincidentemente era a Abie ligando, então atendo a ligação:
– Alô, Abie?
– Jessie? Você está bem, acabei de saber o que houve em sua rua. – fala ela ao outro lado da linha me causando um certo alívio.
– Que bom ouvir sua voz... Fisicamente estou bem sim, já mentalmente, estou ficando cada vez mais exausta. – falo desanimada.
A conversa foi curta, ela me ofereceu sua casa para eu passar a noite com mamãe, mas tive que recusar. Eu tinha que me afastar das pessoas. O mal estava ao meu redor.
– Para onde vamos Jessie? Não podemos ficar na rua ainda mais hoje com esse frio... – fala mamãe.
– Eu vou resolver meus problemas, a senhora vai pra casa do tio Carl. – falo para ela enquanto ligava para ele a vir buscar.
– Eu não vou sem você Jessie! – fala ela enquanto eu finalizo a ligação e confirmo o local em que iríamos o esperar.
– Mãe, eu tenho que resolver esse problema, eu sei me cuidar, irei ficar bem, e preciso que você também fique bem! – falo para ela que fica apenas calada e me abraça.
Esperamos ele na parada de ônibus, ele rapidamente chega, mamãe abre a porta do carro e da algumas desculpas esfarrapadas sobre o porquê de eu não ir junto. Me despeço e eles então vão embora.
Sigo caminho, os anjos me seguiam, me perguntavam pra onde eu estava indo, mas não os respondi o caminho todo.
Cheguei ao local para onde eu estava indo, à igreja, me dirigi até sua porta onde se encontrava um querubim.
– Um de vocês vão, ou eu vou? – pergunto para os anjos.
– O que? – pergunta Elton.
– Falar com um serafim ou seja lá quem para trazer o cálice até mim... – falo para ele.
– Jessie, é perigoso, eles não vão aceitar. – fala Jeff.
– Então quer dizer que pessoas morrem e vocês não fazem nada? Vai continuar só nessa guerra. O que vocês fazem além de me seguir o tempo todo e assistir demônios causando o caos. – desabafo irritada e frustrada com toda aquela situação. – Milhares de pessoas morreram dias atrás por que demônios queriam distração em relação a mim. Eu não posso mais assistir isso!
Finalizo, eles ficaram calados apenas me olhando.
– Então é isso? Enquanto ficarmos apenas correndo de um lado para o outro, nada disso irá acabar. – continuo.
– Eu vou propor isso a eles, mas se eles não concordarem com o plano, eu não poderei fazer nada. – fala Raniel.
Ele se dirige até o querubim e pede acesso a um dos céus, um portal é aberto, em seguida Raniel entra nele. Me sento sobre a escadaria da igreja em seguida Jeff senta ao meu lado. O sol já estava nascendo, assistimos o dia amanhecer.
– Para onde você vai agora? – pergunta Jeff.
– Não sei... – falo e após me levanto da escadaria e sigo caminho novamente.
O único lugar que eu tinha em mente para ir, era o hospital visitar o Conan. Tive que ir andando mesmo, não tinha dinheiro pra pegar ônibus, mesmo sabendo que poderia estar correndo perigo, fui mesmo assim.
Enfim chego próximo ao hospital, entro pelo estacionamento do local que também dava entrada ao local. Me sinto observada, mas estava tudo em silêncio, os anjos também percebem algo por lá. Eram 6 da manhã, haviam poucos carros por lá, era um estacionamento grande. De repente um carro começa a alarmar, o que me causa um pequeno susto, logo outro carro também alarma, e outro e outro... Então vejo Eva a cerca de 20 metros de distância de mim...
– Olá Jéssie... Não se preocupe não estou aqui para te levar até um demônio, eu vou apenas acabar com tudo isso, você agora... Vai morrer! – fala ela com um tom de deboche em sua voz.
Ela em seguida vêm correndo rapidamente em minha direção, e da um forte soco em meu rosto. A sensação era que uma pedra havia acertado meu rosto, cai imediatamente no chão.
– Não gosto de você, desde quando te vi eu senti nojo de você. – ajoelha ela é segura meu rosto que sangrava um pouco. – Vou te matar lentamente, e no final irei beber seu sangue assim como bebi o de sua tia, não era bom mas valeu a pena matá-la.
A raiva me dominou aquele momento, a empurrei para longe, ela bateu em um carro e em seguida caiu ao chão.
– Eu senti a mesma sensação quando vi você. Você não passa de uma mulher mal amada que não teve amor pelos próprios filhos. – falo.
Ela em seguida levanta e corre rapidamente em minha direção novamente para me atacar, eu a arremesso para longe novamente.
– Você matou sua própria filha, você não sabe o que é amor, você e o Adão só se preocupavam com poder. – falo irritada indo em direção a ela. – Vocês condenaram esse mundo, não deveriam estar mais vivos.
– Eu já amei alguém, passei minha eternidade com ele. – grita ela enquanto se levantava. – Mas você o tirou de mim, por culpa sua ele está morto agora e sua alma foi condenada ao sofrimento no inferno.
– Eu não tenho culpa de nada, os únicos culpados disso tudo são vocês, vocês trouxeram o pecado ao mundo e junto dele a professia e a mortalidade de si mesmos. – grito de volta.
– Você não sabe de nada! – grita ela e logo corre novamente para me atacar, mas é arremessada mais uma vez.
– Não queríamos que aquilo tivesse acontecido, não comemos o fruto por querer, nem tudo que vocês sabem é verdade. – fala ela.
– O que? – questiono ela.
– Não éramos os únicos humanos naquela época, antes de mim também existiu uma mulher... – fala Eva.
– O que? Que mulher? – pergunto para ela.
– Não te falaram mesmo, não é? – pergunta Eva. – O nome dela era Lilith, ela quem causou tudo isso, ela quem nos fez comer o fruto, nem toda história contada é totalmente a verdadeira...
Aquilo me deixou muito confusa, as coisas estavam cada vez mais misteriosas.
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Entre Anjos E Demônios - Quando Anjos Amam
FantasyHá milhares de anos surgia uma profecia, com ela veio a proibição de anjos se relacionarem sexualmente com humanos, proibição que é quebrada anos depois por um anjo que se relaciona com uma humana e acaba gerando uma híbrido que pode causar a destru...