Entre Anjos E Demônios - Quando Anjos Amam

A batalha na floresta

O anjo que havia descido do céu encarava Abaú, eles estavam muito próximo de nós, até que os dois abrem vôo ao céu...

Uma batalha se iniciava ali, assistíamos tudo, tentei ver se encontrava Jeff, mas não havia rastros dele, então imaginei que ele havia sido atingido e enviado para o céu.

– Essa batalha sem um anjo guerreiro, não vai acabar nunca! – diz Conan.

– Não entendi, como assim? – pergunto para ele.

– São dois serafins, eles não possuem a ordem de anjos guerreiros, que são os que conseguem mandar anjos ou demônios de volta para o céu ou inferno de onde vieram. – responde Conan.

– Como você sabe de tudo isso? – questiono ele novamente.

– Minha mãe era uma bruxa, ela me ensinou tudo isso... – me responde logo abaixando a cabeça.

– Era? Ela... – exito em terminar a pergunta.

– Sim, bruxos servem a demônios, porém minha mãe não era como todos os bruxos, e isso fez com que um deles a matasse... – me responde Conan. – Desde então, eu também não sirvo a demônios, soube da profecia e dos planos deles, então, vim até você.

– Sinto muito pela sua mãe. – lamento a forma que a mãe dele morreu.

– E eu sinto muito por fazer você cair daquela altura. – responde ele.

– Tudo bem... – dou um pequeno sorriso em direção a ele, que ri de volta para mim.

A cada instante, Eva vinha até nós para ver se o campo de força ainda continuava firme ali, nos olhava com um olhar ameaçador, tentando me intimidar, mas não conseguia. Então voltava e sentava novamente ao tronco da árvore onde estava.

– Isso não vai acabar nunca, deveriam ter mandado um arcanjo, não há vantagem ou desvantagem nessa batalha. – responde Conan olhando para o céu.

– Você consegue vê-los daqui? – pergunto para ele, já que só via alguns fachos de luz ao céu.

– Não, eu apenas sinto a presença e energia deles, mesmo que estejam aqui não os enxergo como você. – afirma Conan.

Deveríamos estar a pelo menos 2 horas parados ali, felizmente não havia aparecido nenhum demônio,e deitei colocando a cabeça ao colo de Conan, estava exausta, minha costela doía bastante, imaginei que na queda ela havia quebrado. A luta continuava ao céu, Adão e Eva não saia dali, ou tirava os olhos de nós.

– Já que um serafim não pode mandar um anjo de volta para o céu ou inferno, o Jeff ainda deve estar por aqui... – falo para Conan.

– Sim, ele pode. – concorda ele comigo.

Olhei ao redor, mas não via nada além de árvores. A luta estava tão bruta ao céu que ventava forte no local, as folhas das árvores faziam muito barulho naquele momento. Eu sentia um pouco de frio apesar de não ter perdido sangue, pois a queda felizmente me causou apenas arranhões superficiais, machucados ao corpo e provavelmente algo quebrado.

Conan disse que sentia um demônio se aproximando, nos levantamentos, até que vejo Abaú caindo bem em nossa direção...

– Jessie Cuidado! – grita Conan que já me empurra para o lado e me faz cair fora do campo de força em que estávamos.

Adão levanta rapidamente, me pega em seus braços e corre rapidamente em meio a floresta, eu então o empurro com força, ele logo é arremessado para longe, caio ao chão, nunca senti tanta dor em minha vida, nem quando Robert me acertou na barriga a dor foi insuportável daquele jeito.

Me levantei com dificuldades, mas logo Eva vem até mim e me pega aos braços, não havia mais forças para eu a empurrar, estava exausta e dolorida. Porém mais à frente, Raden aparece, seguia Eva correndo em uma grande velocidade também.

– Ataca ela! – murmuro para Raden, que consegue ler meus lábios.

Ele então o fez, veio em nossa direção e empurrou Eva com um pouco de força, fui jogava para longe, as coisas pareciam só piorar, senti uma forte dor na perna até que olho para baixo e percebo um galho cravado nela, saia sangue, minha visão começava a escurecer um pouco, até que lá estava Raden lutando contra Adão e Eva novamente, fechei meus olhos por alguns segundos, me deixei sobre uma árvore, chamava por Jeff, mas quase não saia voz de minha boca.

Nunca me senti tão mal, era a situação mais desconfortável que eu já havia estado. Senti que estava apagando, respirava com dificuldades, olhei para os lados, não havia mais nada, nem Raden se encontrava mais ali, estava sozinha, olho para frente e então me deparo com um demônio a minha frente, ele então vinha em minha direção, murmurava chamando Jeff, então vejo um forte vulto branco passar e levar junto o demônio para longe.

Apaguei de vez escorada sobre a árvore, o galho continuava em minha perna, não tive coragem de tirá-lo. Minutos depois, abro os olhos, enxergo o rosto de Jeff, ele me levava em seus braços, voava comigo em seus braços, um alívio tomou conta de mim ao vê-lo.

– Você vai ficar bem, estou te levando para um lugar seguro agora, logo você irá se curar. – fala Jeff olhando em meus olhos.

Ele então desce ao chão, lá estava Conan novamente, sobre mais um círculo, dessa vez era bem maior que o outro. Jeff então me deixa ali junto a Conan.

– Eu já volto, sem mim, Abaú não será destruído. – fala ele que já abria vôo.

Conan tentava me mater acordada, eu sentia muito frio, ele parecia preocupado, minha situação era grave, dessa vez havia perdido muito sangue, estava sobre os braços de Conan deitada ao chão.

Apago novamente, dessa vez me encontrei em um lugar totalmente escuro, me sentia sozinha e com medo, não havia nada além da escuridão, imaginei que havia morrido, então enxergo uma luz ao fundo, então acordo, vejo apenas o serafim com as mãos sobre mim entre ela e eu um brilho intenso, eram mãos enormes, os arranhões sumiam, a perna que já não estava mais com o galho cravado, cicatrizava. As dores enfim sumiram, eu me encontrava totalmente recuperada, após sofrer tanto, finalmente me encontrei bem.

– Como você está? – pergunta Raden que Também estava ali.

– Segunda vez que eu quase morro em menos de 2 semanas, mas agora... estou bem. – falo aliviada para ele.

– Vamos pra casa? – fala Jeff segurando em minha mão para que eu levantasse.

Ele então me pega aos braços e olha para o serafim para confirmar se podia abrir vôo comigo, então é concedido, daquela vez.

Me senti um tanto quanto aliviada aquele momento, Jeff me confortava e me fazia sentir segura, mas mesmo assim estava com medo do que ainda poderia acontecer...