Entre Anjos E Demônios - Quando Anjos Amam

1 anjo, 4 demônios

Eu apenas olho assustada, e fico ali sem saber o que fazer, não pude falar nada, afinal estava acompanhada de Tom e Abie.

– Vai agora! – grita Jeff ao ver 4 demônios vindo em nossa direção.

Eu logo vou para dentro da escola, disse a Tom e Abie que ia ao banheiro para disfarçar a minha pressa. Fui até a sala dos professores procurar por Ismael, não para pedir a água, mas sim, ajuda. Cheguei lá e perguntei sobre ele, mas ele não estava lá, havia saído minutos antes, olhei pela janela e não estava vendo o Jeff nem os demônios, olhei para todos os lados e nada, até que vi um vulto, Jeff estava lutando no ar contra mais 3 demônios, não via o quarto então imaginei que ele já havia o mandado para o inferno, corri desesperada para tentar encontrar o professor até que esbarro em Josh (ele é o garoto que eu me sentia atraída desde o primeiro ano do ensino médio, era bonito, atlético).

– Desculpa, ando meio distraído. – diz ele.

– Não tem problema, eu quem estou andando feito louca, está tudo bem. – digo apressada já me esquivando.

– Até mais! – grita ele de longe acendo para mim, eu então olho para ele, sorrio, e sigo em frente.

Procurava Ismael desesperadamente, mas ele não parecia estar ali, até que decidi voltar a sala dos professores, olhei e nem rastros dele, até que fui me virando e...

– Jessie? Oi... O que houve? – pergunta o professor que chegava à sala.

– Você tem que vir comigo, agora! – digo logo puxando ele.

– O que está acontecendo? – pergunta ele que logo vem me seguindo.

– Você ainda tem água aí? – questiono.

– Tenho, há mais demônios aqui? – pergunta ele.

– Sim, está acontecendo um confronto lá fora neste momento, 3 demônios ou são 4, e 1 anjo...

Fomos até o local, corríamos para saída, todos ainda estavam ao corretor, nos olhavam, não sabiam o motivo de estarmos correndo. Quando chegamos lá estavam 3 demônios contra Jeff, dois demônios também lutavam com espadas de energia, eram negras assim como suas asas, o outro tinha poder sobre o fogo, provavelmente eram dois demônios que eram anjos guardiões e um que era anjo potencial.

– O que vamos fazer? – pergunto.

– Aqui na frente de todos não dá para fazer nada, mas se continuar assim os demônios irão vencer uma hora ou outra... – diz Ismael.

– Para usarmos água benta temos que atraí-los para baixo, mas não aqui, tem muita gente, não da para agirmos aqui. – continua Ismael. – Ele não pode ser atingido, apesar de reviver, quando anjos ou demônios são atingidos por armas de energia espiritual eles voltam mais fracos.

– Como assim? Isso não haviam me falado! – digo.

– Há muitas coisas que você não sabe ainda, mas com o tempo tudo será esclarecido, assim como foi para mim. – afirma Ismael.

Fomos então para uma área com menos pessoas ali, tínhamos que de alguma forma atraí-los para baixo, então tentei chamar atenção, primeiro balançando os braços, mas a luta parecia ser incansável, ninguém se rendia, ele não conseguia ver, até que decido fazer a lanterna do celular piscar para ver se conseguia ter resultado, algumas pessoas viram eu ali olhando e acenando para o "nada" ao céu, até que um dos demônios me vê e então vem descendo em minha direção, todos os outros percebem e então vem em minha direção.

– Prepara o líquido. – sussurro baixinho para Ismael.

Com os um frasco na mão escondido nas costas ao demônio se aproximar ele então joga a água benta em direção a ele que logo cai e grita ao chão, os outros dois demônios que vinham em nossa direção logo param. Até que Jeff crava a espada em um deles pelas costas, que logo se transforma em pó, o outro então vai em direção para atacá-lo e logo é atingindo por uma flecha ao peito, o que queimava ao chão tenta fugir, mas logo também é atingido por uma flecha...

– Isso! – Comemoro feliz olhando para o céu, quando percebo algumas pessoas olhando para mim aquele momento, então disfarço.

Vou caminhando em direção a escola logo me afasto do professor, já haviam muitas suspeitas sobre nós, não iria querer que ele fosse demitido. Jeff continua comigo todo aquele tempo.

– Você cuidou do quarto demônio que foi atrás de você? – pergunta Jeff.

– Que demônio? Não veio nenhum demônio atrás de mim, achei que você tinha cuidado de todos. – sussurro para ele.

– Tem algo para dizer Jessie? – pergunta a professora de matemática que estava dando aula aquele momento.

– Não, não. – respondo envergonhada quando percebo todos olhando para mim.

A aula então encerra, todos saem da sala, eu saia junto de Tom e Abie. Josh o garoto que havia esbarrado em mim mais cedo, vem até mim para falar comigo:

– Oi, Jessie, gostaria de me desculpar por hoje mais cedo, e gostaria de te fazer uma pergunta.

– Pode fazer... E a culpa não foi sua, eu que sou estabanada. – respondo sem jeito.

– É, você gostaria de sair comigo qualquer dia desses? Não sei, um cinema, restaurante qualquer coi...

– Sim, eu topo! – logo interrompo ele.

– Então sábado às 7 da noite posso te buscar em casa? – pergunta ele.

– Sim, sábado então! – Confirmo logo me despedindo dele.

O garoto que eu gosto havia me chamado para sair, algo bom havia acontecido aquele dia, eu finalmente iria fazer algo que uma adolescente normal faz.

– Você não deveria sair com aquele garoto, é perigoso e você não deve sair falando com todos. – diz Jeff.

– Está tudo bem, o professor me deu mais água benta, agora irei economizar. – respondo.

– De quanto mais pessoas você se aproximar, mais você estará às colocando em risco.

Eu então me calei, percebi que estava colocando as pessoas ao meu redor em risco.

– E esse garoto após tantos anos só veio falar com você agora, estranho não? – idealiza Jeff.

Já estava indo para casa, estava reflexiva aquele momento, só pensava no que eu realmente deveria fazer, mas não sei que não podia abandonar minha mãe, isso seria doloroso para nós duas.

Desci do ônibus, havia chegado no ponto onde eu desço, me despeço de Tom e Abie e sigo para casa, não falei nada o caminho todo, e Jeff também se manteve calado, ele era bem sério. Cheguei em casa e ao abrir a porta me deparei com as coisas reviradas lá dentro, tudo estava extremamente bagunçado.