conflicthing

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Na manhã seguinte eu acordo com o braço do Nate na minha barriga.

Me surpreendo com isso,ele sempre vai embora e me deixa sozinha, pensando,como sou uma idiota por acreditar nas palavras dele.

Talvez o porre tenha servido para alguma coisa.

Vou para o banheiro e tomo um banho quente,logo em seguida volto para o quarto e rolo a calça justa preta e a camiseta branca no meu corpo,eu não tenho um uniforme do consultório onde trabalho. E também não preciso de roupas sociais ou algo do tipo.

Sou apenas a estagiária.
Ninguém liga para o que eu visto.

Termino de colocar os saltos,e olho para o espelho.

Meu cabelo sempre foi a parte HARD da arrumação,ele nunca está de um jeito que eu goste. Mas simplesmente o enrolo no alto da cabeça e rezo para que o coque não desmanche até eu me sentar na cadeira da minha sala.

"Porra,minha cabeça vai explodir.." meu problema número 1 resmunga na cama.

"Se parar de beber não vai doer mais."

"Se eu parar de beber,vai doer mais do que dói agora." Ele dá de ombros e se levanta.

Sua camisa verde escura é rapidamente vestida e ele sai do quarto. Deixo-o de lado e presto atenção no desafio de fazer um delineado que preste nesses meus olhos.

Assim que acabo pego minha bolsa e vou até a cozinha.

Pego o pacote de ração do Francis e sua tigela. A voz do Nate está em tom alto quando ele fala no telefone e mesmo assim não ouço porcaria nenhuma.

Ele nunca me aprensentou aos amigos.

Nunca me levou na casa dele. Se é que ele tem uma casa ou tem família.

Nunca saiu comigo. Na verdade não lembro de fazer nada com ele,além de sexo.

Às vezes me sinto usada por ele,e sem quaisquer chances dele ter algo a mais comigo. Eu nem sei se deveria pensar assim.

Por que concordei com essa palhaçada de sexo sem compromisso?

Deve ser por que eu gosto dele. E não consigo dizer não pro Nate.

Isso é fodido.

Mas vai parar.

Coloco a tigela do Francis no chão,e rapidamente meu gato vem até ela. Faço carinho embaixo do queixo dele e vou até a porta,

"Marsha? Vai sair agora?" Nate põe o celular na poltrona.

"Sim." digo rápido

"Está atrasada, ou algo do tipo?"

"Por que?"

Ele coça a têmpora,"Queria ficar mais com você. Sei lá, ver um filme talvez."

"Sério?" sorrio, "Isso assim, derrepente?"

"Se não quiser eu posso fazer outra coisa com você.." ele ri e vem até mim.

"Estou indo trabalhar. O filme fica pra mais tarde,se ainda estiver interessado." falo e pego a maçaneta.

Nate chega perto de mim e segura meu antebraço esquerdo,ele deixa um beijo na minha boca. Tento não olhar para o monte em sua cueca,

"Vou estar interessado,pode ter certeza."

"Então tá. Tranca tudo antes de sair.." rio e atravesso a porta.

Deixando ele no apartamento.