Bato a porta do meu carro e caminho para a casa do Wilk.
Estou tendo uma noite de merda e preciso que ele tenha alguma coisa para fazer relaxar. Talvez seus óleos de haxixe na maconha,ou cogumelos. Qualquer merda pra me fazer voar longe da realidade.
Toco sua campainha. Por que ele tem isso?
"Skate!" Ele cumprimenta esbaforido.
"Parece que acabou de apanhar." Ele zomba do meu estado cansado."E você parece que saiu de uma punheta. Tem maconha?" Pergunto entrando na casa dele.
Eu me assusto com a aparição da Lea no corredor inusitada,ela está completamente nua e risonha.
"Mas que merda." Rolo meus olhos para não ter ela em meu caminho.
Se eu der uma atenção na Lea,ela vai me encher o saco até que eu a coma.
"Gostoso!" Ela ri,"Chegou tarde de mais,eu acabei de fazer um strip tease maravilhoso."
"Nada que eu não tenha visto." Digo a ela e sigo o Sammy para dentro do corredor.
"Podia ficar..." Ela nos segue. Por diabos ela sempre está seguindo?
"Não Lea." Resmungo. "Wilk,dá pra me arranjar logo a maconha?"
Apresso ele e meu amigo relaxa na porta de seu pequeno depósito,
"Já vai." Ele estala.Sinto a Lea passar a mão no meu pescoço,suas unhas não tem o mesmo efeito divertido dw arrepiar como antes. Ela coça o mamilo duro de seu peito e me olha,percebo o quanto ela está chapada em vermelho nos olhos,
"Podia ficar comigo e com o Sam,para se divertir." Lea sorri entre suas longas tranças,
"Posso ser o alvo de vocês,duas cajadadas em uma coelhinha negra..." Ela para. E franzi as sombrancelhas."Como era do ditado mesmo?"
"O que deu pra ela?" Rio sem vontade e recebo o pequeno pacote de papel filme.
Wilk ri descaradamente e da dw ombros,"Não liga pra ela,sabe como fica depois de cachaça e outras coisas."
"Sei..." Ignoro e ele fecha a porta do quartinho. Eu lhe entrego o dinheiro e vou para a saída,sendo apalpado pela Lea e suas tentativas de sexo esforçadas.
Ela já foi boa antes. Boa mesmo.
E agora faz tudo por atenção.****
Entro no meu carro e dirijo por um longo tempo. O fluxo de carros já diminuiu bastante essa noite,e eu não tenho ideia para onde ir.
Sinto a falta de sempre ir para a casa da Marsha e ficar com ela.
Era uma boa companhia para dormir,rir e conversar sobre qualquer assunto que não fosse eu. Eu dizia bobagens no ouvido dela e sentia úmida no tecido delicado de suas calcinhas. São lembranças claras mas algumas são borradas em minha mente.
Estou esquecendo dela.
E não quero isso.
Acho que o namoro fodido dela com o Mendes também faz ela esquecer de mim. Queria estar no lugar dele,porra,como eu queria estar agora deitado com ela,sentido seu cheiro viciante e beijando seu ombro. A três anos eu nunca ia imaginar sair com uma nerd louca como ela.
Acabei gostando dela muito mais do que pensei.
E ela acabou percebendo o quão merda eu era.
Pra quem olha de fora,parece que minha vida é vazia,e que,eu não faço nada além de ser um bosta.
Mas,todo esse buraco vazio em mim é um espaço para esperança de ter a Marsha de novo. Meu vazio espera que ela me complete,e eu sei que ela pode fazer isso.Assopro a fumaça pra fora da janela e
encosto meu carro nos arbustos, rodeando o lago municipal de Chino Hills e desço. Ando para o lago e sento na margem olhando os reflexos da noite,enquanto fumo. Ainda tenho três semanas para o show em Santa Mônica,e nenhuma letra nova.Volto para meu carro e tiro três papéis de seda e uma caneta do porta luvas.
Vou começar a pensar agora em alguma coisa.
De manhã eu levanto do banco traseiro do carro,demoro um pouco para lembrar do lugar onde estou. Ainda na margem do lago municipal.
Arrumo os pedaços de seda no chão do veículo,juntando todos os versos num monte de lixo embaixo do banco externo.
Limpo meu olhos esfregando neles e passo para a parte da frente.
São seis horas da manhã quando olho no celular,e gemo em cansaço,eu poderia ter dormido até as dez. É sábado. Porra.
Jogo meu telefone no banco do lado e logo a ignição.
A viagem para casa é curta,quando dou por mim estou na frente dela. Tiro minha t-shirt,o frio da manhã me faz estremecer um pouco e eu enfio todos os papéis de seda dentro da camisa,formando uma trouxinha de papel e saio do carro caminhando rápido para dentro. Está frio pra caralho.
Passo pela porta rangendo. Kate dorme no sofá,e a Jenna no chão com cobertas embaixo dela e em cima. Provavelmente minha mãe pediu que a fizesse companhia mesmo que ela tenha a decepcionado,minha mãe é mãe dela também.
Subo os degraus esperando não acorda-las,mas meu pé pisa fundo na madeira,fazendo com que a Jen olhe para mim. Eu sorrio para ela e recebo seu dedo do meio. Cada merda. Continuo subindo e atravesso o curto corredor para meu quarto.
Minha cama bagunçada me recebe,me enfio embaixo dos cobertores e amarro meu cabelo direito,espalhando os papéis pequenos na cama. Ontem de noite sentado na grama lamacenta do lago eu escrevi algumas coisas.
A maioria delas pensando na Marsha.
Tô ficando louco,eu sei.Por parte alguns versos estão bons para mim,a maioria leva o nome dela e eu jogo todos com ele fora. Não quero que a música seja propositalmente para a Marsha. Claro que quero escrever algo um dia para ela,mas agora não.
Finalmente consigo separar os bons versos dos ruins e junto tudo numa folha de caderno antigo. Onde eu costumava escrever.
Tenho uma parte do que pode ser a música nova que o Johnatan queria.
Procuro meu celular e não o encontro. Esqueci ele no carro e por isso eu novamente ponho a t-shirt e saio de casa. Levando a parte da letra comigo.
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conflicthing
FanfictionPlágio é crime. Respeitem as ideias alheias. "Passei meus últimos anos de faculdade focada em sexo e todos os tipos de merda com Nate. Tudo normal. Mas eu acabei me apaixonando por ele, e não percebia isso, até que ele também se mostrou bastante apa...