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Elas olham para mim de volta. Minha mãe de pé se apoiando no móvel velho e a Jenna de pé cheirando a vodka.

"Não é nada Nate,sobe para o teu quarto." Ouço nossa mãe mandar e desço as escadas totalmente.

Eu não vou subir sem saber que porra isso significa.

"Não,me fala." Mando gritante.

A Jenna gira em seu próprio eixo e minha mãe começa,
"Ela está devendo dinheiro." fala em suspiro. Tentando recuperar o fôlego.

Noto a decepção em seu olhar cansado. Minha mãe não merecia passar por isso mais uma vez. Com meu pai foi mesma coisa.

Eu olho para minha irmã. Aquela menina de nove anos que brincava comigo no futebol e no beisebol nem parece a mesma. De olhos verdes sinuosos e ingênuos,a um olhar perdido no álcool e drogas. Tenho a vontade de bater nela como meu pai nos fazia... Mas não sou ele. Não mesmo.

"Devendo?" Olho mais para a Jen.

"Isso não é da sua conta!" Ela grita chorosa.

"E o que é da minha conta? Você se acha tão cheia de responsabilidade,
por que ainda mora com nossa mãe?" Atiro de volta sorrindo sarcástico.

"Por que eu quero. Foda-se,me deixe em paz."

Ambos ficamos quietos por minutos,

"Está devendo quanto?" Pergunto.

Ela não responde para mim e olha para minha mãe. Como se estivesse pedindo a ela que me mandasse ir para o quarto. Será que ela não percebeu que eu não sou mais criança?

"Diz pra ele,querida." Nossa mãe induz e ela nega.

"Não! Nate não precisa saber..."

"Mas eu posso te ajudar." Dou um passo para ela e a Jen obviamente da outro para trás.

"Ajudar?" Ela ri muito depois de repetir o que eu disse. "O que você sabe sobre ajudar alguém?"

Ela ainda ri as minhas custas e para,
"Hein? O que você sabe sobre ajudar alguém? Porra! Nem mesmo tem alguém além de nós." Jen aponta para e sí e para mamãe. "Devia era ajudar as meninas que come e larga!" Ela cospe para mim.

"Elas têm dinheiro para se sustentar." Estalo sustentando minha raiva por ela. Ainda não esqueci das marcas em minha mãe. Com toda certeza aquilo não é falta de ferro..

"Eu não tenho um emprego." Ela ri, "o que mais vai jogar na minha cara?"

Talvez um tijolo,Jenna. Pena que não tenho.

"Merda,da pra parar se se fazer de vítima?" Reviro os olhos.

"Da pra parar de se fazer de cafajeste? A mamãe sabe que você fode com a Lea? E com a Hale?, Aquela ruiva que mora no final da rua?" Jenna ri.

Está usando seu típico método de dar broncas no irmão,jogando meus problemas para a mesa.

Eu sinto meus nervos subirem mas os ignoro,ela ainda é minha irmã e eu não bato em mulheres.

"Quer saber? Estou se fodendo para o que você deve. É tão autodidata,pode se virar e pagar suas merdas com seringas."

Dou as costas para elas e volto para o meu quarto.

Quando chego nele eu empurro a porta com força,fazendo a bater e o quadro do 2pac cai no chão.

Mas que merda. Jenna está me levando a loucuras. E eu nem perguntei se ela anda batendo em nossa mãe,parece que sim,para arrancar dinheiro dela, a Jen é capaz de tudo. O que as drogas não fazem...
Tive uma longa semana,minha cabeça está ativa e precisando de um tempo dos conflitos de merda.

Procuro no criado mudo por minhas gramas de ervas e não tenho mais nada.

Tenho que comprar.

Puxo a camiseta de hoje cedo e a visto,empurrando meus pés nos tênis brancos e saio do quarto.
Desço a s escadas de dois em dois degraus e nem ligo para a Jenna no sofá com minha mãe,passo pelas duas e saio de casa numa batida clássica de porta.

Os únicos caras que eu conheço que tem maconha e haxixe disponíveis para mim são o Shawn e o Sammy. Eles tem uma espécie de estoque nós fundos da casa e isso facilita muito quando quero. Também tem a Lea,mas eu não quero vê-la. Nem o Shawn.
Um deles para me irritar mais não é preciso.

Entro no carro e meu destino claro é a casa do Wilk.

conflicthingOnde histórias criam vida. Descubra agora