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04;

"Tyler?" Sua mãe disse; sua voz foi seguida por batidas na porta.
"Entra."

Tyler estava sentado em sua cama, olhando a rua pela janela. Aos domingos sua rua parecia mais movimentada; Ele podia ver seus vizinhos marchando para a igreja, que ficava na esquina da rua.
Tyler entretinha-se vendo as roupas caras das vizinhas e os chapéus engraçados dos senhores.

"Querido, você não precisa ir hoje, sabe? Você quase não dormiu, deve estar cansado." A senhora disse sentando-se ao lado de Tyler e mexendo em seu cabelo.

"Não, mãe. Eu estou bem. Não precisa se preocupar, sério, eu estou realmente bem." Tyler disse incerto.

"Ty... certo, querido. Vá se arrumar, estamos na sala esperando por você." Disse levantando-se e saindo do quarto.

Joseph olhou pela janela novamente. Todas aquelas pessoas marchando como formigas pareciam hipnotizá-lo. Entre homens e seus chapéus e crianças com seus brinquedos, Tyler viu um garoto de terno meio apertado caminhando apressadamente; Ele o reconheceu.

—

"...Ele nos salvará de todo o mal. Amém." O padre disse em voz forte. Uma multidão repetiu sua última oração.

Tyler não gostava de muitas vozes juntas. Para ele, aquilo soava meio robótico e frio, como se ninguém ali estivesse realmente sentindo algo. Como se todas as orações fossem apenas como frases ditas em vão.

Todos ao seu redor tinham rostos familiares; A igreja estava fria e as chamas das velas balançavam-se de um lado para o outro, lutando contra o vento. Sua cidade estava passando por dias escuros e nublados nas últimas semanas.

A mãe de Tyler, em pé ao seu lado, segurava sua mão com força. Tyler tentava focar apenas em sua voz durante as preces;

Joseph sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo.

"Você ainda não cansou de ser o peso dessa família? Olhe para seu pai e veja como você o decepciona. Joseph, você o faz trabalhar tanto apenas para pagar uma médica que nunca resolverá seus problemas..."