Capítulo 13...

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Jack.

- Pai? - Estou mudo sem saber o que fazer. Quieto, prendo a respiração, torcendo pra que ela vá embora - Papai?- Merda. Ela não vai desistir.

Com os olhos arregalados e sentindo o suor escorrer por minha testa tento raciocinar para achar uma saída. Que infeliz ideia de entrar pelado no meu quarto. E porque não trouxe nenhuma toalha comigo?

Não, não. A pergunta certa é: "o que ela está fazendo tomando banho no MEU banheiro?". Deus só pode estar querendo me testar. Essa mulher nua, bem atrás de mim, está impedindo meu cérebro de raciocinar direito.

- Pai, está no banheiro? - Dando batidas leves na porta ela insiste em chamar meu nome.

Olho por sobre os ombros para a figura pálida e trêmula da gost.. babá. Que felizmente, ou não, está enrolando-se em uma toalha branca minúsculas, que cobre apenas até o começo de suas coxas.

- Gabi? - Mas que merda é essa da Alisson procurar pela babá no meu banheiro?

- Já estou saindo querida... - Responde passando por mim com as mãos segurando o nó da toalha.

- Tudo bem! - Alison responde e eu fico com cara de tacho.

Não era para a minha filha não saber que ela estava aqui? O que minha menina vai pensar de mim?

- O que você pensa que está fazendo? - Obrigo-me a perguntar, estou totalmente aéreo, sem saber que diabos ela tem em mente. - E, como diabos, minha filha sabe que você está aqui? - Pergunto de frente para ela escondendo meu membro duro com a mão.

Olhos azuis abaixam até aonde minhas mãos se encontram tentando esconder a minha ereção, e como se fosse possível, meu pau fica ainda mais duro sob seu olhar.

Olha para cima, olha para cima..... por favor, suplico mentalmente, lamentando pelo meu estado. Sinto o sangue correr quente pelo meu rosto. Certeza que estou vermelho de vergonha. Ela vai achar que sou algum pervertido, um patrão tarado.

- O que faz aqui? - Sussurro, fazendo seu olhar finalmente focar nos meus. Solto o ar vagarosamente.
Sentindo- me abalado.

- Alisson.. - Balbucia meio ofegante. - Ela disse que esse era o meu quarto.. bem ao lado do dela.

Continuo olhando-a sem piscar, resistindo à tentação e à vontade insana de puxá-la pelos cabelos e fundir sua boca na minha.

Sua mão vai até a maçaneta e eu seguro seu pulso impedindo-a. Ela me encara assustada.

- O que vai fazer? Você não pode sair assim...

- Prefere sair e explicar para a sua filha o porquê estamos assim? - Seu dedo se alterna entre mim e ela. - Juntos no banheiro e completamente pelados?

Tudo bem. Ponto para ela. Relutante, solto seu braço sem deixar de escapar uma maldição da minha boca.

- Foi o que pensei! - Diz ao se virar e abrir a porta. Corro para trás da porta por precaução.

Que vergonha. Um homem da minha idade, se escondendo atrás da porta do banheiro para não ser flagrado pela filha, que ainda é um bebê, de pau duro com uma mulher.

Se meu avô estivesse aqui diria para eu criar vergonha na cara e deixar de ser frouxo.

Respiro mais aliviado quando a porta se fecha. Torço mentalmente para ela despachar minha princesa logo do quarto. Nunca pensei que um dia chegaria a ter um pensamento, assim, mas quero minha filha longe de mim pelos próximos dez minutos.

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora