Safira Pimentel: Rainha da Noite

CAPÍTULO XIII

Safira Pimentel

Depois que a mãe dele e a Nana subiram pra guardar algumas coisas no quarto de Hugo ele veio até mim, me prensando na ilha da cozinha.

— Como você tá? - ele pergunta carinhoso tocando em meu rosto.

— Já estive em dias melhores - disse petulante. Ele olha pro chão e volta sorrindo.

— É melhor você baixar a guarda - quando eu iria pergunta o porque, Hugo entra na cozinha com cara de safado.

— Opa...desculpa aí, mais é que tem uma morena linda lá no portão te procurando - ele falou se sentando no banco em frente a ilha da cozinha e aponto pra mim. Aproveitei e empurrei Fernando.

— Ela disse o nome?

— Maya. Ela parece com a filha da Nana - ele fala com cara de quem está pensando e eu sorri de sua magnífica inteligência.

— Ela não parece, ela é. Se a Nana aperecer por favor avisem a ela também - peço olhando só pra Hugo.

— A senhorita manda - respondeu piscando o olho pra mim e eu sai rindo.

— Empata foda do carai - escuto Fernando grita com o irmão que solta uma gargalhada alta. Esses dois são parada dura.

Alguma coisa deve ter acontecido pra Maya esta por aqui. Algo me diz que é sobre o Castelo. Caminho até os seguranças e peço a liberação dela. Quando ela me vê corre e me abraça chorando.

— Maya o que houve?

— Safi eles querem te matar! - como é?

— Como assim?  Me explica isso direito. Mas primeiro se acalma - falo levando ela até a cozinha pela entrada dos empregados, ainda bem que aqueles bastardos já foram.

— Toma, bebe isso - entrego um copo com água e açúcar pra ela. 

Ela bebe e aos poucos foi se acalmando e paro de chora.

— Agora me conta.

— Chegou cinco homens enormes lá em casa, quatro deles armados até os dentes e o quinto estava com um terno branco muito bonito como aqueles mafiosos da TV - eu não acredito que mesmo assustada ela tava babando no cafetão.

— O que eles te disseram?

— Me perguntaram onde você tava e eu disse que não sabia. Falaram também algumas coisas em Russo mais eu não consegui entender. Daí o bonitão do terno branco me disse que era melhor você aparecer. Ele te deu um prazo de uma semana a partir de amanhã, caso contrário seus pais... - ela deixo a frase no ar. Eu sabia exatamente o que eles queriam de mim e quem era o "Bonitão do terno branco", só não entendi o porque de estarem atrás de mim.

— Tudo bem, eu vou resolver isso. Fica tranquila - falo pegando em sua mão em cima da mesa.

— Quem são eles Safi?

— Uma coisa bem maior do que você possa imaginar - falo pensando. Hoje a noite terei que ir ao Castelo, Heitor vai ter que me explicar direitinho essa história.

— Mudando de assunto. Quem era aquele que foi até o portão antes de você?  - ela me conhece muito bem.

— Hugo. Não lembra dele? Ele lembro de você.

— Nossa aquele é o Hugo?! U-A-U! Pokemom evolui mesmo hein - ela diz e nós rimos. Conversamos mais um pouco até a Nana aparecer na cozinha.

— Meu bebê - ela diz abraçando Maya.