Capítulo 07

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Depois de tanto segui essa trilha, vejo que falta muito pouco para anoitecer, então aperto meus passos.

Viver em pleno apocalipse é horrível! Gostaria que o fim dos tempos fosse diferente, ou nem que houvesse fim dos tempos, mas somos todos pecadores, então pedimos por isso.

Eu fico feliz que meus pais morreram antes de tudo, (Claro que me sinto triste por eles terem morrido) ver eles se transformando seria horrível, ver uma pessoa que você ama morrer é pior ainda.

Perdida em meus pensamentos, paro de andar quando percebo que a trilha chegou ao fim. Agora seria por minha conta. Igual a uma tartaruga que acaba de nascer, fazer sua longa caminhada sozinha até o mar sem proteção nenhuma.

Voltando a andar, ajeito minha mochila e graças a alguém, eu ainda não estava com fome "Não tenho muitos enlatados" Penso me preocupando. Tenho que dar um jeito de ir para Mildruse rápido.

Vejo que estou me aproximando de um lugar meio aberto, sem árvores. Pego minha arma com silenciador, e me a próximo cada vez mais.

Só poderia ser uma miragem! Me aproximo do local, certifico-me que não é uma miragem, muito menos uma armadilha, assim podendo entrar no chalé!

O chalé apenas tinha uma janela, do lado da porta que também era única. Subo os três degraus da escada, ouço a madeira ranger. Olho pela janela, mas não enxego nada devido ao fato de tanta poeira. Mexo na maçaneta da porta e a mesma esta aberta. Desconfio.

Entro no local e vejo que é um chalé de um cômodo só. Uma cama de solteiro bagunçada, um freezer, e uma lareira. Ao lado da cama havia uma escrivaninha, com alguns papéis. Antes de começar a procurar algo, pego o freezer e boto em frente a porta. Tiro a mochila das costa, abro e pego a corda e amarro a porta de um jeito que ele não abra.

Jogo minha mochila na cama. Uma escrivaninha bem bagunçada, eram papéis com vários números e rotas de rua, um pouco confuso.
O que mais me chama a atenção é um pequeno caderno, aberto com uma caneta encima.

Um caderno com a capa azul escuro com alguns desenhos de flores, Dentes de leão, flor de lótus, Jasmins, Tulipas e Girassóis. Flores em preto e branco, preenchendo a capa, cada um com seu nome ao lado. Uma capa feita a mão, uma pena não ter assinatura.
Sei que tem coisas escritas nesse caderno, mas apenas o guardo em minha mochila.
Levanto indo em direção a lareira, e a mesma está limpa. Lembro que botei um fósforo em minha mochila volto pegando-o.

Pego uma folha para ajudar a acender. Vejo que ao lado da lareira tem alguns tocos de árvore, pego alguns e boto dentro da lareira. Acendo o fósforo queimando o papel. Assopro e logo o fogo se espalha.

O local começa a ficar quente, graças a lareira. Essa iluminação chamaria atenção dos Errantes. Levanto indo em direção a janela, ela não tem cortina. "Tenho que dar um jeito de cobrir a janela" Penso. Olho para cama e vejo que tem um lençol na cama que posso usar para cobrir a janela.

Depois de ter feito isso tudo, pego um enlatado de sopa e abro usando um abridor e botando perto da lareira. Levanto e arrumo a cama. Pego uma colher dentro da mochila e separando. Voltando com a colher pego o enlatado que apenas aqueceu.

Quando estou preste a enfiar a primeira colherada na boca, ouço batidas na porta. Levanto com cuidado sem fazer barulho. Pego minha arma que tinha deixado em cima da cama e vou até a janela.

Tiro o lençol e vejo que é apenas um Errante na porta, então não o mato ele simplesmente vai embora daqui a pouco. Voltando para o chão perto da lareira, posso tomar a sopa tranquilamente.

Depois de tomar a sopa, guardo o enlatado para usar em um futuro próximo. Levanto indo até a cama tiro meu tênis, e pego o caderno e abro. A primeira página com caneta azul e letras cursivas me faz ficar curiosa.

" Em algum dia.
Faz um tempo que nosso pesadelo começou. A cidade de Atlanta está um caos. Não sei o que essas pessoas são, apenas sei que uma delas matou meu irmão de apenas 8 anos, e isso terá volta.
Pessoas comendo outras pessoas... Podemos dar vários tiros no coração mas nada acontecerá, apenas se dermos na cabeça.
Não sei o que vou fazer agora, minha mãe está muito abalada com a morte do meu irmão, estamos em um mercadinho. E essas coisas estão por todos os lados não sei como sairemos daqui.
_ A. "

"A" apenas um "A" nada mais, Ela conseguiu sair da loja pelo que parece, o caderno está aqui, em minhas mãos. Não é fácil A, mas não podemos desistir.

Guardo o caderno soltando um leve bocejo, deito na cama. A lareira iluminava o local, ela o deixava quente, acolhedor. Deixo minha arma em cima da mesa ao lado da cama.

Não gosto de pensar que Daryl e Glenn estão se matando me procurando, quando eu estou aqui, deitada em uma cama e bem quentinha. A culpa é minha, como pude ser tão tola ao ponto de me afastar assim?

Bufo irritada. Tenho que achar uma bicicleta para ir mais rápido para Mildruse. Eu poderia ter pedido para alguém me ensina a dirigir, agora tudo seria mais fácil.

O que Carl estaria fazendo agora? Cuidando de Judith? Lendo HQ's? Ele poderia estar fazendo tantas coisas. Ele estaria preocupado comigo? Com Daryl ou Glenn? Acho que sim.

Perdidas em meus pensamentos acabo adormecendo.

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Até o próximo capítulo :D

PS: Capítulo betado (editado) por MikaellyChan

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