Capítulo 13

1.7K 155 184
                                    

>> Carl Grimes <<

Se passaram cinco dias desde que a Emma foi embora. Nunca pensei que aconteceriam tantas coisas em cinco dias, foram os cinco dias mais difíceis de lidar.

Muitas mortes, lutas, sangue e tripas voando. Foi uma verdadeira guerra e gostaria de dizer que apesar de tudo, eu estou bem, mas não estou...Toda essa guerra resultou em perdas.

Nós havíamos treinados os alexandrinos, eles estavam preparados, mas algo deu errado na pedreira, no que resultou em mortes!

Depois que uma das torres caiu, Alexandria foi totalmente atacada por Errantes da pedreira.

Tínhamos um plano de nos reunir todos em uma casa só, manter todos em seguranças para depois chamar a atenção dos Errantes para longe.

Esse plano ao meus olhos era infalível, mas eu não contava que Sam teria um ataque de pânico no caminho, não o culpo, eu o entendo perfeitamente.

Jessie, Ron e Sam morreram naquela noite.

Eu pude lutar até onde Ron permitiu, já que é graças a ele que perdi meu olho, ele achava que a culpa da morte de Peter, Jessie e Sam era do meu pai, mas meu pai não tinha culpa de nada. Logo depois disso, eu não me lembro de mais nada.

Agora estava deitado na cama de casal em meu quarto. Fechei meus olhos e rapidamente me lembrei de quando acordei.

Quando acordei, senti uma leve dor de cabeça. Meu pai estava ao meu lado com a cabeça baixa.

— Pai? — Pronunciei com a voz falha, ele rapidamente levantou a cabeça, deixando escapar um leve sorriso. Seu rosto, barba e pescoço ainda estavam sujos de sangue.

— Oh! Você está bem? Sente alguma dor? Quer algo? — Se atropelou nas palavras me enchendo de perguntas. Soltei uma leve risada.

— Eu estou bem pai, estou sentindo uma leve dor de cabeça, mas estou bem! —  Falei me sentando.

— Acho melhor você continuar deitado…—  Deixou sua voz sumir quando a porta foi aberta. Eu não sei o que senti naquele momento, algo se acendeu dentro de mim. Eu esperava que fosse Ela, mas não era, infelizmente.

— Oi Carl, como está se sentindo? —  Perguntou Denise tímida se aproximando da cama.

— Bem —  Soltei um sorriso forçado.

— Ótimo! Eu irei voltar mais tarde para trocar o curativo! —  Apontou para meu olho. Ou devo dizer buraco?

Isso foi há dois dias atrás. Olhei para o teto do meu quarto. Me sentía inútil.

Talvez fosse assim que Emma se sentisse.

— Bom, agora ela deve está sendo útil,sendo comida por Errantes! —  Soltei as palavras com raiva. Me sentei passando as mãos pelo o rosto, e sem querer acabei passando a mão com uma certa violência em meu curativo —  Inferno! —  Exclamei jogando o travesseiro longe.

— Ei esquentadinho! Quer matar quem? —  Enid apareceu na porta do quarto.

— Quem faz perguntas idiotas! —  Deixei escapar e rapidamente me senti culpado. Enid não tinha culpa de eu estar me sentindo impotente —  Desculpa…

— Tudo bem, sei como se sente! —  Falou se encostando na batente da porta.

— Como eu me sinto? —  A desafiei e em seguida levantei pegando o travesseiro e o arrumando na cama.

— Inútil, se sente um fardo…

— Acertou em cheio! —  Falei indo até o espelho e olhando o curativo, já estava na hora de trocá-lo.

Um Último OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora