Capítulo 08

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Antes do capítulo, peço desculpas pela demora!

Já somos 800 Walkers! Fico feliz que já tenhamos chegado a esse ponto, obrigada!

Boa leitura >u<

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Um barulho alto me faz acordar, mas não consigo identificar o que é.

Levanto me sentando na cama, posso ver que a lareira apagou. Vejo uns filetes de luz entrando pela janela. Está amanhecendo.

Calço meu tênis e levanto arrumando a cama.

Solto um leve bocejo. Acordar cedo irá me ajudar bastante. Posso escutar o barulho novamente, ele vem da porta. Errante. Olho pela janela e é o mesmo de ontem, ele não foi embora?

Vejo que a porta está quase aberta, digo, está quase ao ponto do Errante enfiar um braço.

Pego minha mochila botando em minhas costas com as duas alças. Pego a arma, botando em meu coldre. Tirei o canivete do bolso tirando o nó da corda, e assim dando espaço para o Errante entrar.

Um homem barbudo, com a pele descamando se aproxima. Ele vem em minha direção como se não comesse a tempos. Ele se aproxima tão rápido que me assusto quando ele segura o meu ombro. Assusto-me, e rapidamente enfiei a faca em seu crânio. O homem cai igual uma fruta podre.

Tirei o canivete com dificuldade. Respiro fundo, seguro nos calcanhares do Errante e o arrasto para o lado de fora e assim fechando a porta, deixando como o encontrei. O sol já estava a vista, faço um coque em meu cabelo.

Ando tentando fazer meu caminho de volta, para voltar para estrada e assim achar um posto de gasolina, geralmente abandonam muitos veículos lá. Espero que dê certo.

Depois de eu ter passado por várias árvores iguais, consigo achar a estrada. Respiro cansada. Minha garganta está seca, e estou ficando desidratada.

"Como estou idiota! Como fui me esquecer do essencial? Burra! Burra!" penso me dando vários socos. Abro a mochila procurando algo para me saciar, mas apenas encontro enlatados.

"Talvez tenha um rio aqui perto..." penso fechando a mochila, e botando em minhas costas.

Emma já estava cansada de isso tudo, se perguntava como isso era possível, como ela poderia ter se afastado. Mas um erro dela, ou devo dizer defeito? Remoer o passado.

Ouvindo barulho de galhos se quebrando, algo dentro dela se acende. Ela fica imóvel. Uma criança sai de dentro da floresta, à atacando.

Saio dos meus pensamento quando vejo uma criança, vindo em minha direção. Não conseguiria matá-la. Ela é uma criança, ou já foi...

Recuo, dando grandes passos para trás. Ela uma garota loira, usando um vestido branco, mas agora manchado de vermelho. Eu tenho que matar ela. Pego minha arma. Minhas mãos trêmulas, "Eu não posso atirar, vou gastar munição!"

Pego então meu canivete e me aproximo da garotinha, que está necessitada de carne. Sua boca abre e fecha, em movimentos repetitivos.

Já perto dela, ela segura meu braço, e como um filme, começo a imaginar sua vida.

Uma garotinha adorável, indo para escola, dando beijos em sua mãe, feliz por apenas estar ali, em um ambiente diferente, diferente das outras crianças, que estavam a chorar por não querer se afastar dos pais. O primeiro selinho com seu melhor amigo. Os sonhos de ser mãe, de ser veterinária, de ter um cachorro... Tudo isso que ela perdeu não vai voltar!

Minhas bochechas molhadas devido as poucas lágrimas que rolaram. Ela se aproxima com a boca aberta. Esse seria o meu fim? Ser morta por uma criança? Não!

Um Último OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora