Capítulo 8

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No dia seguinte estava sofrendo as consequências por ter caminhado na chuva e no frio a noite toda. Não parava de tossir, até que minha mãe veio ao meu quarto e constatou que eu estava queimando de febre. Pelo visto finalizaria meu final de semana na cama, que perfeito... Só que não. Porém já que estava doente mesmo iria tirar o dia para descansar, pedi para que não dissessem à Hillary que eu estava ruim, assim ela não se sentiria culpada, já basta sentir-se mal pela maioria dos acontecimentos. Sabia que ela ligaria em casa à qualquer momento pois meu celular havia desligado por falta de carga e eu não tinha forças para procurar o carregador, já foi difícil ir ao banheiro fazer minhas higiene matinal.

Após comer a sopa que minha mãe havia preparado acabei dormindo de novo, sentia dor por todo corpo, não conseguia ficar em uma só posição. Até que encontrei uma bem gostosa e viajei para outra dimensão. Dessa vez sonhava que Hillary vinha até a mim.

- Eu disse que não queria ver ninguém mãe! - Resmunguei tossindo em seguida.

- Desculpa, mas não pude impedi-la e além do mais ela estava muito preocupada com você. - Desculpou-se se retirando em seguida.

- Como se sente? - Perguntou Hillary sentando-se na beirada da cama.

- Parece que um trator passou por cima de mim. - Respondi sem jeito, pois sabíamos o porquê eu estava dessa forma, se não tivesse saído da casa dela daquele jeito não estava na cama hoje.

- Eu estou aqui, vou cuidar de você como tem cuidado de mim. - Disse acariciando meu rosto. Gostava tanto de sentir seu carinho que parecia ser real, era como se Eu não estivesse apenas sonhando.

- Hillary... - Sussurrei fechando os olhos ao sentir a caricia.”

- Hillary... - Disse mais uma vez, só que dessa vez não sabia que estava falando mesmo o nome dela enquanto delirava de febre.

- Eu estou aqui Yasmim, vou cuidar de você como tem cuidado de mim. - Pude ouví-la sussurrar em meu ouvido.- Pegue água morna e um pano... - Pediu ela, só não sabia pra quem havia pedido.- Não devia ter ido embora daquele jeito. - Tentei abrir os olhos devagar para olhá-la, então me deparei com aqueles olhos num tom de mel.

- Aqui está! - Disse a outra voz, ao tentar ver quem era me certifiquei de que era Fabrício, pelo visto minha mãe saiu e deixou ele cuidando de mim. Pelo que o conheço deve ter se desesperado ao me ver queimando em febre e pediu ajuda, logo a quem? Hillary, aquela que não podia saber que eu estou nesse estado.

- Tem um pouco de álcool? - Pediu. “Senhor ela vai atear fogo em mim.” Pensei.

Minutos após fui sentindo um pano úmido sobre minha testa e às vezes pelo meu rosto, acabei adormecendo novamente. Sentia como se o pano tivesse puxando toda enfermidade de mim, o suor foi sumindo aos poucos do meu corpo, e não sentia mais tanto frio como estava sentindo antes dela chegar. Minha mãe já havia me dado remédio depois que tomei a sopa, acho que isso também ajudou bastante.

Horas depois despertei aos poucos, a imagem do meu quarto foi se formando diante dos meus olhos, percebi que estava sozinha, porém podia ouvir vozes que vinham de outro cômodo da sala.

Devagar me levantei, senti uma leve tontura mais consegui me levantar, sai tateando as paredes em busca de apoio, e a cada passo que eu dava silenciosamente pelo corredor podia ouvir as vozes ficarem mais perto. Até que parei para ouvir o que diziam, é feio ouvir a conversa dos outros eu sei, mas quando você escuta seu nome no meio você não fica curiosa para saber o que estão falando? Pois bem, Eu fico.

- Então você não é lésbica? - Perguntou Fabrício me fazendo arregalar os olhos, meu Deus porque fui deixar ela sozinha com ele?...

- Até então eu achava que não... - Respondeu calma. - Eu achava que amava muito o Jason, a ponto de ter feito o que fiz, cofiei nele... Mas depois de tudo o que aconteceu eu percebi que não passava de uma paixonite de escola.

Me Recuso a Desistir (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora