Zootopia : como é grande o meu amor por você

Capitulo 9 : Te amo. Te amo e nada mais.

Judy foi dormir magoada e pensando na raposa que tinha feito isso com ela, seu coração estava machucado, ela apenas entrou em casa com a cabeça baixa, tomou um banho e se deitou olhando para o teto, com as patas atrás da cabeça. Meditou um pouco sobre os acontecimentos recentes e um forte peso caiu sobre sua conciência: Estaria mesmo apaixonada por Nick? Ou seria uma ilusão por ele ser o seu único amigo de Zootopia? Será que Nick realmente se sentiu mal por dizer que não a amava? E pior, será que ele voltaria a conversar com ela  e ser seu amigo ou simplesmente a abandonaria? O que ele diria na conversa do dia seguinte? Ela tinha uma fama gigantesca por ser a primeira policial coelha e por ter salvo a cidade, mas algo machucava seu peito.
Quando se deu conta do que estava pensando ficou imensamente triste por desconfiar da raposa, que tinha largado tudo, sua vida, seu emprego, e até alguns de seus amigos para entrar na polícia como seu parceiro somente para fazê-la feliz. Foi quando ela percebeu que sem o Nick... Ela não seria nada!!! Então ela o perdoou e fechou os olhos,  esquecendo as contradições repetiu em voz bem baixa:

-Não me deixe, Nick. Eu preciso de você... eu te amo, eu te amo, eu te amo.

E virando de lado, cobriu-se e dormiu mas, propositalmente, deixou a porta do quarto aberta...

Nick acordou. Estava com o nariz meio entupido e sentia um gosto salgado de lágrimas na sua boca. Sua cabeça doía um pouco e seus olhos ardíam um pouco também. É, ele chorou a noite toda e definitivamente caiu a ficha dele: Ele tinha descoberto o amor. Se levantou e vestiu sua farda azul escura com detalhes pretos mas quando olhou no relógio era apenas 3:35 da manhã sendo que ele só saía para trabalhar às 5:30. Se despiu novamente e foi dormir. Desta vez não estava pelado, vestia uma cueca branca, mas apenas isso. Ele estava chateadíssimo e seu coração doía, mas não físicamente, doía por dentro, doía na alma.
Quando se deitou e se cobriu, um sentimento de paz profunda tomou conta de seu corpo e de sua mente fazendo-o lembrar dos lindos olhos brilhantes da coelha e de seu rosto bonitinho, o seu pequeno corpo esguio e bem desenhado e seu reboladinho no andar. As lembranças que Nick tinha de Judy agora não causavam mais dor mas muita paz e bem estar.
Junto com essas lembranças veio também a lembrança aleatória de certa vez que ligou o rádio em uma estação do destrito florestal e escutou um sambinha, e como numa espécie de filminho as imagens e a música se encaixaram perfeitamente. Então começou a cantarolar baixinho a única parte que sabia da música enquanto se lembrava da beleza de sua coelhinha:
''Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...''  cantava a raposa sentindo um amor incondicional que agora finalmente estava assumido. Só faltava falar isso para Judy... Logo a raposa caiu em um sono profundo e sonhou com Judy, que o abraçava e o beijava frenéticamente, sem parar. Ela, volta e meia, o abraçava forte nas costelas e esfregava a cabecinha dela no peito de Nick, semelhante à um gatinho. Quando o despertador tocou, Nick acordou assustado e se levantando rápido por conta do susto disse com um sorriso no rosto:

-Cenourinha...

Logo acordou de seus sonhos e ficou meio desapontado por Judy não estar alí com ele. Percebeu que estava quase nú e foi logo  vestir sua farda e exclamou:

-Haha, agora sim!

Entrou no carro e ligou o som alto, sintonizou em qualquer rádio e acabou parando numa rádio de heavy metal. A raposa deu de ombros, estava apreensiva demais para ficar mexendo naqueles botões. Simplesmente começou a sacudir a cabeça, como já tinha visto Finnick e outros rockeiros fazendo, e foi para o serviço.
Chegando lá com o som alto, chamou a atenção de um oficial que estava saindo de seu carro, foi quando se deu conta que era Cézar.
Ao ver Nick, Cézar pareceu ser bem mais simpático que outrora e perguntou: