Capítulo 12 : Se apresentando.

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Os dois acordaram, estavam abraçados e enrolados um no outro. Nick, claro, enrolado como uma raposa sobre o pequeno corpo de Judy, que parecia mais ser sua filhotinha,  que esfregava a cabeça em Nick.

-Bom dia, cenourinha.

-Bom dia, raposinha.

Os dois se levantaram e se vestiram ali mesmo. Não tinham mais vergonha um do outro porque o respeito era mútuo entre os dois, então não havia nenhuma malícia.
Logo os dois estavam vestidos e  Nick foi arrumar sua mala. Com tudo pronto ele ficou com um frio na barriga de ansiedade e até um pouquinho de medo, olhou para coelhinha e engoliu seco. Afrouxando a gola da camisa, perguntou para a coelha:

-Como acha que seus pais vão me receber? E seus irmãos? Judy eu estou com um pouco de medo.

-Bem,Nick... é o que veremos hoje. Respondeu Judy dando um suspiro.

Judy mandou uma mensagem para seus pais pelo Zoozap:

''-tamo saino daki agr. Daki umas 2 hrs nóis chega tá?''

''Ok, já arrumamos um lugar p vcs 2.'' Responderam seus pais.

Com tudo pronto eles saíram em direção às tocas. No caminho,jogando conversa fora, Judy contou sobre sua infância no campo e Nick contou sobre uma certa vez que foi para as tocas com sua família visitar uma roça de milho de uma outra família de raposas.

-...Não entendi uma só palavra do que eles diziam. Eles eram italianos. Ainda era pequeno e só sabia falar português e um pouco de espanhol. Só quando entrei na escola é que aprendi falar as outras as línguas. Mas mudando de assunto, quais línguas você fala Judy?

-Bem, falo português, espanhol, inglês, um pouco de italiano... respondeu a pequena.

-hm. Duvído que você falaria esse monte de linguas se não fosse obrigatório. Mas de certo modo até que é bom ser obrigatório ser poliglóta. Imigrantes por exemplo se sentem mais acolhidos e a gente tem contato com novas culturas todos os dias. Eu acho muito bom nosso país não ter uma língua oficial.

-Tá bom, mas quantas línguas a minha raposa favorita fala? Perguntou Judy.

-Bem eu falo um pouco de inglês, espanhol, alemão, árabe e italiano, mas a lingua que eu mais uso é português. Vira e mexe estou conversando com brasileiros.

-Uau?! Você fala árabe. Com quem você aprendeu? Perguntou a coelha com os olhos brilhando.

-Ora, com o Finnick. Ele é uma raposa do deserto lembra? Respondeu Nick.

-Deve ter sido difícil decorar aqueles traçinhos. Disse Judy mexendo com o dedo imitando escrever as letras árabes.

-Uma coisa eu te garanto. Eu achei bem mais fácil que inglês e alemão. Disse Nick dando um belo sorriso. Mas logo depois Nick deu um suspiro e voltou ao assunto anterior.

-Só sei que depois daquele dia, que fui para aquela fazenda, nunca mais vi meu pai. Ele é que sustentava eu e minha mãe na cidade trabalhando no milharal aqui nas tocas. Só que antigamente não era tão fácil vir pra cá. Então ele teve que morar com as outras raposas. Nem sei mais onde ele está.

-Que triste. Mas que bom que você falou de milho, aqui é bem mais barato que na cidade.Podemos comprar quando voltarmos da fazenda de meus pais. Disse Judy tentando consolar a raposa.

Chegando perto da fazenda da família de Judy, Nick parou o carro fechou os vidros e disse para a a coelhinha:

-Olha, você sai primeiro. Eu fico no carro e depois de rever seus familiares você me chama e me apresenta, ok? Não se preocupe. Esse fator surpresa faz.parte do plano.

Zootopia : como é grande o meu amor por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora