Judy abaixou a cabeça, submissa, e enquanto se equipava os lobos arranjaram uma maneira de abrir a porta da pequena casa.
Com tudo pronto, Judy e Nick respiraram fundo e entraram na casinha que estava escura e cheirava forte à mofo.
Judy foi na frente e com a lanterna de uma pistola iluminou a casa. A casa dava arrepios nos dois. Além de estar em péssimo estado; com rachaduras nas paredes, teias de aranha por todo canto e móveis antigos e empoeirados, em cada parede havia um quadro bizarro.
Fotos de Bellwheter ao lado de predadores selvagens, fotos de humanos, e até mesmo bandeiras Nazistas decoravam a sala.
Um transmissor foi entregue ao casal, que como um rádio, transmitia mensagens para uma espécie de fone de ouvido, assim poderiam se comunicar sem fazer ruídos.De súbito escutou se um estouro e um grito de dor vindo de Nick.
-Argh...minhas costas.
De imediato Judy fez contato com Nick através do transmissor:
-Nick?! Responda. Por favor aguente firme. Vai dar tudo certo...
Judy foi interrompida pela raposa, que estava estirada no chão, e se comunicou com ela pelo transmissor:
-Está tudo bem. Estou fingindo. Vou descobrir quem atirou em mim. Agora vá. Me deixe aqui que eu me viro.
Judy ficou desesperada ao imaginar vasculhando aquela casa sózinha. Mas aguentou firme, mas só para ter certeza absoluta...
-Tem certeza que está bem?
-VÁ LOGO, CENOURINHA. Disse Nick.
Judy saiu de perto de Nick passando a mão no seu pescoço e fingindo disse em voz mediana:
-Já era. Está quase morto. Não vai aguentar chegar no hospital.
Suspirou de mentira e saiu pé ante pé através daquela casa horripilante.
O silêncio naquela casa era absurdo. Apenas, volta e meia, se escutava uma goteira pingando e um ranger, como se pisasse em um chão de madeira ou abrisse uma porta, o estranho é que o chão era comum e não de madeira. Judy entrou em um corredorzinho com portas dos dois lados mas que não tinha saída. Pensou consigo: ''se eu entrar em um desses quartos eu mesmo estarei me encurralando. É melhor eu desligar a lanterna toda vez que me aproximar de uma porta.''
E assim fez. Andou uns dez metros pra frente entre as portas e quando percebia que as salas estavam vazias as iluminava com sua lanterna e via quadros de cenas horriveis: cenas de tortura, terrorismo e sempre acompanhado de uma foto de Bellwheter. Fotografou o que pôde e seguiu adiante até escutar barulhos de passos. Parou imediatamente, se agachou, carregou sua pistola e apagou a lanterna. Escutou a voz de alguém chorando baixinho, mas como a casa era silenciosa, o choro ecoava por todo o corredor onde estava provocando um som sinistro e pertubador. Derrepente escutou a voz fina do choro se tornar uma frase:-Não, não, não. Não faz isso comigo. Por favor eu imploro.
-Cala a boca, predador imprestável. Agora você vai pagar por cada gota de sangue que a sua espécie derramou. Respondeu uma voz não muito forte.
-Mas nós não fazemos mais isso. Até sou amigo do dono daquele bar no Bairro Argentina que também é uma...
-MANDEI VOCÊ SE CALAR.
Nesse instante se ouvia os gritos desesperados da vítima, que parecia ser um gato, e sons de pancadas ecoavam por toda a casa.
Judy ficou desesperada. O sequestrador se tratava de um fanático por Bellwheter e perseguidor de predadores. Isso explicava a decoração diabólica da casa. Em um instante seu coração gelou e sussurou pra si mesma em um som quase inaudível:-Oh não. Nick é um predador.
Seu coração disparou ao imaginar Nick sendo torturado, mas logo imaginou Nick do seu lado dizendo: ''Vai logo, coelhinha. Eu te disse que estou bem.''
Judy respirou fundo e seguiu adiante dizendo:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Zootopia : como é grande o meu amor por você
RomansaUm livro um pouco diferente e interativo com o leitor onde ,em uma aventura na grande megalópole de Zootopia, Nick e Judy se descobrem um para o outro no sentimento mais terno e precioso de todos:O AMOR. Nesse livro contém alguns links de músicas e...