Capítulo Sete

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– Vamos Alice, você consegue – Miguel tentava motivar Alice, mas não estava adiantando.

– Eu preciso de uma descanso – colocou as mãos nos joelhos respirando rapidamente.

– Mas só tem cinco minutos que começamos.

Ela o encarou e franziu a testa

– Ah claro! Não é você que tem 89kg não é ?

– Isso é exagero seu, está ótima e bonita.

Alice soltou um riso irônico e voltou a agachar e levantar

– Você verá o resultado.

– Eu sei – gritou

Miguel riu, riu o tempo todo em que estava ajudando ela, por mais que ele tentasse segurar o riso, não conseguia.

– Eu tenho cara de palhaça por acaso ?

– Não. É que você fica ótima nessa posição – disse a fitando enquanto estava tentando fazer abdominais.

– Te conheci ontem, isso não te dar o direito de rir de mim.

– Parei – levantou as mãos em sinal de redenção.

Quarenta minutos depois de tantos exercícios Alice deitou na grama do parque com o cansaço que estava sentindo.

Miguel de aproximou e sentou ao seu lado.

– Você quer um pagamento ? – perguntou olhando para o lago onde patos passavam.

– Não, eu gosto de ajudar as pessoas.

– Sério ?

– Sim. Eu tenho cara de quem é malvado ?

– Não – riu – É que achei que estava fazendo isso por pena de mim.

– Nada disso Alice.

Ele olhou na mesma direção que ela e ficaram um tempo admirando os patos que nadavam em volta de todo o lago atraindo a atenção dos pais e de suas crianças.
Até ele quebrar o silêncio.

– Há algum motivo para você querer emagrecer tão rápido ? – perguntou olhando para ela.

– Estou cansada de ser 'A gorda' – respondeu distraída.

– Não acho que seja só isso. Essa sua determinação e horários para tudo me deixam um pouco assustado.

– Não se preocupe – ela finalmente o olhou – Ficarei bem.

                               ×××

A porta bateu rapidamente e Marian atendeu as pressas.

– Jefferson ?

– Oi Marian, Alice está ?

– Ela está no quarto. Pode subir.

Ele subiu as escadas e pensou várias vezes se devia bater na porta. Ela a ignorou, coisa que ela não fazia frequentemente. Ele havia deixado mais de dez mensagens e nenhuma ela quis responder ou até mesmo visualizar.

Então bateu na porta, ele odiava ter que brigar com ela, mas Alice era sua melhor amiga, tinha que ter uma explicação.

– Alice, sou eu.

Ela abriu a porta e fechou trancando o mesmo. Virou-se de frente para Jefferson e cruzou os braços.

– O que você quer ?

– Quero saber o porquê de você me ignorar tanto.

– Eu ando muito ocupada.

– Ocupada demais para me dar satisfações ? É isso ?

A Cópia ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora