Capítulo Dezessete

793 81 71
                                    


A calça jeans de tom azul escuro valorizou bem a parte traseira de Alice, deixando o look bem melhor com a blusa de manga fina dourada.
Passou o seu melhor batom e claro o seu perfume também, pois quem a deixaria no restaurante era seu namorado.

– Vai voltar que horas ? – perguntou Marian.

– No final da tarde mãe.

– Assim espero, se atrasar um minuto...

– Ela vai cortar o seu pescoço – completou Caterina fazendo um gesto cortante em seu próprio pescoço.

Alice​ bufou e pegou a bolsa.

– Não vai se despedir ? – gritou Marian quando ela tocou na maçaneta para abri-lá.

Ela então revirou os olhos e voltou dando um beijo na mãe e em Caterina.

– Cadê o sorriso ? – Caterina esticou as bochechas de Alice imitando um sorriso, e ela mostrou os dentes – Muito bem.

Ouviu uma buzina. Muito diferente por sinal. Então saiu achando que era outra pessoa, mas se surpreendeu ao ver Miguel.

– Trocou de carro ? – sorriu se aproximando do mesmo.

– Estava precisando mudar algo na minha rotina, eu iria escolher você... é Mas eu não consigo te trocar – sorriu colocando os óculos de sol.

– Se você fizesse isso, eu te mataria – entrou no carro colocando o cinto.

Miguel riu se aproximando para lhe dar um beijo, mas ela se afastou.

– O que eu fiz ?

– Me trocaria mesmo ?

– Claro que não sua boba, eu amo você.

Era a primeira vez que Miguel dizia aquilo. Alice ficou tão surpresa que suas bochechas ficaram coradas de vergonha.

– Ama mesmo ?

– Amo – e sorriu se aproximando novamente e dessa vez ela não cedeu.

Pelo celular Ana foi indicando por onde Miguel devia ir para chegar no restaurante escolhido. Então... O carro parou em frente a ele. Era um lugar calmo e arejado. Sorriu para Miguel e lhe deu um beijo antes de sair.

– Que horas venho te buscar ? – perguntou tirando os óculos.

– No final da tarde – e saiu do carro

– Eu te amo – gritou Miguel do carro

Alice havia virado as costas.

Miguel ainda ficou parado, esperando que ela dissesse algo ou ainda pensasse em falar, mas ela continuou parada e de costas. Ela não tinha forças para falar aquilo, não com ele. Então sem sucesso, Miguel deu partida no carro e foi embora.

Eu te amo... – pensou – Mas não como alguém que quero ao meu lado dividindo um sentimento que não pertence​ à você.

Prosseguiu o seu caminho e abriu a porta do restaurante dando de cara com uma menina muito magra. Muito magra mesmo.

– Alice ou Ana ? – perguntou ela.

Alice deu um sorriso sem mostrar os dentes.

– Alice – e estendeu a mão à ela.

– Marina – apertou a mão de Alice – Conhecida no grupo como Magreza10.

Magreza10...

Alice olhou para a mesa onde havia uma menina de cabelos escuros sentada encarando o celular.

A Cópia ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora